Iaakov e Rachel - os 7 Anos das Almas Gêmeas Zohar Vaietsê 16 – “Eu o servirei por sete anos”

Iaakov e Rachel - os 7 Anos das Almas Gêmeas
Zohar Vaietsê 16 – “Eu o servirei por sete anos”
Sinopse:
Essa passagem misteriosa interpreta os sete anos que Iaakov serviu Labão para conseguir a mão de Rachel, simbolizando as sete Sefirot [inferiores]. O segredo encontra-se na frase: “e pareceram a ele apenas alguns dias” – porque foram cumpridos no mundo oculto, ou não revelado.
Importância dessa Passagem:
Um homem não pode conquistar a mão de sua alma gêmea até que a mereça através do próprio crescimento espiritual e transformação. Os sete anos que Iaakov serviu correspondem aos anos, ou vidas, que precisamos cumprir antes que a reunificação das duas metades possa ocorrer. Quando a verdade espiritual está incorporada em nossa consciência, e se formos proativos para remover nossos aspectos negativos, podemos apressar a chegada de nossa alma gêmea.
129 – O segredo do assunto está na frase: “e pareceram a ele apenas alguns dias”. Ele pergunta: O que são ‘alguns (achadim, em hebraico) dias’? (Ele responde:) que são considerados todos os sete anos (como os sete anos superiores de Biná-Paraíso) que estão unidos (achadot, em hebraico) [como Um só] e jamais se separam. Estão ligados um ao outro, “...pelo amor que tinha por ela...” (significa que a amava) porque ela é para ele como a União Superior (no interior de Biná).
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 O texto a seguir afirma que depois de servir 7 anos, Iaakov ouviu uma voz: “de mundo a mundo” (Tehilim 106:48). Isso significa que existe um fluxo do Mundo Oculto (Lea) para o Mundo Revelado (Rachel). Costumamos chamar esse “caminho” de rio das Bênçãos, que flui do Paraíso (Biná-Lea) até nosso mundo físico (Malchut-Rachel).
Iaakov compreendeu que as bênçãos sobre ele deveriam vir dos mundos superiores, para que pudesse merecer Rachel, e por isso aceitou cumprir mais 7 anos, por seu amor a ela.
Aqui temos um dos conceitos mais importantes da Cabalá, que está relacionado ao merecimento. Precisamos sempre merecer o que é recebido, ou estaremos recebendo o Pão da Vergonha (um código para receber e não poder retribuir).
O que recebemos sem merecer, acaba se esvaindo, pois não tínhamos o recipiente apropriado para usufruir o que foi recebido... é como se transbordasse para fora com facilidade.
Rav Berg afirma que o único propósito nesse mundo físico é eliminar nosso Pão da Vergonha de outras vidas, e quando fazemos isso, ganhamos o direito de cumprir nossa missão para a vida atual, o que inclui encontrar nossa alma gêmea.
Além disso, é preciso pensar não no que receberemos da outra metade de nossa alma, e sim no que poderemos doar a ela. Isso é motivo suficiente para que nos apliquemos para merecer esse encontro abençoado, que nos permite cumprir nossa verdadeira missão no mundo físico, com uma alma completa! A união das almas torna possível compartilhar com eficiência com todo o resto da humanidade.