domingo, 22 de novembro de 2020

Devocional dia e noite dia 22

 Manhã
"(…) Israel serviu por uma mulher, e por uma
mulher guardou o gado" (Os 12:12)
Jacó, enquanto protestava com Labão, assim
descreveu sua própria labuta: "Estes vinte anos eu
estive contigo; não te trouxe eu o despedaçado; eu o
pagava; o furtado de dia e o furtado de noite da
minha mão o requerias. Estava eu assim: De dia me
consumia o calor, e de noite a geada; e o meu sono
fugiu dos meus olhos" (Gn 31:39-40). Ainda mais
trabalhosa foi a vida de nosso Salvador aqui na
Terra. Ele vigiava todas as Suas ovelhas até capitular
Sua última conta: "Dos que me deste nenhum deles
perdi" (Jo 18:9). Seus cabelos estavam molhados de
orvalho e das gotas da noite. O sono fugiu de Seus
olhos, pois toda a noite Ele estava em oração
lutando pelo Seu povo. Uma noite, Pedro foi
chamado; rapidamente, outro clamava Sua lacrimosa
intercessão. Nenhum pastor sentado sob os frios
céus, olhando para as estrelas, poderia expressar tais
queixas por causa da dureza de sua labuta como fez
Jesus Cristo, se Ele tivesse escolhido fazê-lo por
causa da severidade de seu trabalho para adquirir
seu cônjuge.
"Frias montanhas, e o ar da meia-noite,
Testemunharam o fervor de Sua oração;
O deserto Suas tentações conheceram,
Seu conflito e Sua vitória também".
É doce se debruçar sobre o paralelo espiritual de
Labão ter exigido todas as ovelhas da mão de Jacó.
Se tivessem sido machucadas pelos animais, Jacó
deveria pô-las em boa condição; se alguma delas
tivesse morrido, ele deveria ficar como garantia pelo
todo. Porventura não foi a labuta de Jesus, para Sua
Igreja, a labuta de alguém que estava sob obrigações
de fiança em trazer cada crente seguro para a mão
de quem as havia confiado a Seu cargo? Olhe para a
labuta de Jacó e você verá uma representação
dAquele a quem lemos: "Como pastor apascentará o
seu rebanho" (Is 40:11).


Noite "(…) à virtude da sua ressurreição (…)" (Fp
3:10) A doutrina de um Salvador ressuscitado é
extremamente preciosa. A ressurreição é a pedra
angular de todo o edifício do Cristianismo. É a
pedra angular do arco de nossa salvação. Seria
necessário um livro para expor todos os rios de água
viva que fluem a partir desta fonte sagrada que é a
ressurreição de nosso amado Senhor e Salvador
Jesus Cristo; no entanto, saber que Ele ressuscitou, e
ter comunhão com Ele como tal, comunhão com o
Salvador ressuscitado pela fruição de uma vida
ressuscitada, vendo-O sair da tumba pelo nosso
abandono do túmulo do mundanismo, isso é ainda
mais precioso. A doutrina é a base da experiência,
mas assim como a flor é mais bela que a raiz, a
experiência da comunhão com o Salvador
ressuscitado é mais amável que a própria doutrina.
Eu gostaria que você acreditasse que Jesus
ressuscitou de entre os mortos tanto quanto você
cantasse sobre isso, e derivasse toda a consolação
que lhe é possível extrair desse fato bem apurado e
bem testemunhado; contudo, eu te suplico, ainda
não descanse satisfeito. Embora você não possa,
como os discípulos, vê-Lo de modo aparente, eu o
convido a ambicionar ver Cristo Jesus com os olhos
da fé; embora, como Maria Madalena, você não
possa "tocar" nEle (Jo 20:17), você é privilegiado
para conversar com Ele, e saber que Ele ressuscitou,
e que você mesmo foi levantado nEle em novidade
de vida (Rm 6:4). Conhecer um Salvador
crucificado, como tendo crucificado todos os meus
pecados, é um alto grau de conhecimento, mas
conhecer um Salvador ressuscitado, como tendo me
justificado, e perceber que Ele concedeu a mim uma
nova vida, e ser uma nova criatura por meio de Sua
própria novidade de vida, esse é um elevado padrão
de experiência; ninguém deve ficar satisfeito com
pouco sobre isso. Você deve tanto "conhecê-lo, e à
virtude da sua ressurreição" (Fp 3:10). Por que as
almas que estão vivificadas com Jesus vestem as
roupas da sepultura do mundanismo e da
incredulidade? Levanta-te, porque o Senhor é
ressurrecto.

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