sexta-feira, 18 de novembro de 2022

Devocional dia e noite dia 18/11

18 de Novembro
Manhã "(…) manancial fechado, fonte selada" (Ct
4:12)
Nessa metáfora, que tem referência à vida interior
de um crente, temos muito claramente a ideia de
sigilo. É um manancial fechado, tal como havia no
Oriente, sobre os quais foram construídos palácios,
de modo que ninguém poderia alcançá-los, salvo os
que conheciam a entrada secreta. Assim é o coração
do crente quando regenerado pela graça; há uma
misteriosa vida interior que nenhuma habilidade
humana pode tocar. É um segredo que nenhum
outro homem conhece, ou melhor, que o próprio
homem que lhe é possuidor não pode contar ao seu
próximo. O texto inclui não apenas o sigilo, mas a
separação. Não é uma fonte comum, que cada
transeunte pode beber, porém uma fonte mantida e
preservada de todas as outras; é uma fonte com uma
singular marca, o selo real, de forma que todos
podem perceber que não é uma simples fonte, mas
uma adquirida por um proprietário, e especialmente
colocada por ele. Assim é com a vida espiritual. Os
escolhidos de Deus foram separados no decreto
eterno; eles foram separados por Deus no dia da
redenção, e estão separados pela posse de uma vida
que os outros não têm; é impossível para eles
sentirem-se à vontade com o mundo, ou deliciarem-
se com seus prazeres. Há também a ideia de
sacralidade. A fonte selada é preservada para o uso
de uma pessoa especial, e tal é o coração do cristão.
É uma fonte guardada para Jesus. Todo cristão deve
sentir que ele tem o selo de Deus sobre si, e ser
capaz de dizer com Paulo: "Desde agora ninguém
me inquiete; porque trago no meu corpo as marcas
do Senhor Jesus" (Gl 6:17). Outra ideia
proeminente é a da segurança. Oh! quão certa e
segura é a vida interior do crente! Se todos os
poderes da Terra e do inferno pudessem estar
combinados contra ela, esse princípio imortal ainda
existiria, pois aquele que o concedeu, prometeu a
Sua vida em sua preservação. E "qual é aquele que
vos fará mal" (1Pe 3:13), quando Deus é o seu
protetor?


Noite "(…) tu és desde a eternidade (…)" (Sl 93:2)
Cristo é eterno. Sobre Ele podemos cantar com
Davi: "O teu trono, ó Deus, é eterno e perpétuo" (Sl
45:6). Alegre-se, crente, em Jesus Cristo, o mesmo
ontem, hoje e eternamente (Hb 13:8). Jesus sempre
foi. O bebê nascido em Belém estava unido à
Palavra, que era, no princípio, por quem todas as
coisas foram feitas (Jo 1:3). O título pelo qual Cristo
Se revelou a João em Patmos foi: "Aquele que é, e
que era, e que há de vir" (Ap 1:4). Se Ele não fosse
Deus desde a eternidade, não poderíamos tão
devotamente amá-Lo; não sentiríamos que Ele teve
qualquer participação no amor eterno, que é a fonte
de todas as bênçãos da aliança; contudo, uma vez
que Ele esteve com o Pai desde toda a eternidade,
traçamos o fluxo do amor divino até Ele, igualmente
ao Seu Pai e ao abençoado Espírito. Como nosso
Senhor sempre foi, assim também Ele é para
sempre. Jesus não está morto; Ele vive "sempre para
interceder" (Hb 7:25) por nós. Recorra a Ele em
todos os momentos de necessidade, pois Ele ainda
está esperando para abençoá-lo. Além disso, Jesus,
nosso Senhor, sempre será. Se Deus poupasse sua
vida até aos setenta anos, você ainda acharia Sua
fonte purificante aberta, e Seu precioso sangue não
teria perdido o poder; você encontrará aquele
Sacerdote, que encheu a fonte curativa com Seu
próprio sangue, vivo para lhe purificar de toda
iniquidade. Quando sua última batalha estiver para
ser combatida, você verá que a mão de seu Capitão
conquistador não está débil; o vivo Salvador anima o
santo que está morrendo. Ao entrar no céu, você irá
encontrá-Lo tendo o orvalho de Sua juventude, e
por toda a eternidade o Senhor Jesus permanecerá
na perene primavera de alegria, de vida, e de glória
para Seu povo. Águas vivas podem ser tiradas desse
sagrado poço! Jesus sempre foi, Ele sempre é, e Ele
sempre será. Ele é eterno em todos os Seus
atributos, em todos os Seus ofícios, em toda a Sua
força, e em toda a Sua vontade de abençoar,
confortar, proteger e coroar Seu povo escolhido.

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