domingo, 11 de agosto de 2024

Devocional dia e noite dia 11/08

11 de Agosto
Manhã "Ah! quem me dera ser como eu fui nos
meses passados (…)" (Jó 29:2) Muitos cristãos
podem olhar para o passado com prazer, mas
consideram o presente com insatisfação; eles olham
para trás, para os dias que estiveram em comunhão
com o Senhor, como sendo os mais doces e os
melhores que já conheceram; contudo, no presente,
estão vestidos com o traje zibelina da tristeza e
melancolia. Uma vez que viviam perto de Jesus, mas
agora sentem que se desviaram dEle, dizem: "Ah!
quem me dera ser como eu fui nos meses passados".
Eles se queixam que perderam suas evidências, que
não têm a presente paz de espírito, que não têm
prazer nos meios de graça, que a consciência não é
tão suave, ou que não têm tanto zelo pela glória de
Deus. As causas desse triste estado de coisas são
múltiplas. Elas podem surgir através de uma relativa
negligência de oração, pois a indolência na devoção
particular é o começo de todo o declínio espiritual.
Ou pode ser o resultado de idolatria; o coração tem
estado ocupado com outras coisas além de Deus; as
afeições foram atiçadas sobre as coisas terrenas em
vez de sobre as coisas celestiais. Um Deus zeloso
não irá se contentar com um coração dividido; Ele
deve ser amado acima de tudo e em primeiro lugar.
Ele irá retirar a luz do sol de Sua presença de um
coração frio e errante. A causa também pode ser
encontrada na auto-confiança e na auto-justificação.
O orgulho é ativo no coração, e o "eu" é exaltado
em vez de se estar ao pé da cruz. Cristão, se você
não é, agora, como foi "nos meses passados", não
descanse satisfeito com apenas desejar o retorno da
antiga felicidade, mas vá logo buscar o seu Mestre e
diga-Lhe o seu triste estado. Pergunte por Sua graça
e força para ajudá-lo a andar mais perto dEle;
humilhe-se diante dEle, e Ele lhe exaltará, e lhe dará
mais uma vez a alegria de apreciar a luz de Seu
rosto. Não se sente a suspirar e lamentar; enquanto
o Médico amado vive, há esperança, ou melhor, há
uma certeza de recuperação para os piores casos.


Noite "(…) eterna consolação (…)" (2Ts 2:16)
"Consolação". Há música nessa palavra; como a
harpa de Davi, ela fulmina o espírito maligno de
melancolia. Foi uma distinta honra a Barnabé ser
chamado de "filho da consolação"; ou melhor, esse é
um dos nomes ilustres dAquele que é maior que
Barnabé, pois o Senhor Jesus é "a consolação de
Israel" (Lc 2:25). "Eterna consolação": aqui está a
fina flor de tudo, pois a eternidade de conforto é
Sua coroa e glória. O que é essa "eterna
consolação"? Ela inclui um senso de pecado
perdoado. Um cristão recebeu, em seu coração, o
testemunho do Espírito de que suas maldades foram
afastadas como uma nuvem, e suas transgressões
como a nuvem espessa (Is 44:22). Se o pecado foi
perdoado, porventura isso não é uma eterna
consolação? Em seguida, o Senhor dá a Seu povo
um permanente sentido de aceitação em Cristo. O
cristão sabe que Deus olha para ele como estando
em união com Jesus. União com o Senhor
ressuscitado é uma consolação das mais
permanentes; é, na verdade, eterna. Deixe que a
doença nos debilite, pois acaso não temos visto
centenas de crentes tão felizes na fraqueza da
doença como o foram na força da saúde e no maior
bem-estar? Deixe as setas da morte perfurarem
nosso coração, e o nosso conforto não morrerá;
porventura nossos ouvidos muitas vezes não
ouviram os louvores de santos enquanto se
alegravam porque o amor vivo de Deus foi
derramado em seus corações em momentos de
morte? Sim, um sentimento de aceitação no Amado
é uma eterna consolação. Além disso, o cristão tem
a convicção de sua segurança. Deus prometeu salvar
aqueles que confiam em Cristo; o cristão confia em
Cristo, e ele acredita que Deus será tão bom quanto
Sua palavra e irá salvá-lo. Ele sente que está seguro
em virtude de estar ligado à pessoa e obra de Jesus.

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