sábado, 17 de agosto de 2024

Devocional dia e noite dia 17/08

17 de Agosto
Manhã
"(…) na misericórdia de Deus (…)" (Sl 52:8)
Medite um pouco sobre essa misericórdia do
Senhor. É tenra misericórdia. Com suave e amoroso
toque, Ele sara os quebrantados de coração e cura-
lhes as feridas. Ele é gracioso tanto na forma de Sua
misericórdia como em sua quantidade. É uma
grande misericórdia. Não há coisa alguma pequena
em Deus; Sua misericórdia é como Ele: sem fim.
Você não pode medi-la. Sua misericórdia é tão
grande que Ele perdoa grandes pecados de grandes
pecadores, mesmo depois de longos períodos de
tempo; por isso, concede grandes favores e grandes
privilégios, e nos eleva a grandes deleites no grande
céu do grande Deus. É misericórdia imerecida,
como, aliás, toda verdadeira misericórdia deve ser,
pois misericórdia merecida é apenas a utilização de
uma nomenclatura imprópria para auto-justiça. Não
havia qualquer direito da parte do pecador para
qualquer tipo de consideração do Altíssimo; uma
vez que o rebelde foi condenado ao fogo eterno, ele
merecia abundantemente a desgraça, e, se liberto da
ira, apenas o amor soberano pode ser encontrado
como causa, pois não havia coisa alguma no próprio
pecador. É abundante misericórdia. Algumas coisas
são grandes, porém têm pouca eficácia em si
mesmas; mas essa misericórdia é um cordial aos
nossos espíritos caídos, um unguento de ouro para
os nossos ferimentos ensanguentados, um curativo
celestial para os nossos ossos quebrados, uma
carruagem real para os nossos pés cansados, um seio
de amor para o nosso coração temente. É múltipla
misericórdia. Como Bunyan diz: "Todas as flores no
jardim de Deus são em dobro". Não há apenas uma
singular misericórdia. Você pode pensar que você
tem apenas uma misericórdia, mas você irá percebê-
la como um feixe de misericórdias. É abundante
misericórdia. Milhões de pessoas já a receberam e
está muito longe de se esgotar; é tão doce, tão
completa e tão livre como sempre foi. É misericórdia
infalível. Nunca te deixará. Se a misericórdia é tua
amiga, ela estará contigo em tentação para te
guardar a não ceder; contigo em apuros, para lhe
impedir de naufragar; vivendo contigo para ser a luz
e a vida do seu rosto; e contigo morrendo, para ser a
alegria da tua alma quando o conforto terreno
estiver diminuindo rapidamente.
John Bunyan (1628 - 1688), escritor e pregador,
nasceu em Elstow, Inglaterra. (N.T.)


Noite
"Esta enfermidade não é para morte (…)" (Jo 11:4)
A partir das palavras de nosso Senhor, ficamos
sabendo que há um limite para a doença. Aqui está
um "para" em que seu fim último é contido, e além
da qual não poderá ir. Lázaro pôde passar através da
morte, mas a morte não era para ser o ultimato de
sua doença. Em todas as doenças, diz o Senhor para
as ondas de dor: "Até aqui virás, e não mais adiante"
(Jó 38:11). Seu propósito pré-determinado não é a
destruição, mas a instrução de Seu povo. Sabedoria
desliga o termômetro da boca do forno e regula o
calor.
1. O limite é encorajadoramente abrangente. O Deus
da providência limita o tempo, a forma, a
intensidade, a repetição e os efeitos de todas as
nossas doenças; cada pulsação é decretada, cada
hora sem dormir é predestinada, cada recaída é
ordenada, cada depressão de espírito conhecida de
antemão, e cada resultado santificador eternamente
proposto. Nada grande ou pequeno escapa de Sua
mão ordenadora que conta os cabelos da nossa
cabeça (Mt 10:30).
2. Esse limite é sabiamente ajustado conforme
nossas forças até o fim projetado, e com graça
repartido. Aflição não vem por acaso; o peso de
cada batida com a vara é medida com precisão.
Aquele que não cometeu erros no equilíbrio das
nuvens, e que mediu os céus, não comete qualquer
erro na medição dos ingredientes que compõem a
medicina das almas. Não podemos sofrer
demasiadamente, nem sermos aliviados tarde
demais.
3. O limite é carinhosamente apontado. A faca do
Cirurgião celestial nunca corta mais profundo do
que é absolutamente necessário. "Porque não aflige
nem entristece de bom grado aos filhos dos homens"
(Lm 3:33). Um coração de mãe clama: "Poupem
meu filho", contudo, mãe nenhuma é mais
compassiva do que o nosso misericordioso Deus.
Quando consideramos o quão obstinados somos, é
uma maravilha que não sejamos conduzidos com
um pouco mais de ímpeto. O pensamento é cheio de
consolação, pois Aquele que fixou os limites da
nossa habitação, também fixou os limites da nossa
tribulação.

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