04 de Março
Manhã "(…) A minha graça te basta" (2Co 12:9)
Se nenhum dos santos de Deus fosse pobre e
provado, não conheceríamos ao menos metade das
consolações da graça divina. Quando encontramos
alguém perambulando sem rumo, que não tem onde
reclinar a cabeça, mas que ainda diz: "NEle
esperarei" (Jó 13:15); quando vemos o pobre com
fome de pão e água que ainda gloria-se em Jesus;
quando vemos a enlutada viúva subjugada em
aflição, mas ainda tendo fé em Cristo; oh! que honra
isso reflete no evangelho. A graça de Deus é
glorificada e engrandecida na pobreza e nas
provações dos crentes. Os santos suportam debaixo
de todo desânimo, acreditando que todas as coisas
cooperam para o bem deles (Rm 8:28), e que além
dos aparentes males, uma verdadeira bênção, ao
final, surgirá; que o Deus deles trabalhará uma
rápida libertação ou, mais seguramente, irá mantê-
los no problema tanto quanto Ele tenha prazer em
mantê-los nessa situação. Essa paciência dos santos
prova o poder da graça divina. Há um farol em alto
mar; é uma noite calma; eu não posso dizer se o
pilar está firme; a tempestade se enfurecerá contra
ele e, então, saberei se o pilar ficará de pé. Assim é
também com a obra do Espírito; se o farol não
fosse, em muitas ocasiões, cercados com águas
tempestuosas, não saberíamos que era verdadeiro e
forte; se os ventos não soprassem sobre ele, não
saberíamos quão firme e seguro é. As obras-primas
de Deus são aqueles homens que estão em meio a
dificuldades, firmes e constantes.
Aquele que deseja glorificar seu Deus deve
considerar que irá se deparar com muitas provas.
Nenhum homem pode ser glorificado diante do
Senhor a menos que sejam muitos os seus conflitos.
Se, então, o seu caminho é um caminho de
provações, regozije-se nele, pois você melhor
demostrará a toda-suficiente graça de Deus. Quanto
a Ele estar falhando com você, nunca pense isso, e
abomine esse pensamento. O Deus que tem sido
suficiente até agora continuará a ser confiável até o
fim.
Noite "Eles se fartarão da gordura da tua casa (…)"
(Sl 36:8) A rainha de Sabá foi surpreendida com a
suntuosidade da mesa de Salomão. Ela ficou fora de
si quando viu a provisão de um único dia e
igualmente maravilhada pela companhia dos servos
que banqueteavam no conselho real (1Rs 10:5). Mas
o que é isso comparado à hospitalidade do Deus da
graça? Milhões de Seu povo são diariamente
alimentados; com fome e sede, eles trazem grandes
apetites para o banquete e nenhum deles volta
insatisfeito; há o suficiente para cada um, o
suficiente para todos, o suficiente para sempre.
Embora aqueles que se alimentam à mesa de Jeová
sejam incontáveis como as estrelas do céu, ainda
assim, cada um tem sua porção de carne. Imagine
quanta graça um santo necessita; nada senão o
Infinito poderia abastecê-lo por um dia; contudo, o
Senhor estende Sua mesa, não para um, mas para
muitos santos, e não por um dia, mas por muitos
anos, e não apenas para muitos anos, mas para
geração após geração. Observe o pleno banquete de
que fala o texto; os convidados ao banquete da
misericórdia estão satisfeitos, ou melhor,
abundantemente satisfeitos, e não com um cardápio
comum, mas com gordura, a gordura particular da
própria casa de Deus; e tal banquete é garantido por
uma fiel promessa a todos os filhos dos homens que
colocam sua confiança debaixo da sombra das asas
de Jeová. Uma vez imaginei que se eu pudesse ao
menos obter um pedaço de carne na porta dos
fundos da graça de Deus, eu estaria satisfeito, tal
como a mulher que disse: "Os cachorrinhos comem
das migalhas que caem da mesa dos seus senhores"
(Mt 15:27); porém, nenhum filho de Deus é servido
com migalhas e sobras; como Mefibosete, todos eles
comem da própria mesa do rei (2Sm 9:13). Em
matéria de graça, todos nós temos a porção de
Benjamin (Gn 43:44); todos temos dez vezes mais
do que poderíamos esperar e, apesar de nossas
necessidades serem grandes, ainda assim, somos
muitas vezes impressionados com a maravilhosa
abundância de graça que Deus nos oferece para
desfrutar.
terça-feira, 4 de março de 2025
Devocional dia e noite dia 04/03
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