terça-feira, 24 de abril de 2018

179 O NOVO MANDAMENTO

179
O NOVO MANDAMENTO
“Um novo mandamento vos dou: que vos ameia uns aos outros,
como eu vos amei.” — Jesus. (JOÃO, capítulo 13, versículo 34.)
A leitura despercebida do texto induziria o leitor a sentir nessas palavras do
Mestre absoluta identidade com o seu ensinamento relativo à regra áurea
Entretanto, é preciso salientar a diferença.
O “ama a teu próximo como a ti mesmo” é diverso do “que vos ameis uns
aos outros como eu vos amei”.
O primeiro institui um dever, em cuja execução não é razoável que o
homem cogite da compreensão alheia. O aprendiz amará o próximo como a si
mesmo.
Jesus, porém, engrandeceu a fórmula, criando o novo mandamento na
comunidade cristã. O Mestre refere-se a isso na derradeira reunião com os
amigos queridos, na intimidade dos corações.
A recomendação “que vos ameis uns aos outros como eu vos amei”
assegura o regime da verdadeira solidariedade entre os discípulos, garante a
confiança fraternal e a certeza do entendimento recíproco.
Em todas as relações comuns, o cristão amará o próximo como a si
mesmo, reconhecendo, contudo, que no lar de sua fé conta com irmãos que se
amparam efetivamente uns aos outros.
Esse é o novo mandamento que estabeleceu a intimidade legítima entre os
que se entregaram ao Cristo, significando que, em seus ambientes de trabalho,
há quem se sacrifique e quem compreenda o sacrifício, quem ame e se sinta
amado, quem faz o bem e quem saiba agradecer.
Em qualquer círculo do Evangelho, onde essa característica não assinala
as manifestações dos companheiros entre si, os argumentos da Boa Nova
podem haver atingido os cérebros indagadores, mas ainda não penetraram o
santuário dos corações.

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