sexta-feira, 16 de agosto de 2024

Devocional dia e noite dia 16/08

16 de Agosto
Manhã "Dai ao Senhor a glória devida ao seu nome
(…)" (Sl 29:2)
A glória de Deus é o resultado de Sua natureza e de
Seus atos. Ele é glorioso em Seu caráter, pois não há
uma tal reunião de tudo que é santo, bom e
encantador como há em Deus; por isso, Ele deve ser
glorificado. As ações que fluem de Seu caráter
também são gloriosas, mas, ao mesmo tempo em
que Ele intenciona que elas manifestem às Suas
criaturas a Sua bondade, misericórdia e justiça, Ele
está igualmente interessado em que a glória
associada as Suas ações sejam dadas tão somente a
Ele. Não há qualquer coisa em nós mesmos para
que nos gloriemos, pois o que nos faz diferente uns
dos outros? E o que temos que não tenhamos
recebido do Deus de toda a graça (1Co 4:7)? Então,
quão cuidadosos devemos ser para andarmos
humildemente diante do Senhor! No momento em
que glorificamos a nós mesmos, uma vez que há
lugar apenas para uma única glória no universo, nós
nos colocamos como rivais do Altíssimo. Deve o
inseto de curta duração glorificar-se contra o sol que
o esquenta para a vida? Porventura a caco de barro
pode exaltar-se acima do homem que o moldou
sobre a roda? Porventura a poeira do deserto pode
lutar com o turbilhão? ou as gotas do oceano lutam
com a tempestade? Dai ao Senhor, vós todos os
justos, dai ao Senhor glória e força; dai-Lhe a honra
que é devida ao Seu nome (Sl 29:1-2). No entanto,
talvez seja uma das lutas mais difíceis da vida cristã
aprender esta frase: "Não a nós, Senhor, não a nós,
mas ao teu nome dá glória" (Sl 115:1). É uma lição
que Deus está sempre nos ensinando, e ensinando
por vezes pela mais dolorosa disciplina. Deixe um
cristão começar a se vangloriar: "Eu posso fazer
todas as coisas", sem acrescentar "através de Cristo
que me fortalece", e em pouco tempo ele irá gemer:
"Eu não posso fazer coisa alguma", e se lamentará
na poeira. Quando fazemos alguma coisa para o
Senhor, e Ele tem prazer em aceitar as nossas ações,
vamos lançar nossa coroa aos Seus pés, e exclamar:
"Todavia não eu, mas a graça de Deus, que está
comigo" (1Co 15:10).


Noite "(…) mas nós mesmos, que temos as
primícias do Espírito (…)" (Rm 8:23) A atual posse
é declarada. No momento presente, temos os
primeiros frutos do Espírito. Temos arrependimento,
essa pedra preciosa de maior qualidade; fé, essa
pérola de valor inestimável; esperança, a esmeralda
celeste; e amor, o glorioso rubi. Nós já fomos feitos
"novas criaturas em Cristo Jesus" (2Co 5:17),
segundo a operação de Deus-Espírito Santo. Isso é
chamado de primícias, pois vem em primeiro lugar.
Assim como o molho movido era o primeiro da
colheita (Lv 23:11), tal a vida espiritual, e todas as
graças que a adornam, são as primeiras operações
do Espírito de Deus em nossas almas. As primícias
eram o penhor da colheita. Assim que o israelita
arrancasse o primeiro punhado de espigas maduras,
ele esperaria com feliz expectativa o momento em
que a carroça rangeria debaixo dos molhos.
Portanto, irmãos, quando Deus nos dá coisas que
são puras, amáveis e de boa fama, como a obra do
Espírito Santo, elas são para nós os prognósticos da
glória do porvir. As primícias eram sempre
consagradas ao Senhor, e nossa nova natureza, com
todos os seus poderes, é igualmente consagrada. A
nova vida não é nossa, algo que devamos atribuir
sua excelência ao nosso próprio mérito; é a imagem
e criação de Cristo, e é ordenada para a Sua glória.
Mas as primícias não eram a colheita, como também
as obras do Espírito em nós, neste momento, não
são a consumação; a perfeição ainda está por vir.
Nós não devemos nos vangloriar de que já a
alcançamos, e, assim, considerar o molho movido
como toda a produção do ano; temos fome e sede
de justiça, e ansiamos o dia da completa redenção.
Caro leitor, esta noite, abra largamente a boca, e
Deus irá preenchê-la (Sl 81:10). Deixe a benção da
atual posse estimular em você uma sagrada avareza
por mais graça. Suspire dentro de si mesmo por
graus mais elevados de consagração, e o seu Senhor
lhe concederá, pois Ele é capaz de fazer
infinitamente mais do que pedimos ou pensamos (Ef
3:20).

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