domingo, 3 de junho de 2018

minutos de sabedoria

COOPERE com sua pátria, para engrandecer- se a si mesmo.
A pátria é a reunião de todos nós. No entanto, evite buscar apenas vantagens pessoais, pois aquilo que você retirar a mais para você estará prejudicando a outrem, que receberá a menos. Qualquer função é útil à comunidade, e o bem da coletividade se distribui a todos os cidadãos. Não abuse de seus privilégios.

3º Dia do Mês - exercícios de concentração

3º Dia do Mês
1. No 3º dia concentrar-se uma planta de sua escolha. A planta pode ser física - tal como
ele existe no mundo exterior. Neste caso. durante o período de concentração você
pode apenas olhar para a planta. Ou você pode imaginar a planta mentalmente e, em
seguida, concentrar-se na forma da planta visualizada.
Este exercício de concentração emprega o método de espelhamento. Sua importância
reside no fato de que, enquanto você se concentrar na planta escolhida, você imagina
como o resultado desejado está se formando na luz da planta, que é refletida de
volta. Melhor dizendo, você vai vê-lo realmente na sua frente, você realmente vai
construí-lo à frente de si mesmo. Um evento que é construído com a ajuda deste
exercício torna-se harmonioso. O fato de que a planta já existe harmoniosamente no
mundo também é útil para este processo.


2. Dígitos para Concentração
*Concentre-se intensamente na sequência de sete números: 5142587
*Concentre-se intensamente na sequência de nove números: 421954321


3. Olhe para a realidade ao seu redor e você verá que existem muitos mundos. Escolha o
mundo que você precisa. Passe a este mundo e expanda-o. Olhe para este mundo com
os olhos do observador. Aproxime-se, coloque suas mãos sobre ele, e sinta o calor que
ele emite. Traga o mundo perto de si e olhe para o seu Criador. Ouça o que ele diz a
você e quais os conselhos que ele tem para você. Você pode comparar o
conhecimento dele com o seu conhecimento e assim ganhar a entrada no reino para
além do tempo e do espaço.

127 - Louise Hay

127- “Sou grata por estar hoje viva. É uma alegria e um prazer
viver mais um dia maravilhoso.”

CAPÍTULO 33 - Não Fuja

CAPÍTULO 33
Não era uma fumaça negra que emergia das fissuras abertas no chão. O zumbido
ensurdecedor que martelava meus ouvidos tinha uma explicação: Escaravelhos de Hao!
Milhares deles! Entretanto, terror maior ainda estava por ser evidenciado. As terríveis criaturas
eram capazes de penetrar nos Umbris e conferir-lhes poder, pois, no instante em que estes
estavam sob seu domínio, seus corpos espectrais ganhavam potência física e começavam a
rasgar, com unhas, dentes e força descomunal, a membrana mágica que envolvia a catacumba
e protegia a terceira dimensão.
A compreensão do que acontecia ao meu redor me arrasava: Malazar havia encontrado
um jeito de sair da catacumba e chegar à segunda dimensão através dos outros quatro
portais de Zyrk. Mas não sem antes destruí-la!
Uivando alto, os Umbris avançavam, rompendo a barreira mágica em vários pontos e
atacando os zirquinianos com selvageria. Em seu desespero para possuir suas vítimas,
sedentos e insaciáveis, os espectros malditos sugavam as almas e dilaceravam os corpos dos
que se encontravam em seu caminho.
Richard tinha o olhar atordoado, tão catatônico quanto o meu com o que víamos
acontecer do outro lado da membrana.
A grande e inesperada surpresa!
Uma multidão de zirquinianos bramia alto e chocavam suas espadas no ar. Pela primeira
vez na história, estavam unidos em nome de uma causa comum: defender aquilo que,
amaldiçoado ou não, era a sua morada, o seu único lar.
Eles lutariam por Zyrk!
Emocionada, vi os magos e homens de branco do Grande Conselho, soldados dos quatro
clãs e as mendigas sombras guerreando lado a lado e defendendo uns aos outros dos ataques
mortais dos terríveis Umbris. Os seres malignos, entretanto, tinham força descomunal e
tornavam a batalha injusta. Ainda que bravamente se esforçando, o exército zirquiniano
apresentava baixas expressivas e, com o espírito combalido, começou a recuar. Malazar
lançava suas garras no ar e avançava sobre o paredão mágico, agora enfraquecido pelo
ataque de seu exército de Umbris.
— Você não vai sair dessa catacumba, Malazar! — a voz angulosa do pequenino Sertolin
repercutiu alto. Ele havia entrado no caminho do demônio quando este estava prestes a
colocar as garras do lado de fora da catacumba.
Malazar emitiu um som estranho em resposta e, no momento seguinte, vários
escaravelhos voavam em direção a Sertolin. Apesar de resistir heroicamente, o pequeno mago
acabou perdendo a batalha para o enxame de insetos negros e, contorcendo-se, desmoronou
aos pés do inimigo.
E novamente o inesperado aconteceu!
— Nunca! — trovejou Shakur, surgindo de repente. Ele rodopiou os braços no ar e,
mesmo com as forças decadentes, fez o corpo de Sertolin desaparecer no exato momento em
que Malazar ia esmagá-lo.
O pequenino mago reapareceu à sua frente, amparado em seus braços.
— Ismael! Como...? — murmurou com espanto e emoção. Havia uma aura mágica entre
os dois. — Filho querido, você...
— E-Eu o decepcionei, mestre. Sinto muito — balbuciou com urgência o líder de preto.
Suas forças chegavam ao fim.
— Não se desculpe. O erro foi meu. Você era bom demais para ficar nessa dimensão,
Ismael. Bom demais — respondeu o chefe do Grande Conselho. Ismael abriu um sorriso triste
e, após suspirar profundamente, tombou morto nos braços de Sertolin.
— Pai! — Meu grito de dor foi abafado pela mão de Richard em minha boca.
— Shhh! — Os dedos de Rick afundaram em minha pele e o tremor de meu corpo se
refletiu no dele. O coitado fechou os olhos com força, evidenciando que também sofria. Com
meu coração em ruínas, testemunhei o último gesto de amor daquele homem extraordinário:
Shakur havia acabado de doar seu último resquício de vida para salvar o antigo mestre.
— Morram, magos estúpidos! — Ultrajado com o ataque malsucedido, Malazar
esbravejou alto e, em sua luta particular, voou com as garras apontadas para cima dos dois.
— Afaste-se deles! — bradou a inesperada voz de trovão que repercutiu no lugar. Era de
Guimlel!
Como Shakur havia mencionado, Guimlel controlava as forças da natureza com uma
precisão excepcional e, modulando o vento, fez um ciclone de dimensões assustadoras
envolver a besta, paralisando seu ataque e a enfurecendo ainda mais. Malazar revirava o rosto
vermelho de fúria, agitava as garras no ar e lançou uma rajada de fogo sobre o mago, mas
Guimlel foi rápido. Não só controlou a força das chamas com outra rajada de vento e chuva,
como inverteu sua direção. O fogo explodiu em centelhas e se alastrou pelas escamas no
dorso da fera. O demônio uivou e fugiu ao confronto direto. Ardiloso, ele mudou de estratégia
e começou a chicotear sua cauda de um lado para o outro. Tentava camuflar seus golpes
fazendo com que o cintilar do seu ferrão que serpenteava no ar passasse despercebido em
meio às centelhas de fogo que ainda pipocavam no ambiente. Mesmo com seus quase dois
metros de altura, Guimlel era ágil e se desviava dos ataques com facilidade, mas foi
surpreendido pelo pior de todos os golpes.
— Nãooo! — Foi a vez de escutar o ganido de Richard. Ele ameaçou correr em direção a
Guimlel, mas a perna dilacerada o fez estancar o passo. Rick estremecia de impotência ao
meu lado ao presenciar a perda do outro zirquiniano por quem nutria grande estima. Guimlel
estava de joelhos e tinha as mãos ensanguentadas pressionadas no peito. Von der Hess agira
da forma em que era mestre, sorrateira e traiçoeiramente. A víbora albina o alvejara de forma
covarde e mortal, acertando-lhe uma espada pelas costas. — Não — Rick gemeu mais uma
vez. A cabeça calva de Guimlel se virou em direção a Richard e lhe lançou um sorriso de
arrependimento, de despedida. O mago fez um gesto com as mãos para que Rick ficasse
onde estava, relembrando-o com um simples olhar que ele tinha de sobreviver, que ele era um
guerreiro excepcional, mas que aquela luta de forças místicas não lhe pertencia. Richard arfou
alto, um arfar de dor e perda, mas assentiu num doloroso movimento de cabeça. Naquele
instante, pude compreender (e perdoar) as ações de Guimlel. Seu caráter não era mau.
Simplesmente acreditava com tanta devoção na lenda, no herdeiro de Richard e em seu
propósito de salvar Zyrk do terror das feras da noite, que se utilizara de meios obtusos para
consegui-lo.
Malazar regozijou no lugar e soltou uma gargalhada ao presenciar a morte de Guimlel.
Em meio ao caos, uma energia brilhante surgiu repentinamente no ar e penetrou no corpo
musculoso da besta. Em seguida, o monstro dobrou de tamanho e, sem perder tempo,
avançou sobre a muralha mágica. Catatônica como toda a multidão de zirquinianos, vi quando
sua cabeça e suas garras dianteiras conseguiram romper a barreira mas, de repente,
estancaram.
Um estrondoso guinchar de desespero.
— Mais força! Eu preciso de mais energia! — ordenava furiosamente o demônio ao seu
exército de Umbris ao perceber que a metade posterior de seu corpo permanecia presa à
catacumba a despeito da força descomunal que empregava.
— Rápido! Para o portal! Vá na frente, Nina! — Richard ordenou com a voz rouca e
subimos as pedras cintilantes. Eu conseguiria ir mais rápido, mas o estado deplorável de sua
perna o atrasava consideravelmente. Ele implorou para que eu o deixasse e continuasse o
percurso, mas não o fiz. Nunca mais o abandonaria. Os zumbidos aumentaram de volume e já
não sabia identificar se eram os escaravelhos ou meu coração dando pancadas frenéticas
dentro dos meus ouvidos. — Foge, Nina! — Richard soltou um berro apavorado antes de cair
aos meus pés e se contorcer violentamente.
— Rick! — Ainda tentei segurar sua mão, arrastá-lo, puxá-lo para junto de mim. Tudo em
vão. Uma presença estranha, pesada, pairava sobre meu corpo e energia. Uma figura albina
sorria maliciosamente em minha direção: Von der Hess! Tremi. Os zumbidos triplicaram de
volume e meus tímpanos latejaram a ponto de explodir. Tudo começou a girar e meus joelhos
tombaram de encontro ao chão. — Argh!
Senti minhas forças sendo drenadas rapidamente e o mundo ficou embaçado em uma
nuvem de escaravelhos e lágrimas.
E, ainda assim, eu vi.
Magos, reis, soldados e sombras se contorcendo no chão, todos eles derrotados pela
batalha impossível. Tudo ruía: Zyrk, os zirquinianos, eu, o homem que eu amava, nossos
sonhos. A lenda em que acreditavam era uma mentira. A terceira dimensão seria finalmente
eliminada. Faltava muito pouco para Malazar e seu séquito aterrador conseguir transpor a
barreira da catacumba e entrar definitivamente na terceira dimensão.
Malazar e seu exército tinham vencido a batalha.
— Morram, besouros desgraçados! — A voz da Sra. Brit surgia como um cochicho em
minha mente, distante. Eu devia estar delirando... Outros zumbidos. Uma nova nuvem negra
avançava sobre as centenas de corpos e cabeças.
Oh, não! Mais escaravelhos!
As contrações dos espasmos musculares eram intensas e custei a compreender o que
acabava de acontecer: a Sra. Brit chegava acelerada em uma carroça e, ao entrar na
catacumba, retirou apressadamente as tampas dos vários barris de madeira que trazia
consigo. Uma grande quantidade de escaravelhos semelhantes aos utilizados por Von der
Hess saía nervosamente de dentro deles. Estremeci ao vê-los atacar os pobres corpos que já
se debatiam compulsivamente. Fechei os olhos e, sem saber o que fazer, rezei para um deus
que não sabia se existia. Pedi que tivesse piedade de nós e nos presenteasse com um fim
sem sofrimento. Novos berros estranhos. Descerrei os olhos e, embasbacada, presenciei o
milagre que acabava de acontecer: as novas criaturas eram nossas aliadas! Seu alvo não
eram os zirquinianos, muito pelo contrário. Os novos escaravelhos caçavam os Escaravelhos
de Hao e os matavam, ou melhor, alimentavam-se deles, salvando o povo de Zyrk do terrível
ataque. Os zirquinianos pararam de se contorcer no chão e começaram a se recuperar. Sem
os escaravelhos, os Umbris perderam sua força física e recuaram para trás da linha
delimitadora.
Malazar recuava.
Com a autoestima elevada, os zirquinianos avançavam, encurralando o inimigo em sua
própria catacumba. A batalha voltou a ficar a nosso favor! Meu peito ardia de felicidade em ver
Wangor, meu avô, deixar as desavenças para trás e lutar lado a lado com Ben, um resgatador
de Thron, e de Kaller, líder de Storm, assim como presenciar os homens do Grande Conselho
aceitarem de bom grado a ajuda das rejeitadas sombras e vice-versa. Não havia mais
rivalidades ou quatro clãs distintos. Todos eram zirquinianos e lutavam por suas vidas e por um
bem comum.
— Nina, você está bem? — acelerado, Richard me despertava dando tapinhas gentis em
minha face.
— A Sra. Brit conseguiu — soltei em estado de euforia.
— Sim, mas foi ideia de Shakur.
— Foi essa a missão secreta? Quando precisou se afastar do nosso grupo?
Rick assentiu e abriu um sorriso triste.
— Ele sempre foi um homem excepcional. Agora descansará em paz. — Contive a todo
custo a vontade de chorar. Shakur não ficaria feliz em me ver derramar uma lágrima por sua
causa. — Não tenho condições de te carregar. Consegue andar?
— Acho que sim.
— Então venha. Você precisa sair daqui! — ordenou impaciente.
— Mas a guerra está quase no fim. Veja! Nós estamos ganhando! — rebati sem
compreender seu nervosismo em ascensão.
— Não. Não estamos ganhando — ele rosnou enquanto acelerava na subida e me puxava
com força em direção à Chawmin.
— As duas dimensões não correm mais risco. Malazar está encurralado e não pode me
fazer mal algum. — Estanquei o passo a poucos metros da saída.
— Mas os meus podem!
— Rick, quando é que vai colocar na sua cabeça dura que eu não vou mais fugir?
— E quando é que você vai cumprir alguma promessa que tenha me feito? — rebateu ele
com a voz ácida e estranha.
— Não acredito que estamos discutindo em meio a uma guerra, Richard! — guinchei. —
Eu voltei por nós, droga!
— Pois eu quero que você vá embora! E agora! — trovejou.
— Eu voltei porque te amo! — esbravejei ao mesmo tempo surpresa e furiosa. Não
queria admitir, mas uma parte dentro de mim não gostou daquela reação de Richard.
— Você disse que o ama? — Dei um salto quando, subitamente, a voz do demônio
reverberou como um sino pela catacumba e aniquilou todos os demais sons. Por cima do
ombro vi Malazar aparecer como mágica às nossas costas. Num piscar de olhos a besta havia
se transformado e novamente dado lugar ao senhor de cabelo e terno brancos.
— Merda! — Rick praguejou baixinho.
— Você o ama? Foi isso mesmo o que ouvi? — o demônio indagava aos berros. Seus
olhos negros e arregalados comprovavam o quanto estava surpreso com a inesperada
descoberta. Chequei ao redor e, atordoada, entendi o que acabava de acontecer: Umbris e
zirquinianos paralisaram a luta. Todos eles estavam catatônicos e mais atentos ao nosso
diálogo do que à batalha.
— Sim! — enfrentei Malazar com força e decisão e escutei o murmurinho da multidão
abaixo de nós.
— A híbrida o ama... — soletrou a palavra com sarcasmo ferino. O diabo olhou para o
céu negro de Zyrk e abriu um sorriso cruel. — Você se superou, papai.
— Venha, Nina! — Com a perna sangrando muito, Rick me puxava com força e tentava
desesperadamente eliminar os últimos metros que faltavam para chegarmos ao portal.
— Está de parabéns pela escolha, filha. Se apaixonou pelo meu zirquiniano predileto, ou
seria melhor dizer, pelo pior dessa espécie?— Ágil como uma serpente, Malazar interceptava
nosso caminho. Havia um brilho feroz em seus olhos negros quando encarou Richard.
Rapidamente me coloquei à frente de Rick, protegendo seu corpo com o meu. Algo me dizia
que ele corria perigo e, contra mim, o demônio nada poderia fazer.
— Cale a sua boca, maldito! — escutei o rosnado de Richard atrás de mim enquanto ele
envolvia a minha cintura.
— Está nervoso agora, resgatador? Achou que sairia como inocente do nosso trato?
Trato?
— Seu amado não lhe contou o que andou fazendo, filha? Por que não lhe pergunta se
ele lhe esconde algum segredo? — As indagações de Malazar me desequilibraram. Senti os
dedos de Richard afundar em minha pele e instantaneamente um calafrio sutil percorreu minha
nuca.
Ah, não! De novo, não!
— Não lhe dê ouvidos, Nina. Ele está blefando.
— Por que você acha que a força deste resgatador é acima do normal, Nina? — Malazar
não perdia tempo.
— Ele sempre foi assim! — rebati, recordando-me muito bem das explicações da Sra.
Brit.
— Engana-se redondamente — refutou o demônio com sarcasmo. — Eu o fiz assim. Ele
sobreviveu ao ataque da besta em sua infância porque eu o ressuscitei. Guimlel sabia disso! É
o meu sangue que corre em suas veias!
— Rick nunca lhe pediu para salvá-lo — disse, mas por sobre os ombros vi meu guerreiro
perder a cor e enrijecer. A terrível notícia era bombástica para ele também.
— Por que se ilude, garota? Richard é minha cria, o famoso filho do mal! Toda a Zyrk
sabe disso!
— Ele não é seu filho! — rugi. — Rick não lhe vendeu a alma por isso!
— Por isso não — Malazar destacou a palavra e arqueou as grossas sobrancelhas
brancas.
Hã?
Richard fugiu do meu olhar inquisidor. Engoli em seco.
— Tudo faz parte de uma grande farsa, Nina. Você foi usada por ele! — bradou o
demônio com um sorriso sutil nos lábios e foi a minha vez de empalidecer. — Mas você não foi
a única a ser enganada nessa história. Acredita que ele quis me ludibriar também? Seria até
uma atitude admirável, se não fosse comigo. Pobre criança! Tem tanto a aprender... Achou
que poderia brincar com fogo e sair sem se queimar — gargalhou alto ao ver o brilho da dúvida
refletir em meus olhos. — Esse resgatador utilizou-se dos seus sentimentos por ele em
proveito próprio. Salvou-a em algumas situações para fazê-la acreditar em suas boas
intenções, mas é um mercenário e um traidor. Seu único objetivo era se tornar o governante
absoluto de Zyrk!
— Nina, não preste atenção ao que ele diz! É tudo mentira! — Rick argumentava, mas
sua voz saía fraca, vacilante.
Ainda o protegendo com o corpo, senti sua respiração descompassada em minha nuca.
Respirei fundo e, lutando contra a erva daninha que germinava com velocidade em meu
espírito, acreditei nele. Malazar era a síntese da maldade e toda aquela encenação fazia parte
da arte em que ele era mestre: enganar.
— Nina, você sabia que só é possível adquirir uma pedra-bloqueio após entrar no Vértice
e me dar a alma em troca de algum favor? — acrescentou o demônio sem perder tempo e
perdi o ar, incerta de como respirar. — Como acha que Richard conseguiu as duas pedras que
lhe presenteou?
Por sobre o ombro, tornei a olhar para Richard que, nervoso, balançava a cabeça de um
lado para o outro.
— Rick? — indaguei num murmúrio sem força.
— E-eu não... — Rick tinha a respiração entrecortada e, hesitante, olhou de maneira
transtornada para a população que nos encarava. Sua estranha reação nocauteava minhas
certezas. — Não enxerga que é exatamente isso o que ele quer? Malazar está te jogando
contra mim, Nina!
— Posso lhe assegurar que Richard de Thron, para meu orgulho, é o zirquiniano mais
ambicioso de toda a história de Zyrk! Está lhe usando de acordo com seus próprios
interesses. Ele nunca te... amou! Richard sempre idolatrou uma única coisa na vida: o poder.
Meu Deus... As palavras de John!
— Mentira! Eu te amo! Foi por isso que conseguimos ter o contato mais íntimo! — Rick
contra-atacou, segurando meu braço com força e esbravejando aos quatro ventos. Foi o
suficiente para que o murmurinho da população se transformasse em um amontoado de
exclamações de surpresa, vozes emocionadas e diálogos acalorados.
O demônio estava testando minha fé. Só podia ser isso...
Fechei os olhos e respirei fundo. Não podia sucumbir ao veneno de Malazar. A noite de
amor que tive com Rick me dera a certeza de que ele me amava.
— O que ele ama — Satanás tornou a destacar a palavra — é ser idolatrado. Não posso
negar que admiro essas duas características minhas que correm em suas veias: a ganância e
a vaidade! Mas Richard superou minhas expectativas. Se tornar um resgatador principal ou o
líder de Thron era pouco para ele! Ele queria ser o governante absoluto da terceira dimensão
e só você poderia lhe dar tal poder!
— Você precisa sair daqui agora, Nina! — tenso, Richard sussurrava em meus ouvidos
enquanto tentava me empurrar em direção a Chawmin.
Não. Não. Não. Não podia ser. Você não me enganou de novo, Rick. Por favor, você
não pode ter feito isso comigo.
— Vai fugir? Não quer saber a verdade ao menos uma única vez em sua vida? —
Malazar indagou com estrondo, congelando-me a poucos passos do portal com seu novo
contra-ataque. — Veja com os próprios olhos e decida por si mesma o que acha ser
verdadeiro ou não!
Sem perder tempo, o demônio estendeu os braços e um clarão se formou no céu escuro
de Zyrk. Uma projeção se destacava de dentro da claridade. O murmurinho das pessoas deu
lugar a um silêncio sepulcral e aterrorizante. Podia pressentir que algo ruim estava prestes a
ser exibido. O grande clarão se expandiu e o trailer que rasgaria o meu coração em pedaços
ganhou vida diante dos meus olhos. Dentro da projeção, identifiquei o caminho de flores
brancas e amarelas que ia em direção a uma simpática casinha: era o Vértice! Nele Richard e
Malazar apertavam as mãos em uma finalização de acordo.
“—Está feito! Poderá possuir o corpo da híbrida, resgatador. E dessa vez não vai correr
o risco de matá-la — dizia o demônio com semblante satisfeito.— Aproveite a oportunidade
única.
— Com certeza. — Richard sorria. — Preciso ir. Onde está?
— Aqui está sua pedra-bloqueio.
Dentro das imagens vi quando Rick levantou as mãos e, dessa vez, mal dei atenção às
suas cicatrizes. Meus olhos observavam, hipnotizados e apáticos, a pequenina pedra marrom
que Malazar depositava entre seus dedos. Estremeci da cabeça aos pés ao identificar que era
a mesma pedra que Richard havia me presenteado.
— Usufrua! Veremo-nos em breve.”
— Como acaba de ver, Richard vendeu a alma a mim! — concluiu Malazar ao término da
projeção. — Mas, como disse antes, ele também me enganou. Quando me procurou, seu
motivo era o mesmo que conduziu os atos de Dale, seu pai biológico. Ele queria sentir! Richard
de Thron estava ensandecido para usufruir das sensações que você poderia lhe oferecer. Veio
transtornado ao meu encontro, logo após quase tê-la matado em uma tentativa fracassada. —
Malazar me atropelava com as terríveis revelações. Meu estado de perturbação se agravava.
— Mas o principal desejo de Richard havia sido maquiavelicamente ocultado até essa noite.
Ele sempre quis o poder! Sinto dizer, filha, mas você foi apenas uma gratificação a mais.
— Não... — balbuciei.
Meu mundo era uma mortalha de silêncio e dúvida. Minha mente entrara em colapso e
minha fé fora colocada à prova, equilibrando-se desajeitada e perigosamente em uma delgada
corda sobre um precipício.
— V-Você realmente vendeu a sua alma para ele, Rick? — indaguei com o peito em
chamas, girando o rosto para encará-lo. Richard franziu a testa com força, fechou as mãos e,
trêmulo, confessou o inconfessável.
— Sim. Mas foi pela pedra-bloqueio e não para possuir seu corpo ou poder. Eu venderia
quantas almas tivesse se isso fosse o suficiente para te salvar, Tesouro. Todas as loucuras
que fiz foram para te proteger, para que você sobrevivesse — disse, mas tudo que eu
conseguia captar era o desespero no seu tom de voz. Sua face amedrontada assemelhava-se
a uma lâmina gelada que cortava minha esperança em pedaços.
Tentei controlar o ardor das labaredas que se alastravam rapidamente em meu espírito.
O fogo da decepção me consumia sem piedade.
— Não percebeu ainda que está protegendo o verdadeiro inimigo, Nina? — bradava o
diabo. — Assim que o sol nascer, Richard vai te eliminar e ser idolatrado por essa raça
inferior. Ele só almeja o poder!
— Ele está jogando conosco, Nina! — Rick retrucava.
— Ele vai te matar assim que isso tudo acabar, Nina — o demônio destacava cada
palavra com força.
— Não! — Rick esbravejou e suas mãos trêmulas desataram a me puxar em direção ao
portal, mas ele não me encarava mais. Um sino de alerta ressoou em minha mente e espírito.
— Você me traiu — murmurei desolada ao identificar a mentira estampada nas feições
do homem que eu amava e, num rompante, soltei-me de sua pegada.
E o demônio não perdeu tempo!
Assim que saiu da minha proteção, o corpo de Richard foi violentamente sacudido no ar e
arremessado contra o paredão de rochas reluzentes. No momento seguinte ele caía de boca
ao chão, a testa coberta de sangue e o braço esquerdo retorcido em um ângulo estranho. Mal
conseguindo acompanhar a velocidade dos acontecimentos, eu o vi se contorcer no chão,
sufocando, os olhos revirando, perdendo os sentidos. E, por alguns instantes, nada senti.
Congeladas dentro da súbita avalanche de incertezas, minha mente era um lugar vazio; minha
alma, uma tela em branco.
Apática, vi Malazar atacar para matar. Uma ira desmedida até mesmo para o demônio
e podia jurar que existia algo mais em andamento... Malazar parecia ansioso. Mais do que
isso. Estava desesperado em acabar com a vida de Richard. Por que o demônio perderia
seu tempo precioso eliminando um mero zirquiniano? O que estava acontecendo ali, afinal?
— Morra! — o demônio vibrava com os olhos mais escuros do que nunca.
— A-Acredite em mim, Tesouro, e-eu... — Rick arranhou um choro que nunca antes vi
sair de sua boca.
Voltei a mim ao vê-lo ali caído, clamando, e, pela primeira vez na vida, indefeso. O azul
hipnótico de seus olhos faiscava em meio a poças de água do desamparo e despedida.
Lágrimas... Com elas, Richard tentava ocultar aquilo que lhe era tão novo quanto o sentimento
que efervescia bruscamente em minha mente e coração.
Suas lágrimas. Minhas verdades. Seu sofrimento. Minha libertação.
Um trovão altíssimo reverberou pela catacumba, pegando-nos de surpresa. Em uma
fração de segundo, o demônio se traiu ao checar o céu escuro de Zyrk e vasculhar o ar
quando Richard fechou os olhos. Havia desespero refletido em seu semblante. Malazar ainda
tentou disfarçar ao perceber que eu o observava atentamente. Tarde demais. Ele tinha
cometido o grande erro.
“Acredite em mim.”
As últimas palavras de Rick alcançaram um lugar até então intocado em meu coração.
Instantaneamente o ar ficou diferente. Eu estava diferente. Tremi com a súbita descarga no
peito. O manto da névoa e da dúvida era removido e uma nova e surpreendente emoção, até
então não compreendida, ganhava espaço e se expandia em minhas células e espírito: siga os
sinais...
Eu havia decifrado a charada!

Oração do dia 3 Mentalização para captar a admirável sabedoria de Kannon, a Deusa da Misericórdia.

Oração do dia 3 Mentalização para captar a admirável sabedoria de Kannon, a Deusa da Misericórdia. Neste momento, contemplo este mundo em que vivo como sendo manifestação da admirável sabedoria de Kannon, a Deusa da misericórdia. As estrelas que cintilam no céu são os olhos da Deusa da misericórdia, que zela por mim. O vento que sussurra entre as copas das árvores, o murmúrio das águas dos riachos, esses e outros sons da natureza são palavras que a Deusa da Misericórdia usa para se comunicar comigo. Todas as forças da natureza manifestam-se para me vivificar. O mundo em que vivo não é um mundo desconhecido para mim. Eu compreendo este mundo, e ele me compreende. Por isso, nada tenho a temer. Neste momento, abasteço-me na fonte da força imanente no Universo. Estou em perfeita sintonia com todas as forças do Universo, e sigo por caminhos tranqüilos, orientado pelo amor e pela sabedoria do próprio Universo. Na Sutra Kannon está assim escrito: “Mesmo quando fores cercado por malfeitores prestes a te atacar brandindo as espadas, se mentalizares os poderes da Deusa da Misericórdia , brotará misericórdia no coração deles; mesmo que alguém tente envenenar-te, se mentalizares os poderes da Deusa da Misericórdia, o veneno se voltará contra essa pessoa; mesmo que sejas acuado por uma fera e te vires na iminência de ser atacado por suas terríveis garras, se mentalizares os poderes da Deusa da Misericórdia, a fera se afastará e rapidamente tomará outro rumo”. Deusa da Misericórdia é a sabedoria que purifica o Universo, e é a grande Misericórdia que protege todas as coisas do Universo. Como sigo ao lado dela, não deparo com nenhuma força que se oponha a mim. Com sua grande misericórdia, ela me ama, me orienta e me preenche com nova força vital. A sua admirável sabedoria está presente em todos os seres e em todos os seres e em todas as coisas. Por isso, tudo e todos neste mundo estão em perfeita harmonia. Agradeço a Deusa da Misericórdia.

meditação diária (cecp) dia 03

Trabalho sempre tanquilo e metodicamente

sábado, 2 de junho de 2018

8 - Neutralizando Energia Negativa e Estresse: Aliviando a pressão - HE TAV KAF

 
8 - Neutralizando Energia Negativa e Estresse: Aliviando a pressão - HE TAV KAF Quando nos deparamos com lugares carregados de energia negativa; se entramos em contato com pessoas que irradiam escuridão, raiva ou ódio; quando a pressão aumenta, este Nome neutralizara todas as forças negativas, incluindo o estresse e a tensão nervosa.
 
REFLEXÂO: De acordo com a Cabala, todos nós temos um campo de energia espiritual que se estende até um pouco mais de dois metros em volta de nossos corpos.
Embora não possamos ver este campo a olho nu, ele é tão real quanto os átomos invisíveis no ar e tão inegável e influente quanto a força invisível da gravidade.
Toda vez que este campo fica carregado com energia negativa ou estressada, nos encontramos num estado interiorizado de nosso ser - sofrendo com tristeza, estresse, depressão, hostilidade, medo e incerteza.
Ou simplesmente nos sentimos infelizes.
Lugares desagradáveis e pessoas sombrias influenciam nossas vidas quando entramos em contato próximo com elas.
Nosso espaço pessoal é violado, carregado com energia perturbadora, que prejudica o nosso bem-estar.
AÇÂO:  A Luz purificadora elimina forças ameaçadoras invisíveis e desativa influências danosas que ficam à espreita, incluindo as que habitam dentro de você.
A tensão se dissolve.
A pressão alivia.
Equilíbrio e emergia
permeiam o ambiente.

Seicho-No-Ie do Brasil - Mensagem Diária

Seicho-No-Ie do Brasil - Mensagem Diária
ANTES DE DESEJAR SER AMADO, TOME A INICITIVA DE AMAR.   
 Do ponto de vista da Psicologia, doença é manifestação do anseio de ser amado, é o estado de buscar o amor. Por isso, se tratarmos a pessoa doente com amor verdadeiro, ela se curará. Contudo, é preciso também que o próprio doente tome a iniciativa de amar, pois a manifestação de amor conduz à cura. É fato que “Quem ama, é amado”.
 

2º Dia do Mês

2º Dia do Mês
1. Nesse dia, o foco está no dedo mindinho da sua mão direita. Como no exercício
anterior, ao mesmo tempo em que você está se concentrando no dedo mindinho da
sua mão direita, mantenha em sua consciência o evento que você gostaria de
realizar. Durante este exercício, você não tem que permanecer absolutamente
imóvel. Você pode usar o dedo mindinho da mão direita para segurar ou tocar alguma
coisa. Faça o que você sente que é certo.
Preste atenção ao seguinte: em geral você tem, naturalmente, muitos elementos
receptivos.
Além do dedo mínimo mencionado aqui, há mais nove dedos e muitas outras partes do
corpo. Mas a partir desta multiplicidade de elementos receptivos, você está sendo
solicitado neste momento a se concentrar em apenas um - ou seja, no dedo mindinho
da mão direita. A regulação dos eventos é harmonizada desta maneira.
Este exercício também pode ser feito várias vezes por dia, em intervalos que sejam
pessoalmente confortáveis. Você pode começar de novo o foco após 20 segundos ou
depois de uma hora ou mais. Você pode realizar o foco duas vezes por dia ou muitas
vezes por dia. Você também determina o tempo de cada foco si mesmo. Tenha
confiança em sua intuição e confiar em sua voz interior. Aprenda a ouvir a sua voz
interior e ouvir o que ela vos disser. Isso se aplica a todos os exercícios.

2. Dígitos para Concentração
*Concentre-se intensamente na sequência de sete números: 1853125
*Concentre-se intensamente na sequência de nove números: 849995120

3. Concentre-se em ver a harmonia do mundo em relação a si mesmo e para si mesmo.
Crie seu mundo segundo o modelo que o Criador deixou para você. Olhe para o mundo
e você verá a imagem como ele era. Olhe para o mundo e você verá a imagem como
ele será. Olhe para o mundo e você verá a imagem como que é agora e que você
agora está neste mundo.

126 - Louise Hay

126- “Faço escolhas saudáveis. Respeito-me.”

CAPÍTULO 32 - nao fuja

CAPÍTULO 32
Eu me virei e minhas pernas cambalearam de pavor. O animal monstruoso crescia para
cima de Richard que, arfando muito, arrastava o corpo ferido de Shakur para trás da mesma
pilastra onde John estava. O rastro de sangue fez meu corpo gelar da cabeça aos pés. Não
era só Shakur quem estava em péssimas condições. Rick também fora alvejado! Uma ferida
horrível avançava do ombro esquerdo indo até a metade de seu tórax. Ainda assim, ele era
absurdamente destemido e, com o punhal em mãos, enfrentava a fera ao se colocar na frente
dos corpos decrépitos dos dois zirquinianos. Meu guerreiro era rápido e se desviou das
diversas investidas da besta, mas em um movimento repentino o demônio fincou as garras em
sua panturrilha, prendendo-o ao chão. Richard se contorceu de dor e urrou alto. O animal
soltou um ganido vitorioso, empertigou-se nas patas traseiras e tomou novo impulso. Era o fim.
Ele ia matá-lo. Não! Não! Não!
— NÃO! — esbravejei ao longe e, tentando chamar a atenção da fera, desci o
amontoado de rochas resplandecentes correndo em disparada.
— Nina?! Volte! — Richard trovejou apavorado e, ainda preso pela garra do animal,
começou a socar a perna da besta com violência. Enfurecido, o monstro desatou a arrastar o
corpo já sem resistência de Rick de um lado para o outro.
Deus! Eu não conseguiria chegar a tempo!
Então o inesperado aconteceu. Num movimento preciso, Samantha colocava-se entre a
besta e Richard e fincava o punhal na fera, transpassando seu bico de baixo para cima. Os
olhos nevados da besta se estreitaram, ela guinchou de dor momentânea e soltou Richard,
mas conseguiu se recuperar de forma rápida e assustadora, avançando impiedosamente sobre
a loura. Samantha correu, mas a besta deu um salto, bicando-a por trás. Uma mancha de
sangue cresceu rapidamente nas costas da guerreira enquanto ela caía desacordada no chão.
Instantaneamente a fera cresceu em meu campo de visão. Ela se aproximava de um jeito
hesitante enquanto eu tentava me afastar no mesmo ritmo e nós realizávamos uma dança
sincronizada: o ballet do horror. A besta se abaixou, ficando perigosamente próxima a mim.
Com o coração ameaçando saltar pela boca, eu a enfrentei. O monstruoso animal estancou
bem à minha frente e pude constatar a névoa branca dentro de seus gigantescos olhos, quase
do tamanho do meu crânio inteiro. Pelo canto do olho vi Richard mancando e se aproximando.
Ciente da presença dele, a fera soltou um ganido de advertência e girou a cabeça em sua
direção. Mesmo sendo cega, suas feições exibiam satisfação ao presenciar a terrível cena em
andamento. Seria ela capaz de captar nossas emoções? Por mais que eu acenasse para ele
ficar onde estava, Richard não me dava atenção e, de maneira insana, aproximava-se ainda
mais. O monstro não reagia frente aos nossos movimentos. Sua estranha reação me afligia.
Richard estendeu a mão e nossos dedos se tocaram... por uma fração menor que um
segundo.
Novo ataque.
A besta avançou sobre Rick, arrancando suas mãos das minhas e batendo o bico
fechado em seu abdome. Richard se contorceu de dor e arfou com força. A fera soltou um
ruído estranho, como se regozijasse da situação, e parecia testar a força do último guerreiro
que a enfrentava naquela arena da morte. Sem perder tempo, ela bicou a perna ferida do
adversário. Rick urrou alto e, desequilibrando-se, acabou caindo. O animal aproveitou o
momento para imobilizá-lo com as garras afiadas. Rick ainda o socava com seu restante de
forças, mas o bicho, com ar triunfante, mal se importava com suas pancadas. Meu sangue
congelou quando a besta sacudiu a cabeça deformada, soltou um ganido vitorioso e levou o
pescoço para trás, em um típico movimento de impulsão. Rick fechou os olhos e suspirou.
Ele estava se rendendo?!
Não. Não. Não!
— Nãoooo! — berrei.
Sem que eu desse por mim, corria como uma louca e voava por entre o monstro e
Richard, cobrindo o corpo dele com o meu. Com a boca seca e o coração batendo
alucinadamente dentro do peito, encarei a fera e levantei um dos braços, aguardando o golpe
derradeiro. Todo o calor do meu corpo convergiu para a palma da minha mão e uma força
estranha e poderosa expandiu-se por minha mente e espírito.
Ciente de que fazia a coisa certa, olhei para Richard uma última vez. Sua fisionomia não
era apenas de atordoamento. Havia algo diferente nela, pulsante. Suas pedras azuis-turquesa
faiscavam em um mar de emoção, camufladas dentro de um véu de água cristalina. Vi meu
reflexo dentro delas, e me deparei com o impossível, o milagre que daria sentido a toda minha
sofrida jornada: lágrimas!
Richard tinha lágrimas nos olhos. E não eram lágrimas de dor!
Ele chorava.
O zirquiniano que eu amava chorava de emoção. Por mim. Por nós.
Sem conseguir conter a avalanche de sensações maravilhosas que me invadia a alma,
meus lábios se abriram num sorriso de entrega. Ele retribuiu meu sorriso de um jeito único.
Uma maneira que dispensava palavras. Não haveria em nenhuma das quatro dimensões frases
que pudessem expressar a força do sentimento que nos unia naquele instante mágico.
O maior uivo de fúria reverberou pela catacumba, como se mil trovões explodissem ao
mesmo tempo. O chão tremeu com violência, o ar ficou pesado e a noite ainda mais escura.
Ensandecida, a fera ganiu com estrondo colossal e atacou para matar.
Joguei minhas mãos em defesa e fechei os olhos.
Senti um discreto roçar nas palmas das minhas mãos e escutei um uivo altíssimo.
Desorientada, reabri os olhos e me surpreendi. A fera tinha a expressão de dor e,
contorcendo-se, esfregava o rosto no chão. Abaixo de mim, Richard tinha os olhos
arregalados, as pupilas completamente verticais e encarava minhas mãos em estado
catatônico. Tornei a olhar ao nosso redor e, mesmo dentro da penumbra, consegui identificar o
cintilar vermelho vivo do sangue que escorria em abundância na pele do animal. Feridas por
queimaduras!
A besta havia sido atingida por brasas incandescentes? As marcas tinham... o formato
de dedos?!
Céus! Eu havia feito aquilo?!
Por um momento, jurei ter escutado berros emocionados romperem a membrana de
silêncio que envolvia a catacumba. O monstro parou de uivar e, recuperando-se da dor, tornou
a se aproximar. A aura triunfante havia dado lugar a uma expressão receosa. Suas narinas se
dilataram ao máximo e ele me estudava com interesse assassino. Sem sair do lugar, eu o
enfrentei com determinação. O animal abriu o bico e ganiu com fúria, empertigando-se nas
duas patas traseiras e dobrando de tamanho. Sua estratégia: intimidação antes do ataque
inesperado! Fugindo do confronto com as minhas mãos, ele rodopiou sua cauda no ar e a
lançou em minha direção. Defendi-me mais uma vez e ele ganiu de dor quando sua pele entrou
em contato com a minha. Desta vez pude ver com detalhes: todo o meu corpo se transformara
em uma potente arma e sua couraça de escamas parecia se derreter ao mínimo contato com
qualquer ponto da minha pele!
Malazar não podia me ferir!
Sorri ao compreender que seu gemido estrondoso não era apenas de dor, mas sim de
desespero.
Ele não conseguiria me matar e sabia que a derrota era certa!
— Tyron maldito! Você vai pagar caro por isso! — O demônio esbravejou e o som fez
Zyrk estremecer. Sua voz era uma mistura de um ganido titânico e berros de cólera de um
milhão de pessoas. O trepidar foi tão violento que novas trincas surgiram no chão e pedras
brilhantes rolaram montanha abaixo. — Não é só você que tem seus truques, papai! Eu vou
sair desta catacumba e chegar à segunda dimensão! Nem que para isso eu tenha que destruir
tudo que estiver em meu caminho!
Então a fera abriu o bico desproporcional e uma forte rajada de luz clareou o lugar
quando os milhares de Umbris foram cuspidos lá de dentro.
— Von der Hess! — chamou Malazar.
Um zumbido alto tomou conta do lugar, como se um gigantesco enxame de abelhas
viesse em nossa direção. A terra tremeu ainda mais e uma fumaça escura começou a sair
pelas trincas do chão.
— Porra! Porra! Porra! Vamos para o portal agora, Nina! — Richard atropelava as
palavras em meio aos berros enquanto me puxava de qualquer maneira para longe dali.
— Sua perna! — Meu estômago embrulhou ao ver o osso quebrado em sua panturrilha
completamente exposta. Sua perna estava ferida em diversos pontos e sangrava muito.
— Eu aguento! Rápido!
— O que está havendo? — Engoli em seco ao sentir que sua voz estava diferente.
Richard estava realmente apavorado.
— Você tem que sair daqui, Nina! E tem que ser agora!
Richard me assombrava com sua força sobre-humana. Franzindo o cenho para suportar a
dor e mancado muito, ele ainda assim conseguiu imprimir um bom ritmo na nossa marcha em
direção ao portal. Quando estávamos na base da montanha escutei um estrondo seguido de
outros ainda mais altos e uma gargalhada satânica reverberou pelo meu crânio e espírito.
Ruídos altíssimos de vidro sendo estilhaçado. Novas gargalhadas. Gritos de fúria e dor.
Bramidos. Tilintar de espadas. Relinchar de cavalos.
— Por Tyron! Oh, não! — Richard gemeu de pavor.
Eu me virei e compreendi, minhas pernas se transformaram em chumbo e eu afundei no
lugar.
Era o fim.

Oração do dia 2

Oração do dia 2
Palavras para obter autonomia mental.
Sou filho de Deus. Portanto, a partir deste momento, comando consciente a minha própria vida; mantenho em minha mente apenas pensamentos que desejo manter. Qualquer que seja o problema com que deparo, mantenho o controle de minha própria mente e consigo dominar a situação. Torno cada vez melhor o meu conteúdo mental, acreditando que o Espírito do Universo, que rege a criação, proporciona maior felicidade a este mundo. Reflito sobre a verdade, a fim de ser orientado para alcançar a Sabedoria suprema. Eu me concentro na fé, a fim de conseguir a paz de Deus que excede todo entendimento.
Minha alma está repleta de espírito de amor. Estou em harmonia com o sagrado espírito do Universo. Com o coração aberto, acolho os sentimentos do ser supremo. Conscientemente, mantenho contato com a Mente do Universo, que é amor supremo e sabedoria suprema. Aconchego-me a Deus e aguardo o momento em que ele me suprirá de novas forças. Minha mente está concentrada em Deus. Por isso, sou afável e sereno com os outros e também comigo mesmo. Nenhum mal me sucede. Estou rodeado por anjos de amor. Consciente de que sou filho de Deus, prossigo o caminho desta vida sustentado pela força do Ser infinito. Nasci como filho de Deus, por isso jamais me curvo como se fosse escravo. Obedeço à lei, e ela me protege, ajo em conformidade com a lei, e ela me acompanha sempre. Com a mente livre de apego e repleto de sagrado júbilo, entrego meu coração a Deus. Neste exato momento, sinto a misericordiosa mão de Deus estendida sobre mim. Estou pleno de alegria. Sou forte. Sinto a presença da vida e do amor de Deus em meu interior.

meditação diária (cecp) dia 02

Nenhum pensamento de fraqueza ou insucesso pode penetrar em minha mente

sexta-feira, 1 de junho de 2018

39 - Diamante em Estado Bruto: Transformando o carvão da sua vida em diamantes - AYIN HE RESH

39 - Diamante em Estado Bruto: Transformando o carvão da sua vida em diamantes - AYIN HE RESH Os diamantes são a forma cristalina do carbono.
Ao longo de milhões de anos a pressão transforma um pedaço de carvão numa jóia preciosa.
Da mesma maneira, todos os problemas da vida podem ser transformados em oportunidades brilhantes.
Com este Nome, serão necessários um milhão de anos!
REFLEXÂO:
No momento em que mudamos nossa consciência e reconhecemos o valor espiritual latente em nossas dificuldades, forma-se um diamante novo e brilhante.
E, mais, quanto maiores nossos obstáculos, mais brilhante será o diamante que criamos!
A Cabala ensina ser este Nome a ferramenta espiritual secreta utilizada por Moisés para trazer maná do céu quando os israelitas estavam famintos no deserto.
O maná podia ter qualquer sabor que a pessoa desejasse.
Com este Nome sagrado de Deus, nós obtemos o poder de transformar escuridão em Luz e fardos em bênçãos.
Temos a capacidade de transformar todas as situações em fontes de alegria e plenitude.
Uma palavra de advertência-, nossa própria consciência influencia diretamente nossa realidade.
Assim sendo, se nosso espaço mental for negativo, se estivermos absortos em nós mesmos ou nos colocando no papel de vítima, um pedaço de carvão continuará sendo um pedaço de carvão.
Além disso, os diamantes que já possuímos inevitavelmente escorregarão por entre nossos dedos, ficando perdidos até que elevemos nossa consciência.
AÇÂO:Com este Nome, você executa uma transformação completa de situações negativas em oportunidades positivas e bênçãos.
O maná do céu chove sobre você.
A vida passa a ter o gosto que sua alma desejar ou imaginar.


MEDITE NESTAS LETRAS E VOCALIZE: Rirrá
AÇÃO: Durante todo o dia de hoje, sempre que possível, pare e respire profundamente 10 vezes.

Seicho-No-Ie do Brasil - Mensagem Diária

Seicho-No-Ie do Brasil - Mensagem Diária
 QUEM PERSEVERA ATÉ O FIM, ALCANÇA A VITÓRIA. 
 Em qualquer empreendimento, quando se chega ao ponto crucial a maioria das pessoas se deixa desanimar e desiste de se esforçar. É nesse ponto que você precisa continuar se esforçando, mantendo firme o objetivo inicial, pois a trajetória final é que define a vitória ou o fracasso. Quem segue com perseverança a trajetória final alcança infalivelmente a vitória e o sucesso.
 

minutos de sabedoria

ELEVE seu coração em prece! Mas evite recitar fórmulas lidas ou decoradas.
Que de seu coração partam as palavras espontâneas, como você faz quando conversa  com um amigo querido. Prece não é obrigação que alguém desempenhe para "ver-se livre de um peso". Ore fervorosamente, mas sentindo as palavras que "profere", para que a ligação com as Entidades angélicas seja efetiva e real.Faça