quinta-feira, 25 de agosto de 2022

Devocional dia e noite dia 25/08

25 de Agosto
Manhã "(…) o seu fruto é doce ao meu paladar" (Ct
2:3)
Fé, na Escritura, é mencionada por meio de todos os
sentidos. Ela é vista: "Olhai para mim, e sereis
salvos" (Is 45:22). Ela é ouvida: "Ouvi, e a vossa
alma viverá" (Is 55:3). A fé é percebida pelo olfato:
"Todas as tuas vestes cheiram a mirra e aloés e
cássia" (Sl 45:8); "como o ungüento derramado é o
teu nome" (Ct 1:3). A fé é o toque espiritual. Por
essa fé, a mulher veio por detrás e tocou a orla do
manto de Cristo (Lc 8:44), e, por intermédio dela,
lidamos com as coisas da boa palavra da vida. A fé é
igualmente o gosto do espírito. "Oh! quão doces são
as tuas palavras ao meu paladar, mais doces do que
o mel à minha boca" (Sl 119:103); "se não
comerdes a carne do Filho do homem", diz Cristo,
"e não beberdes o seu sangue, não tereis vida em
vós mesmo" (Jo 6:53).
Esse "sabor" é a fé em uma de suas maiores
operações. Uma das primeiras atuações da fé é
ouvir. Ouvimos a voz de Deus não apenas com o
ouvido, mas com o ouvido interior; nós a ouvimos
como Palavra de Deus, e acreditamos que assim
seja; isso é o "ouvir" da fé. Então, nossa mente
percebe a verdade como ela nos é apresentada, ou
seja, nós a entendemos, nós percebemos o seu
significado; isso é o "olhar" da fé. Em seguida,
descobrimos sua preciosidade; começamos a
admirá-la e descobrimos quão perfumada ela é; isso
é a fé em seu "olfato". Depois, nos apropriamos das
misericórdias que nos estão preparadas em Cristo;
isso é a fé em seu "toque". Daí, segue o deleite, a
paz, a alegria, a comunhão; tudo isso é a fé em seu
"sabor". Qualquer um desses atos de fé é salvador.
Ouvir a voz de Cristo, como a segura voz de Deus
na alma, nos salvará; contudo, o que promove o
verdadeiro prazer é o aspecto da fé que Jesus, por
sagrado "sabor", é recebido dentro de nós, e torna-
Se, por interna e espiritual apreensão de Sua doçura
e preciosidade, o alimento de nossas almas. É,
então, nesse momento, que nos sentamos "à sua
sombra com grande prazer" (Ct 2:3), e encontramos
o Seu fruto doce ao nosso paladar.


Noite "(…) É lícito, se crês de todo o coração (…)"
(At 8:37) Essas palavras podem responder a sua
consciência, devoto leitor, sobre as ordenanças.
Talvez você diga: "Eu tenho receio de ser batizado;
é uma coisa muito solene confessar-me morto com
Cristo e enterrado com Ele. Eu não me sinto com
liberdade para vir à mesa do Mestre; eu tenho medo
de comer e beber minha própria condenação, não
discernindo o corpo do Senhor (1Co 11:29)". Ah!
pobre temente, Jesus lhe deu liberdade, não temais.
Se um estranho vem a sua casa, ele fica à porta ou
espera no corredor, pois não ousaria entrar em sua
sala de estar sem ser convidado; ou seja, ele não está
"em casa". No entanto, o seu filho é absolutamente
livre em sua casa, assim como o é o filho de Deus.
Um estranho não pode se intrometer onde um filho
pode se aventurar. Quando o Espírito Santo lhe
concedeu sentir o espírito de adoção (Rm 8:15),
você pôde vir às ordenanças cristãs sem medo. A
mesma regra é válida para os privilégios internos dos
cristãos. Você pensa, pobre buscador, que não lhe é
permitido alegrar-se com gozo inefável e glorioso
(1Pe 1:8); se você tem permissão para entrar pela
porta de Cristo, ou sentar-se na parte inferior de Sua
mesa, você ficará igualmente satisfeito. Ah! você
não tem menos privilégios do que os maiores. Deus
não faz diferença em Seu amor aos Seus filhos. Para
Ele, um filho é um filho; Ele não irá fazer dele um
diarista; Seu filho irá se banquetear com o bezerro
cevado, e terá música e dança tanto quanto se nunca
tivesse se desviado. Quando Jesus entra no coração,
Ele declara uma autorização geral para sermos
felizes no Senhor. Nenhuma corrente é usada na
corte do Rei Jesus. Nossa admissão aos privilégios
pode ser gradual, mas é certa. Talvez o nosso leitor
esteja dizendo: "Eu gostaria de poder desfrutar das
promessas e caminhar em liberdade nos
mandamentos de meu Senhor". "É lícito, se crês de
todo o coração". Solte as cadeias de teu pescoço, ó
filha cativa, pois Jesus te faz livre.

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