domingo, 14 de abril de 2024

Devocional dia e noite dia 14/04

14 de Abril
Manhã "Todos os que me vêem zombam de mim,
estendem os lábios e meneiam a cabeça (…)" (Sl
22:7)
Zombaria foi o grande ingrediente da aflição de
nosso Senhor. Judas zombou dEle no jardim; os
principais sacerdotes e escribas riram dEle com
escárnio; Herodes O tratou como um ninguém; os
servos e os soldados zombaram dEle e brutalmente
O insultaram; Pilatos e seus guardas ridicularizaram
Sua realeza e, no madeiro, todo tipo de horríveis
piadas e insultos hediondos foram lançados contra
Ele. Ridicularização é sempre difícil de suportar,
mas quando estamos em intensa dor, isso é
demasiado cruel, tão cruel que nos machuca
emocionalmente. Imagine o Salvador crucificado,
torturado com angústia muito além de toda
suposição mortal e, então, imagine aquela multidão
heterogênea, todos meneando a cabeça ou
estendendo os lábios em amargo desprezo sobre
uma pobre vítima sofrida! Certamente havia algo a
mais no Crucificado que eles podiam ver ou, então,
aquela grande e misturada multidão não O teria
desonrado unanimemente com tal desprezo.
Porventura não foi uma confissão do mal que, no
momento de Seu maior triunfo visível, tudo aquilo
que pôde fazer foi senão zombar contra a vitoriosa
bondade que finalmente reinava na cruz? Ó Jesus,
"desprezado, e o mais rejeitado entre os homens" (Is
53:3), como pudeste morrer em favor dos homens
que Te trataram tão mal? Nisso consiste o incrível
amor, amor divino, sim, amor além da medida. Nós,
também, Te desprezamos nos dias de nossa não
regeneração e, mesmo após o nosso novo
nascimento, temos colocado coisas terrenas em alta
estima em nossos corações; contudo, ainda assim,
Tu sangraste, de bom grado, para curar nossas
feridas, e morreste para nos dar vida. Ó, que
possamos colocar a Ti em um alto e glorioso trono
em todos os corações dos homens! Tocaremos, em
alto e bom som, Tuas glórias por terra e mar, até
que os homens universalmente Te adorem, tal como
uma vez unanimemente O rejeitaram.


Noite "Dizei ao justo que bem lhe irá (…)" (Is 3:10)
Ao justo bem lhe irá sempre. Se tivesse sido dito:
"Dizei aos justos que bem lhe irá em sua
prosperidade", nós seríamos gratos por tão grande
benção, pois a prosperidade é um momento
perigoso, e é um presente do céu estar seguro de
suas armadilhas; ou, se tivesse sido escrito: "Bem lhe
irá quando em perseguição", nós seríamos gratos
por tamanha garantia, pois a perseguição é difícil de
suportar; contudo, quando nenhum momento é
mencionado, todos os momentos estão incluídos. As
afirmações de Deus devem sempre ser entendidas
em seu sentido mais amplo. Desde o início do ano
até o seu final, desde a primeira sombra da noite até
brilhar a primeira estrela do dia, em todas as
condições e em todas as circunstâncias, ao justo bem
lhe irá. Tão bem lhe irá que nós não poderíamos
imaginar que pudesse ser melhor; ele está bem
alimentado, pois se alimenta da carne e do sangue de
Jesus; ele está bem vestido, pois veste a imputada
justiça de Cristo; ele está bem alojado, pois habita
em Deus; ele está bem casado, pois sua alma está
unida em laços de união matrimonial com Cristo; ele
está bem dirigido, pois o Senhor é o seu pastor; ele
está bem dotado, pois o céu é sua herança. Ao justo
bem lhe irá; bem sob a autoridade divina; a boca de
Deus fala a certeza consoladora. Ó amado, se Deus
declara que tudo lhe irá bem, dez mil demônios
podem declarar que está mal, mas nós riremos para
todos eles com desprezo. Bendito seja Deus por
uma fé que nos permite crer nEle quando as
criaturas O contradizem. Em todos os momentos,
diz a Palavra, bem lhe irá, tu, ó justo; então,
querido, se não podes ver isso, deixe que a palavra
de Deus te sustente em vez de tua visão; sim,
acredite confiadamente na autoridade de Deus mais
do que em teus olhos e naquilo que teus sentimentos
dizem a ti. Aquele a quem Deus abençoa é
abençoado de fato, e aquilo que os Seus lábios
declaram é a verdade mais segura e leal.

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