Nosso Tempo - Compartilhar

Nosso Tempo - Compartilhar
“O nosso desafio é superar a barreira do tempo” – Rav Joseph Saltoun
Temos todos uma missão comum, que nossa geração veio cumprir, contudo, também temos uma missão que envolve nossa correção pessoal, e que só nós podemos realizar.
Por esse mesmo motivo, é preciso cuidado ao “ajudar” outra pessoa, pois não devemos interferir com a missão pessoal de cada um. Os cabalistas ensinam que ninguém pode “salvar” ao outro, e corremos o risco até de dificultar o trabalho espiritual da outra pessoa. Mas todos temos o poder (e o dever) de salvar a nós mesmos.
O ‘Egoísmo’ do Compartilhar
Em contrapartida, seja qual for nossa missão pessoal, será realizada através do compartilhar [sempre respeitando a consciência correta do compartilhar: deve haver falta do que será compartilhado e aceitação por parte de quem recebe; por parte de quem doa, basta que seja feito sem a intenção de receber absolutamente nada em troca (nem mesmo agradecimento)].
A lei da Causa e Efeito cuida do que virá, e eis o paradoxo: compartilhar porque somos capazes de sentir a dor do outro, traz um reconhecimento de que somos todos Um, e cada gesto nosso adquire a capacidade de elevar a todos. Isso eleva nossa consciência e é um grande passo para cumprir também nossa missão pessoal.
O tempo que temos para isso é limitado, por isso é bom empregá-lo  no cumprimento de nosso tikun, nossa correção pessoal. Geralmente é algo que toma boa parte de nosso tempo, pois sempre é um aspecto ao qual somos sensíveis, e já “caímos na armadilha" muitas vezes.
Depois disso, podemos empregar nossa energia em compartilhar aquilo que aprendemos com nossa experiência. (Se não soubermos salvar a nós mesmos, como iríamos “salvar” o outro?)
Existe uma combinação entre os 72 Nomes Sagrados, que nos ajuda a lidar com o tempo que nos é concedido:
Hei, Alef, Alef – Trazer a Ordem sob o Caos
Meditar nesse nome nos traz paz e serenidade para compreender que a harmonia está sempre sob o caos. Traz ordem para nossa vida.
O valor numérico é 7, o mesmo dos dias da semana, e das linhas verticais da Sefirot, [referente aos 5 planetas visíveis, ao Sol e à Lua]. Pode ser usado para nos orientar e saber como arrumar o tempo, para nos tornarmos conscientes das prioridades da vida.
E também expressa uma conexão com o Casamento Cósmico da Shabat, entre as 7 Sefirot inferiores da Árvore da Vida, que são a união entre a nossa ilusão do tempo e o que é atemporal e infinito.