quarta-feira, 10 de abril de 2024

Devocional dia e noite dia 10/04

10 de Abril
Manhã (…) ao lugar chamado a Caveira (…)" (Lc
23:33)
A colina do conforto é a colina do Calvário; a casa
da consolação é construída com a madeira da cruz;
o templo das bênçãos celestiais é fundado sobre a
pedra fendida, fendida pela lança que perfurou Seu
lado dilacerado. Nenhuma cena na história sagrada
satisfaz mais a alma como a tragédia do Calvário.
Luzes surgem do meio-dia à meia-noite no Gólgota,
e toda a erva do campo floresce docemente à
sombra da árvore uma vez amaldiçoada. Naquele
lugar de sede, a graça cavou uma fonte que jorra
eternamente águas puras como cristal, onde cada
gota é capaz de aliviar os males da humanidade.
Aqueles que tiveram períodos de conflito podem
afirmar que nunca foi no monte das Oliveiras que
encontraram conforto, nem no monte Sinai, nem em
Tabor (Jz 4:6), mas no Getsêmani (Mt 26:36), em
Gabatá (Jo 19:13) e no Gólgota (Mt 27:33), lugares
que foram meios de consolação. As ervas amargas
do Getsêmani têm muitas vezes levado amarguras
para sua vida; o flagelo de Gabatá muitas vezes tem
lhe açoitado com preocupações; e os gemidos do
Calvário colocam todos os demais gemidos em fuga.
Assim, o Calvário produz a nós uma rara e rica
consolação. Nós jamais teríamos conhecido o amor
de Cristo, em toda a sua altura e profundidade, se
Ele não tivesse morrido; não poderíamos imaginar a
profunda afeição do Pai se Ele não tivesse dado Seu
Filho para morrer. As misericórdias comuns que
desfrutamos cantam todas em louvor, tal como as
conchas do mar quando as colocamos sobre nossos
ouvidos, sussurrando as profundezas do mar de
onde vieram; contudo, desejamos ouvir o próprio
oceano; não devemos olhar apenas para cada bênção
diária, mas para a realização da crucificação. Aquele
que conhece o amor, descanse no Calvário e veja o
Homem de dores (Is 53:3) morrer.


Noite "Porque esta mesma noite o anjo de Deus
(…) esteve comigo" (At 27:23) Tormenta, longa
escuridão e o risco iminente de naufrágio levaram a
tripulação do navio ao abatimento; apenas um
homem entre eles permaneceu perfeitamente calmo,
e, por sua palavra, todo os demais foram
tranquilizados. Paulo era o único homem que tinha
coragem suficiente para dizer: "Senhores, tende bom
ânimo". Havia experientes legionários romanos a
bordo, bravos e calejados marinheiros, porém um
pobre prisioneiro judeu tinha mais espírito do que
todos eles. Paulo tinha um secreto Amigo que
manteve sua coragem elevada. O Senhor Jesus
enviou um mensageiro celestial para sussurrar
palavras de consolo ao ouvido de Seu fiel servo; por
isso, Paulo exibia um rosto brilhante e falava como
um homem tranquilo.
Se tememos ao Senhor, podemos clamar por
oportunas intervenções quando nossa situação está
em seu pior momento. Os anjos não são afastados
de nós por tempestades ou nos são escondidos pela
escuridão. Serafins não consideram humilhação
visitar os mais pobres da família celestial. Se as
visitas angelicais, em tempos normais, são poucas e
distantes entre si, elas serão frequentes em nossas
noites de tempestade e perturbação. Os amigos
podem nos abandonar quando estamos sob pressão,
porém nosso relacionamento com os habitantes do
mundo angélico é abundante; na força de amáveis
palavras, trazem do trono para nós, pelo caminho da
escada de Jacó, vigor para fazermos proezas. Caro
leitor, é esta uma hora de angústia para você? Então,
peça uma especial ajuda. Jesus é o anjo da aliança
(Is 63:9), e se Sua presença for, agora, sinceramente
procurada, ela não será negada. E que assistência
traz ao coração; alegra aqueles que lembram, como
Paulo, que tiveram o anjo de Deus, de pé, por eles,
em uma noite de tempestade, quando âncoras não
mais sustentavam e os rochedos se aproximavam.

Nenhum comentário:

Postar um comentário