08 de janeiro
Manhã
"(…) a iniquidade das coisas santas (…)" (Ex 28:38)
Que véu é levantado por essas palavras, e que
revelação é feita! Proveitoso será para nós deter-nos
por algum tempo e observar essa triste cena. A
iniquidade de nossos cultos públicos, sua hipocrisia,
sua formalidade, indiferença, irreverência, prestado
com coração errante e sem consideração para com
Deus; que medida completa temos neles! Nossos
trabalhos para o Senhor, suas emulações, egoísmos,
descuidos, negligências, falta de fé; que multidão de
corrupções estão neles! Nossas devoções
particulares, sua frouxidão, frieza, negligência,
sonolência e vaidade; que montanhas de terra morta
estão nelas! Se nós olharmos com mais cuidado,
perceberemos que essa maldade é muito maior do
que parece à primeira vista. O reverendo Edward
Payson, escrevendo a seu irmão, disse: "Minha
congregação, tal como meu coração, muito se
assemelha ao jardim do preguiçoso; e, o que é pior,
acho que muitos dos meus desejos para o
melhoramento de ambos procede tanto do orgulho,
ou da vaidade, ou da indolência. Olho para as ervas
daninhas que estão espalhadas sobre meu jardim e
respiro um desejo sincero que elas fossem
erradicadas. Mas por qual motivo? O que promove
esse desejo? Pode ser para que eu possa sair e dizer
a mim mesmo: 'Em que excelente ordem está
conservado meu jardim!'; isso é orgulho. Ou pode
ser para que meus vizinhos possam olhar por cima
do muro e dizer: 'Como seu jardim floresce
finamente!'; isso é vaidade. Ou posso desejar a
destruição das ervas daninhas porque estou cansado
de puxá-las para cima; isso é indolência". De modo
que até mesmo os nossos desejos em direção à
santidade podem ser poluídos por motivos
maléficos. Debaixo dos gramados mais verdes os
vermes se escondem; não precisamos olhar muito
para descobri-los. Quão adorável é o pensamento
que, quando o Sumo Sacerdote suportava a
iniquidade das coisas santas, Ele usava sobre Sua
testa as palavras "SANTIDADE AO SENHOR" (Ex
28:36; 39:30), e, do mesmo modo, quando Jesus
carrega nosso pecado, Ele apresenta diante da face
de Seu Pai não a nossa falta de santidade, mas a Sua
própria santidade. Ó, que graça ver o nosso grande
Sumo Sacerdote pelos olhos da fé!
Edward Payson (1783 - 1827) foi um pregador
congregacional estadunidense. (N.T.)
Noite "(…) porque melhor é o teu amor do que o
vinho" (Ct 1:2) Nada dá ao crente tanta alegria
como a comunhão com Cristo. Ele tem prazer tal
como os outros têm nas misericórdias habituais da
vida; ele pode ser feliz tanto nas dádivas como nas
obras de Deus; contudo, em todas elas
separadamente, sim, e em todas elas somadas, ele
não encontrará substancial prazer como na pessoa
incomparável de seu Senhor Jesus. Ele tem vinho
que nenhum vinhedo da Terra já produziu; Ele tem
pão que nem todas as searas do Egito poderiam
produzir. Onde poderia ser encontrada tanta doçura
como as que já experimentamos pela comunhão
com nosso Amado? Em nossa estima, as alegrias
deste mundo são pouco melhores que as cascas
jogadas aos porcos se comparadas a Jesus, o maná
celestial. Preferimos ter um pequeno bocado do
amor de Cristo, e um gole de Sua comunhão, do
que um mundo inteiro cheio de delícias carnais. Que
tem a palha com o trigo? O que a zircônia tem com
o verdadeiro diamante? O que é um sonho para a
gloriosa realidade? O que é o melhor momento de
alegria em comparação com o nosso Senhor Jesus
em Seu estado mais desprezado? Se você sabe
alguma coisa a respeito da vida interior, você
confessará que nossas mais elevadas alegrias, mais
puras e mais duradouras, devem ser fruto da árvore
da vida que está no meio do paraíso de Deus.
Nenhuma nascente produz água tão doce como a
fonte de Deus que foi cavada pela lança do soldado
(Jo 19:34). Toda felicidade terrena é como o pó da
terra, mas os confortos da presença de Cristo são
como Ele, celestiais. Podemos rever nossa
comunhão com Jesus e não encontraremos nela
qualquer tristeza ou vazio; não há borra nesse vinho,
não há moscas mortas nesse unguento. A alegria do
Senhor é sólida e duradoura. Vaidade não olha para
Ele, mas discrição e prudência testemunham que Ele
permanece à prova dos anos, e é no tempo e na
eternidade digno de ser chamado de "o único prazer
verdadeiro". Para alimentação, consolo, alegria e
refrigério, nenhum vinho pode rivalizar com o amor
de Jesus. Vamos dEle beber ao máximo esta noite.
quarta-feira, 8 de janeiro de 2025
Devocional dia e noite dia 08/01
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