domingo, 28 de janeiro de 2024

Devocional dia e noite dia 28/01

28 de janeiro
Manhã
"(…) perfeito em Jesus Cristo" (Cl 1:28)
Você sente, em sua própria alma, que a perfeição
não está em você? Todos os dias você sente isso?
Toda lágrima que escorre de seus olhos chora
"imperfeição"; cada palavra áspera que procede de
seus lábios murmura "imperfeição". Você também
tem frequentemente uma visão de seu próprio
coração sonhando por um momento de perfeição
em você. Mas, em meio a essa triste consciência de
imperfeição, aqui está seu conforto: você é "perfeito
em Jesus Cristo". Aos olhos de Deus, você é
"perfeito nele" (Cl 2:10); mesmo agora, você é
"agradável a si no Amado" (Ef 1:6). Mas há uma
segunda perfeição ainda a ser realizada, a qual é
certa para toda a descendência. Porventura não é
agradável olhar para frente, para o momento em que
toda mancha do pecado será removida do crente, e
ele será apresentado irrepreensível diante do trono,
sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante (Ef
5:27)? A Igreja de Cristo, então, será tão pura que
nem mesmo os olhos da onisciência verão nela
mancha ou defeito; tão santa e tão gloriosa que
Joseph Hart não foi além da verdade quando disse:
"Com as vestes do meu Salvador sobre mim, Santo
como o Santíssimo". Então, conheceremos, e
provaremos, e sentiremos a felicidade desta vasta,
mas não curta sentença: "Perfeito em Jesus Cristo".
Só então poderemos compreender plenamente a
altura e profundidade da salvação de Jesus. Acaso o
teu coração não salta de alegria com esse
pensamento? Sujo como és, serás alvo um dia;
imundo como és, serás limpo. Oh, que maravilhosa
salvação é essa! Cristo toma um verme e o
transforma em um anjo; Cristo toma uma coisa suja
e deformada, e a torna limpa e incomparável em Sua
glória, inigualável em Sua formosura, e apta a ser
companheira de serafins. Ó minha alma, levante-se e
admire essa bendita verdade: ser "perfeito em
Cristo".
Joseph Hart (1712 - 1768) foi um pastor calvinista
inglês. (N.T.)


Noite
"E voltaram os pastores, glorificando e louvando a
Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, como
lhes havia sido dito" (Lc 2:20)
Qual foi o assunto do louvor deles? Eles louvavam a
Deus por aquilo que tinham ouvido, pelas boas
novas de grande alegria, que o Salvador lhes havia
nascido. Vamos imitá-los; vamos elevar também um
cântico de ação de graças, pois ouvimos falar de
Jesus e de Sua salvação. Eles também louvaram a
Deus por aquilo que tinham visto. Aqui está a
música mais doce, a que temos experimentado, que
sentimos internamente, que temos feito nossa
própria: "Do que tenho feito no tocante ao Rei" (Sl
45:1). Não é o suficiente ouvir a respeito de Jesus; o
ouvir pode simplesmente extrair algum som da
harpa, mas apenas os dedos de uma fé viva criam
música. Se você já viu Jesus com os olhos da fé
dados por Deus, não permita qualquer teia de
aranha entre as cordas da harpa, mas louve com
vigor a soberana graça; desperte o teu saltério e
harpa.
Um ponto pelo qual eles louvaram a Deus foi a
concordância entre aquilo que tinham ouvido e o
que tinham visto. Observe a última frase: "Como
lhes havia sido dito". Porventura você não encontrou
ser o evangelho aquilo que a Bíblia disse que seria?
Jesus disse que lhe daria descanso; acaso você não
desfruta nEle a paz mais doce? Ele disse que você
teria alegria, conforto e vida através da crença nEle;
não recebeu você tudo isso? Não são os Seus
caminhos, caminhos de delícias, e Suas veredas,
caminhos da paz (Pv 3:17)? Certamente você pode
dizer como disse a rainha de Sabá: "Eis que não me
disseram metade" (1Rs 10:7). Eu encontrei a Cristo
mais doce que Seus servos disseram que Ele era. Eu
olhei para Sua aparência como eles O pintaram, mas
foi um mero traço comparado com Ele próprio, pois
o Rei, em Sua formosura, supera toda beleza
imaginável. Certamente o que temos "visto" mantém
a sintonia, ou melhor, excede em muito o que temos
"ouvido". Vamos, então, glorificar e louvar a Deus
por um Salvador tão precioso e tão satisfatório.

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