quarta-feira, 2 de novembro de 2022

Devocional dia e noite dia 02/11

02 de Novembro
Manhã "(…) eu, o Senhor, não mudo (…)" (Ml
3:6) É bom para nós que, em meio a toda
variabilidade da vida, há Alguém cuja mudança não
pode afetar; Aquele cujo coração nunca pode ser
alterado, e cujo rosto a mutabilidade não pode fazer
sulcos. Todas as outras coisas mudam, todas as
coisas estão mudando. O próprio sol escurece com a
idade; o mundo está envelhecendo; o dobrar da
vestimenta desgastada já começou; os céus e a Terra
em breve passarão; eles irão perecer; envelhecerão
como uma peça de roupa; contudo, há Um que
possui a imortalidade, cujos anos não têm fim, e
onde não há qualquer mudança. O prazer que o
marinheiro sente quando se aproxima da segura
enseada, depois de ter sido jogado de lá para cá por
muitos dias, é a satisfação de um cristão quando, em
meio a todas as mudanças da turbulenta vida, ele
repousa o pé de sua fé sobre esta verdade: "Eu, o
Senhor, não mudo".
A estabilidade que a âncora dá ao navio quando ela
finalmente alcança o solo é semelhante à esperança
do cristão quando ele se fixa sobre essa gloriosa
verdade. Com Deus "não há mudança nem sombra
de variação" (Tg 1:17). Aquilo que Seus atributos
sempre foram no passado, eles o são agora; Seu
poder, Sua sabedoria, Sua justiça, Sua verdade,
todos estão inalterados. Ele sempre foi o refúgio do
Seu povo (Sl 46:1), a fortaleza no dia da angústia
(Na 1:7), e Ele ainda é o seguro Ajudador. Ele é
inalterado em Seu amor. Ele amou o Seu povo com
"amor eterno" (Jr 31:3); Ele os ama agora tanto
como sempre o fez, e quando todas as coisas
terrenas tiverem derretido na última conflagração,
Seu amor ainda mostrará o orvalho de sua juventude
(Sl 110:3). Preciosa é a garantia de Sua
imutabilidade! A roda da providência gira, mas o seu
eixo é o amor eterno.


Noite
"Grande indignação se apoderou de mim por causa
dos ímpios que abandonam a tua lei" (Sl 119:53)
Minha alma, sentes tu essa sagrada indignação pelos
pecados dos outros? pois, de outro modo, te falta
santidade interior. A face de Davi estava molhada
com rios de água por causa da prevalente impiedade;
Jeremias desejava olhos como fontes para que
pudesse lamentar a iniquidade de Israel (Jr 9:1), e
Ló se angustiou com a conversação dos homens de
Sodoma (2Pe 2:7). Na visão de Ezequiel, aqueles
sobre os quais a marca foi posta foram os que
suspiraram e choraram por causa das abominações
de Jerusalém (Ez 9:4). Almas graciosas não podem
deixar de sofrer ao verem os homens indo para o
inferno. Elas conhecem o mal do pecado
experimentalmente, e estão alarmadas ao verem os
outros voando como mariposas para sua chama. O
pecado faz o justo tremer, pois viola uma lei
sagrada, que é do mais alto interesse de cada homem
manter. O pecado puxa para baixo os pilares da
nação. O pecado nos outros horroriza o crente, pois
traz a sua mente a iniquidade de seu próprio
coração; quando ele vê um transgressor, ele chora
com o pensamento: "Ele caiu hoje, e eu posso cair
amanhã". O pecado para um crente é horrível, pois
isso crucifica o Salvador (Hb 6:6); ele vê, em cada
iniquidade, os pregos e a lança. Como pode uma
alma salva contemplar o amaldiçoado e crucificado
Cristo sem aversão ao pecado? Diga, meu coração,
estás sensivelmente participante de tudo isso? É uma
coisa horrível insultar a Deus em Sua face. O bom
Deus merece tratamento melhor, o grande Deus
reivindica isso, o justo Deus terá isso, ou retribuirá
Seu adversário em sua face. Um coração desperto
treme com a audácia do pecado, e fica alarmado
com a contemplação de sua punição. Quão
monstruosa é a rebelião! Quão terrível castigo está
preparado para os ímpios! Minha alma, nunca ria de
zombarias sobre o pecado para que não venhas a
sorrir para o próprio pecado. Ele é o teu inimigo, e
inimigo do teu Senhor; olhe-o com ódio, pois
apenas isso pode evidenciar a posse da santidade,
sem a qual ninguém poderá ver o Senhor (Hb
12:14).

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