domingo, 5 de janeiro de 2025

Devocional dia e noite dia 05/01

05 de janeiro
Manhã "E viu Deus que era boa a luz; e fez Deus
separação entre a luz e as trevas" (Gn 1:4)
A luz pode muito bem ser boa desde que nasça
daquele decreto de bondade: "Haja luz". Nós que a
desfrutamos deveríamos ser mais gratos por ela do
que somos, e reconhecer mais de Deus nela e por
ela. A luz física é dita por Salomão como sendo
doce, porém a luz do evangelho é infinitamente mais
preciosa, pois revela coisas eternas, assim como
abastece nossa natureza imortal. Quando o Espírito
Santo nos dá a luz espiritual, e abre nossos olhos
para contemplarem a glória de Deus na face de
Jesus Cristo, vemos o pecado em suas verdadeiras
cores e a nós mesmos em nossa real posição; vemos
o Santíssimo Deus como Ele Se revela a Si mesmo,
o plano de misericórdia que Ele propõe, e o mundo
do porvir como a Palavra o descreve. A luz espiritual
tem muitos feixes e cores prismáticas, e quer se trate
de conhecimento, alegria, santidade ou vida, todas
são divinamente boas. Se a luz recebida é de tal
modo boa, quão boa deve ser a luz principal, e quão
glorioso deve ser o lugar de onde Ele revela a Si
mesmo. Ó Senhor, uma vez que a luz é tão boa, dá-
nos mais dela e mais de Ti mesmo, a verdadeira luz.
Tão logo houve uma coisa boa no mundo, uma
divisão foi necessária. Luz e trevas não têm
comunhão; Deus as dividiu, não as confundamos.
Filhos da luz não devem ter comunhão com as
obras, doutrinas ou enganos das trevas. Os filhos do
dia devem ser sóbrios, honestos e ousados no
trabalho do seu Senhor, deixando as obras das trevas
para aqueles que nelas habitarão para sempre.
Nossas Igrejas devem, por disciplina, separar a luz
das trevas, e nós, por nossa nítida separação do
mundo, devemos fazer o mesmo. Em opiniões, em
ações, naquilo que ouvimos, no ensino e nas
associações, devemos discernir entre o precioso e o
vil, e manter a grande divisão que o Senhor fez para
o mundo em seu primeiro dia. Senhor Jesus, Tu
serás a nossa luz ao longo de todo este dia, pois Tua
luz é a luz dos homens.


Noite "E viu Deus […] a luz (…)" (Gn 1:4) Nesta
manhã, consideramos a bondade da luz, como
também o Senhor separando-a da escuridão. Agora,
vamos observar o especial olhar que o Senhor tem
pela luz. "E viu Deus […] a luz", ou seja, Ele a
olhou com complacência, contemplou-a com prazer,
e viu que ela "era boa". Se o Senhor lhe concedeu a
luz, caro leitor, Ele contempla essa luz com especial
interesse, pois ela é querida a Ele, não apenas por
ser Sua própria obra, mas porque a luz é como Ele,
pois Ele é a luz (Jo 8:12). É aprazível ao crente
saber que os olhos de Deus estão assim atentos à
obra da graça que Ele começou. Ele nunca perde de
vista o tesouro que colocou em nossos vasos de
barro. Algumas vezes não conseguimos ver a luz,
mas Deus sempre a vê, e isso é muito melhor do que
nós a vermos. Melhor é o juiz ver minha inocência
do que eu pensar que a vejo. É muito confortável
saber que sou um do povo de Deus, mas, saiba eu
disso ou não, se o Senhor o sabe, estarei seguro.
Este é o fundamento: "O Senhor conhece os que são
seus" (2Tm 2:19). Você pode estar suspirando e
gemendo por causa do pecado inato, e desolando-se
sobre sua escuridão, mas o Senhor vê "luz" em seu
coração, "luz" que Ele mesmo colocou, e qualquer
nebulosidade ou melancolia de sua alma não pode
esconder sua luz dos olhos graciosos do Senhor.
Você pode ter afundado em desânimo e, até mesmo,
em desespero, mas se a sua alma tem algum desejo
em direção a Cristo, e se você está procurando
descansar em Sua obra consumada, Deus vê a "luz".
Ele não só a vê, como também a preserva em você.
"Eu, o Senhor, a guardo" (Is 27:3). Esse é um
pensamento precioso àqueles que, depois de
ansiosamente observarem e guardarem a si mesmos,
sentem sua própria impotência para fazer isso. A luz,
então, preservada por Sua graça, se tornará, um dia,
como o esplendor do meio-dia e a plenitude da
glória. A luz interior é o alvorecer do dia eterno.

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