domingo, 21 de agosto de 2022

Devocional dia e noite dia 21/08

21 de Agosto
Manhã "(…) aquele que atende também será
atendido" (Pv 11:25)
Aqui aprendemos uma grande lição: que para ter,
temos que dar; que para acumular, devemos
espalhar; que para fazer-nos felizes, temos de fazer
os outros felizes; que para nos tornarmos
espiritualmente fortes, devemos buscar o bem
espiritual dos outros. Em regar os outros somos
regados. Como? Sendo nossos esforços úteis,
trazendo a força da nossa utilidade. Temos talentos
latentes e faculdades dormentes que são trazidos à
luz pelo uso. Nossa força de trabalho está
escondida, inclusive de nós mesmos, até que nos
aventuremos a lutar as batalhas do Senhor ou escalar
as montanhas das dificuldades. Nós não sabemos
que tenra compaixão possuímos até que tentemos
secar as lágrimas da viúva e acalmar a dor do órfão.
Muitas vezes é na tentativa de ensinar os outros que
ganhamos instrução para nós mesmos. Oh, que
graciosas lições alguns de nós aprendem em leitos de
doença! Fomos para ensinar as Escrituras, e
voltamos corados, porque sabíamos tão pouco sobre
elas. Em nossa conversa com pobres santos, somos
mais perfeitamente ensinados sobre os caminhos de
Deus para nós mesmos, e recebemos uma visão
mais profunda da verdade divina. Assim, regar os
outros nos torna humildes. Descobrimos o quanto
de graça há onde não tínhamos buscado por ela, e
quanto o pobre santo pode nos superar em
conhecimento. O nosso próprio conforto também é
aumentado pelo nosso trabalho para os outros. Nós
nos esforçamos para animá-los, e a consolação
alegra nosso coração. Tal como duas pessoas na
neve, uma se aquece pelo atrito na outra, o que a
preserva da morte; e, ao fazer isso, mantém seu
próprio sangue em circulação, salvando sua própria
vida. A pobre viúva de Sarepta ofereceu, dos seus
limitados recursos, a oferta que o profeta precisava,
e, a partir desse dia, ela nunca mais soube o que era
necessidade. Dê, então, e lhe será dado, boa medida,
recalcada, sacudida e transbordando (Lc 6:38).


Noite "(…) não disse à descendência de Jacó:
Buscai-me em vão (…)" (Is 45:19) Podemos
receber muita consolação considerando aquilo que
Deus não disse. O que Ele disse é indescritivelmente
cheio de conforto e deleite, porém o que Ele não
disse é senão pouco menos rico em consolação. Foi
um desses "não disse" que preservou o reino de
Israel nos dias de Jeroboão, filho de Joás, pois "não
falara o Senhor em apagar o nome de Israel de
debaixo do céu" (2Rs 14:27). Em nosso texto,
temos a certeza que Deus irá responder à oração,
pois "não disse à descendência de Israel: Buscai-me
em vão". Aqueles que pensaram coisas amargas
contra si mesmos deveriam lembrar disso; deixe que
suas dúvidas e medos digam o que quiserem; se
Deus não o excluiu da misericórdia, não há espaço
para desespero; mesmo a voz da consciência é de
pouco peso se não for sustentada pela voz de Deus.
O que Deus disse, trema! mas não sofra por suas vãs
imaginações a ponto de ficar oprimido pelo
desânimo e em pecaminoso desespero. Muitas
pessoas tímidas têm sido atormentadas pela suspeita
de que possa haver algo nos decretos de Deus que
lhes exclua da esperança, mas aqui está uma
completa refutação ao enervante medo, pois
nenhum verdadeiro buscador será submetido à ira.
"Não falei em segredo, nem em lugar algum escuro
da terra; não disse" (Is 45:19), mesmo no segredo
do Meu decreto insondável, "buscai-me em vão".
Deus claramente revelou que Ele ouvirá as orações
daqueles que O invocam, e que essa declaração não
poderá ser violada. Ele tem tanta firmeza, tanta
veracidade, tanta sinceridade ao falar que não pode
haver margem para dúvidas. Ele não revela Seus
pensamentos em palavras ininteligíveis, mas fala
claramente e de forma categórica: "Pedi, e dar-se-
vos-á" (Mt 7:7). Acredite, ó temente, nesta segura
verdade: que a oração deve e será ouvida, e que
nunca, mesmo nos segredos da eternidade, o Senhor
disse a qualquer alma vivente: "Buscai-me em vão".

Nenhum comentário:

Postar um comentário