CAPÍTULO 24
Não havia pranto que pudesse exprimir o sofrimento em minha alma. A luta havia sido em
vão. Não pude salvar minha mãe e, pior, eu a perderia pela segunda vez. Senti-me pequena e
impotente. Um nada.
— Mãe! — abracei-a assim que alcançou nosso nível.
— Vamos embora, Pequenina! Não temos mais nada a fazer por aqui! — Havia urgência
na voz grave de Shakur. — Rick, preciso que me dê cobertura. Estou exausto.
Richard assentiu com um breve movimento de cabeça. John não perdeu tempo e me
puxou para junto dele, colocando-me em seu cavalo.
Os sete cavalos dispararam pelas planícies inóspitas, deixando, para alívio de todos, a
sombra do exército de Leônidas para trás. Havia muitas cabeças a prêmio naquele pequeno
grupo: a de Richard, a de John e, em especial, a minha. Isso sem contar que todos os demais
seriam condenados ao Vértice caso fossem descobertos nos dando cobertura.
Já estava entardecendo e, pelo que havia entendido, para chegar a Windston, o reino
onde Wangor, meu avô, era o líder, o percurso que poderia ser feito em apenas um dia levaria
o dobro do tempo. Como todos os caminhos possíveis estavam sendo fortemente vigiados
pelo Grande Conselho, olheiros dos quatro clãs e mercenários atrás de recompensas,
sobrara-nos fazer nossa escapada por um percurso penoso e bem mais longo, passando por
regiões praticamente intocadas de Zyrk, áreas cobertas por uma bruma densa, quase tão
assustadora quanto os sombrios Pântano Negro e a Floresta Fria. Os cavalos obedeciam,
mantendo-se concentrados em nossa estranha marcha. Até eles pareciam pressentir que se
tratava de uma missão suicida. Entretanto, à medida que subíamos um acentuado aclive, eles
começaram a reclamar, bufando, relinchando e diminuindo o trote.
A ventania que ladeava nosso percurso ganhava força, dificultava nossa visão e parecia
debilitar ainda mais a respiração de Stela. Seus gemidos de dor ficavam cada vez mais altos e
frequentes e mamãe se contorcia nos braços de Shakur. Tentei afugentar meu desespero em
forma de angústia pronunciando preces e afundando meu rosto nas costas de John. Mas os
berros de minha mãe apunhalavam meus ouvidos e arruinavam minha fé. Não precisava checar
para saber que seu estado deteriorava a cada minuto. Bastava olhar para todos ao meu redor.
Era fácil identificar o atordoamento nas faces dos soldados em presenciar uma humana viva na
terceira dimensão. Eles sabiam que isso era impossível, e, como zirquinianos, eram capazes
de captar o rápido definhamento da sua energia vital.
Zyrk cobrava seu preço.
Mamãe estava morrendo a cada instante, a cada metro que nos afastávamos de Marmon
e da magia negra de Von der Hess, e não havia nada que pudéssemos fazer para evitar. Os
uivos altíssimos do vento pareciam alertas sombrios sobre o perigo iminente. Não eram
apenas os exércitos que estavam à nossa procura. Eles seriam o menor dos nossos
problemas se não alcançássemos um abrigo antes do pôr do sol.
— Argh! Ninaaaa — mamãe urrou e se contorceu ainda mais. Detectei um discreto
gemido de Shakur. Ele tinha a metade visível de seu rosto deformada de tensão.
Levei as mãos ao pescoço. Um vento frio penetrou em minhas narinas e tive a sensação
de que ia sufocar. Eu precisava fazer alguma coisa e não podia esperar. Tinha de ser agora!
— John, pare! — soltei de maneira atropelada.
— Negativo. — Propositalmente ele acelerou sua cavalgada. Não gostei.
— Minha mãe não está bem — rosnei.
— É muito arriscado! Logo vai anoitecer e esse lugar...
— Não podemos ficar aqui, John! — bradou Samantha, visivelmente nervosa enquanto
apontava para uma área nebulosa à nossa direita. O local era castigado por rajadas
incessantes de ventos violentos. Estremeci ao identificar a grande quantidade de corpos
transparentes amontoados uns sobre os outros em sua margem. Céus! Eram cadáveres?!
Que lugar macabro era aquele?
— Ela não vai aguentar! — rebati com força e me forçando a não pensar em mais nada.
Imediatamente vi o cavalo de Richard se aproximar de nós. Seu usual semblante de poucos
amigos estava pior. Na certa havia captado a tensão entre mim e John.
— Nina, nós não podemos... — John fechou a cara quando, ao olhar por sobre o ombro
para falar comigo, deparou-se com a sombra do cavalo de Rick. Por um momento havia me
esquecido completamente de que eles não se toleravam.
— Estamos muito próximos das Dunas de Vento! — gritou em pânico um soldado
enquanto olhava para todos os lados. — Por que resolveu fazer esse caminho, John?
— Chega! Vocês farão o que eu mandar! — John retrucou intolerante. — Sigo instruções
sigilosas de Wangor.
Mamãe emitiu novo berro de dor dilacerante e, sem hesitar, Shakur puxou as rédeas de
seu animal. Ele, assim como eu, também pressentira:
Stela estava em seus momentos finais!
O grupo reduziu a marcha e, num rompante, saltei do cavalo. John tentou me impedir,
mas Richard entrou em minha defesa, colocando seu animal à frente do de John. Deixei os
dois para trás e corri em direção a Shakur e Stela.
— Podem continuar — bramiu Shakur para o grupo. — Nós os alcançaremos.
— Negativo! Ninguém sai daqui sem a minha ordem! — bradou John nervoso. — Que
armação está tramando, Shakur? Levá-la para Thron ou para algum ritual de magia?
— Ele só quer ajudar! — rebati furiosa.
— Você o defende agora? — John esfregava o rosto, olhando de um lado para o outro.
Samantha estava desorientada, pedindo a cada segundo que déssemos continuidade à
viagem, que corríamos risco. Tom acalmava dois outros soldados que agora davam os
primeiros sinais de preocupação com o anoitecer de Zyrk. O pânico assumira o controle da
situação.
— Eu vou ficar!
— Nina, não! — perturbado, John saltou do cavalo e segurou meu braço.
— Eu não acredito nisso! — bufou Samantha ao longe.
— Nina, por favor, obedeça — John respirou profundamente e pediu de forma gentil sob
os olhares descrentes dos seus subordinados. — Esta região é muito perigosa.
— Você sabe que ela não tem condições de terminar a viagem — implorei olhando bem
dentro de seus olhos cor de mel. — Não me peça isso, John.
Indiferente ao diálogo tenso que era travado ao seu redor, Shakur já havia colocado
mamãe no chão repleto de trincas, acomodando-a próxima a um grupamento de rochas.
Ajoelhou-se ao seu lado e, fazendo uma espécie de oração, massageava-lhe as costas. Ela
parou de berrar e o semblante de dor se amenizou. Apesar das olheiras profundas, alguma cor
foi conferida ao seu rosto pálido. Senti uma pontada de alívio quando vi sua respiração
descompassada ganhar alguma constância.
— Colocaremos todo o grupo em risco por... — Com a testa franzida, John engasgou
com o que diria a seguir. Como o líder do grupo, todos esperavam sua reação enérgica a uma
insubordinação como aquela, mas, ao mesmo tempo, John era um dos poucos a compreender
a importância daquela humana na minha vida. — Por ela.
— Ela — destaquei a palavra, fazendo força para domar a emoção que me invadia — é a
minha mãe.
— Uma humana! — bradou Samantha dando reinício ao murmurinho entre os soldados.
— Se ficarmos aqui por causa dela, corremos risco de morrermos todos!
— E-Eu... Não podia imaginar que isso aconteceria — John apertou minha mão entre as
dele. — Nós ficaremos — ordenou com surpreendente determinação. — Dei a minha palavra
ao seu avô que daria a minha vida para mantê-la viva.
— Ah, John! Obrigada! — Deixei qualquer constrangimento de lado e, agradecida, joguei
meus braços pelo seu pescoço e o abracei com vontade. Mesmo na frente de seus homens,
John não hesitou e respondeu ao meu abraço, envolvendo meu corpo com carinho e devoção.
Por um instante, experimentei novamente o calor e o bem-estar que pareciam emanar das
sardas da sua pele. Os gestos de John sempre me encantavam. Ninguém conseguia ser mais
nobre do que ele.
— Vá! Estarei aqui quando tudo acabar — acariciou meu rosto e, sem que eu pudesse
esperar, tascou um beijo apaixonado nos meus lábios. Meu coração deu outro salto no peito e
petrifiquei no lugar. De canto de olho vi o semblante de cólera de Richard. Samantha e todos
os demais tinham os olhos arregalados. Minha mente entrou em pane total. Estava zonza
demais para entender o que se passava em meu peito, o que pensar ou como agir. Céus!
Minha mãe estava morrendo naquele instante!
— Peguem as cordas e unam os cavalos entre si! — Tom deu o comando sensato em
meio ao atordoamento generalizado e relinchar dos animais.
Um chamado emocionado me resgatava da complicada situação:
— Nina!
Foi difícil segurar a pulsação frenética do meu coração. A voz de mamãe saiu baixa, mas
perfeita, sem o menor sinal de desorientação. Seus lábios se curvaram em um sorriso e os
olhos, antes distantes, estavam fixos nos meus. Shakur paralisou no lugar. Os outros podem
não ter notado, mas vi quando ele apertou os lábios, tentando camuflar a emoção que o
tomava.
— Mãe! — Corri ao seu encontro e segurei com desespero a mão que ela estendia em
minha direção. Sua face ganhara vida momentânea e os olhos encharcados de lágrimas não
paravam de girar de mim para o líder de negro.
Desatei a chorar, tomada por um misto de felicidade e horror. Deus havia sido
misericordioso e permitido me despedir dela. Dessa vez seria completamente diferente
daquela noite fatídica em que eu a perdi pela primeira vez, durante o maldito espetáculo da
Broadway. Eu deveria estar agradecida por ter a chance de conversar com ela mais uma vez,
confessar todo meu amor e lhe pedir desculpas. Mas, onde encontrar voz se no instante
seguinte eu a perderia definitivamente?
Por que tinha a sensação de que a maior ferida da minha vida seria cruelmente reaberta
justamente no momento em que ela começava a cicatrizar? O que eu havia feito para ser
punida dessa maneira? Por que deveria sofrer tanto por amor? Sim, eu deveria estar
agradecida por ter aquele momento único com ela, por poder abraçá-la e beijá-la como nunca
antes. Mas eu queria mais. Eu queria, como qualquer garota da minha idade, ter a minha mãe
por mais tempo em minha vida. Minha mãe... A fé dentro de mim era abalada pela irrefutável
certeza: aquela era a despedida final. Não haveria outro lugar ou momento. Nunca mais eu
veria seus olhos abertos ou escutaria sua voz. Nunca mais.
— Nina! Minha menina... — Foi mamãe quem rompeu o silêncio. Seu choro compulsivo de
alívio e dor misturando-se ao meu. Eu a abraçava com todas as forças que haviam me restado
enquanto ela beijava minha face, as mãos passeando pelos meus cabelos úmidos de suor e
lágrimas. Tudo em mim ardia. Cada poro, cada célula latejando de emoção, sofrimento e
felicidade.
— Saiam todos! Vou deixá-las a sós — disparou Shakur sem encarar mamãe. O coitado
fazia de tudo para esconder o lado queimado de sua face do olhar atento dela.
— Ismael, fique! — ela pediu com urgência ao vê-lo se afastar de nós. — Eu preciso de
vocês dois.
— Ismael?! — O coro de espanto entre os demais soldados saiu em uníssono.
— E-Ele é...? Shakur é Ismael, o grande mago?! O que morreu na segunda dimensão?
— Samantha atropelava as perguntas com a voz esganiçada. Ela parecia estar diante de uma
assombração.
— Não ouviram o que ele disse? Saiam de perto! — escutei o rugido de Richard ficando
para trás, mas, em seguida, nada mais importava. Estava surda, dentro da bolha de emoção
que me tragava para junto dos dois. Esqueci completamente do público que nos rodeava. Tudo
do lado de fora desmoronou e agora só existia o mundo particular entre mim, Stela e Shakur.
— Por favor, Ismael, chegue mais perto — tornou mamãe a pedir.
— Como você...? — indagou perturbado o líder de negro. Os olhos azuis arregalados
confidenciavam um misto de constrangimento e perturbação. Ele acatou seu pedido, mas
manteve-se a uma pequena distância.
— Como soube que era você? — Ela abriu um sorriso triste e inclinou levemente a
cabeça. — Eu o reconheceria em qualquer dimensão, Ismael. Acabei de encontrar outros
parecidos, mas nunca existirão olhos mais lindos que os seus — ela olhou de relance para um
Richard de expressão taciturna a alguma distância de nós.
— Foi só o que me restou — sussurrou ele com aspereza na voz, mas havia algo
camuflado dentro dela: ansiedade?
— Não diga isso, Ismael — ela quis acariciar sua hemiface exposta, mas, visivelmente
tenso, ele virou o rosto. — Eu não devia ter feito o que fiz, eu me arrependo tanto, eu...
Outra pancada no peito. Ela se arrependia?
— Não temos tempo e vocês duas precisam conversar — retrucou ele. Sem que ele
pudesse esperar, mamãe se virou rapidamente e segurou sua mão. Shakur enrijeceu ao ver os
dedos deformados aprisionados entre os dela.
— Por favor — arfou mamãe nervosa antes de começar a tossir forte e se curvar sobre o
próprio abdome. Sua respiração estava falhando. — Nós três.
— Mãe, calma! — respondi com a voz embargada.
— Não teremos tempo, meu amor — murmurou ela com os olhos fixos nos meus.
Ela sabia. Mamãe era uma receptiva acima da média e já havia pressentido a nefasta
situação muito antes de se deparar com a expressão da angústia e despedida estampadas em
minha face. Atrás dela, vi o altivo Shakur encolher os ombros e se curvar, a cabeça
balançando inconformada de um lado para o outro.
— E-Eu preciso dos dois... De você e de Ismael.
Meus olhos queimavam, em brasas, dentro da enxurrada de lágrimas incontroláveis, e me
dei conta, apesar de tudo, de que não estava preparada para aquela conversa.
A conversa.
As perguntas que me assombravam há dezessete anos seriam finalmente respondidas, e,
no entanto, algo em mim alertava com veemência que eu me decepcionaria, que sofreria ao
escutá-la, que seria melhor deixar tudo como estava. Eu sabia que a estava perdendo, que
aqueles seriam nossos últimos instantes juntas, mas havia uma mão estrangulando minha
garganta e me deixando sem voz.
— Perdão, filha. — Havia quilos de ternura e arrependimento embutidos em seu pedido.
— E-eu sei que... Pode não parecer... — arranhou um choro. — Tudo que eu fiz foi por amor,
para manter você viva. Eu te amo tanto, tanto...
— Eu sei, mãe — afundei a cabeça em seu colo e, mesmo enfraquecida, consegui sentir
a satisfação que dela emanava por poder acariciar meus cabelos. Meu ar se fora e agora eu o
encontrava apenas nos soluços altos que emitia. — Eu também te amo muito, mãe. Eu fui tão
egoísta, mimada, e-eu...
— Shhhh! Você não teve culpa. Eu devia ter lhe dado as explicações que me pedia, devia
ter percebido que você crescia, mas — tornou a tossir com força, e, com a cabeça apoiada
em seu ventre, escutei sua respiração entrecortada e as batidas fracas de seu coração — um
filho nunca está grande e amadurecido o suficiente para uma mãe, meu amor. Especialmente
se sua única filha vinha com um dom especial. Uma condição que a faria ser caçada pelo resto
de seus dias. Perder você seria o mesmo que morrer, Nina. E eu nunca conseguiria aceitar
isso. Foi por não aceitar esse destino que cometi erros terríveis. Erros que me consumiram de
arrependimento pelo resto dos meus dias. — Ela tentou se ajeitar no chão. Em vão. Estava
exaurida. Eu e Shakur a ajudamos a virar de lado enquanto mamãe lutava para respirar. —
Como ter abandonado Ismael, seu..., seu... — Ela olhou fixamente para o líder de negro e,
com os lábios trêmulos segurando novo choro, não conseguiu prosseguir. Ele também a
encarava agora, num misto de atordoamento e fascínio, as pupilas vibrando alucinadamente.
— Meu pai. — Minha boca se encarregou de concluir a frase.
Shakur e mamãe se viraram para mim ao mesmo tempo. Stela assentiu, emocionada,
deixando as lágrimas rolarem em silêncio. Shakur permanecia com a expressão vidrada, os
olhos azuis cintilando dentro de um sorriso tímido de inesperada felicidade.
— Sim, meu amor — balbuciou ela com a voz vacilante. — Ismael cuidou de você desde
que estava em minha barriga. Ele pode não ter sido seu pai biológico, filha, mas nunca foi um
pai adotivo. Ele te amou desde o início.
— Mesmo sendo um...
— Zirquiniano — ela completou ao perceber minha hesitação. — Sim. Não acredite nessa
história de que todos eles são insensíveis, Nina.
— Então eu fui concebida com amor? Você e Dale se amavam? — aproveitei seu
raciocínio e questionei esperançosa.
Ela franziu a testa, fechou os olhos e respirou fundo.
— Entenda, filha... — Sua voz falhou. — Nós éramos muito jovens naquela época.
Não era a resposta que eu esperava. Abaixei a cabeça, segurando a onda de decepção
que se avolumava em meu peito, e senti os dedos trêmulos de Stela levantando o meu queixo.
Ela me olhava com tanta intensidade, tanto amor, que derreti por dentro.
— Não deve dar tanta importância ao ato em si, filha. No momento em que eu te descobri
dentro de mim, eu já te amava com todas as minhas forças. Você me conhece melhor do que
ninguém e jamais poderia duvidar disso. — Stela tentou modular a voz, mas foi trapaceada
pela própria emoção e sua fala saiu arranhando. — Mas, sim. Na época eu achava que amava
seu pai, Nina.
— E ele?
— Dale estava perdido, filha. Não fez por mal. Não tinha ideia da dimensão do seu erro.
— Um fraco! — Shakur franziu os lábios em uma linha fina e soltou um rosnado baixo.
Céus! Ele ainda morria de ciúmes de Dale!
— Sim, Ismael. E por isso mesmo você precisa perdoá-lo — adiantou-se ela. Coitada!
Ela ainda não sabia que Dale havia morrido!
— Nunca! Você não entende, ele...
— O que eu não entendo?
— Argh! — ele tornou a rosnar entredentes. — Nada.
— Então você também não vai me perdoar, Ismael? — indagou mamãe e sua expressão
facial se deformou num emaranhado de expectativa, medo, preocupação. Havia chegado à
pergunta crucial. Aquela que a consumira por toda sua vida. — E também não vai aceitar sua
filha de volta?
Perdoá-la? Shakur me aceitar de volta? Estremeci, tomada pelo calafrio paralisante que
percorreu meu corpo da cabeça aos pés. Sentei-me ao seu lado para observar, catatônica, a
decisiva conversa entre os dois.
— E-Eu, eu... — Shakur ficou repentinamente pálido. Ele não esperava por aquela
pergunta.
Nem eu.
— Por favor, Ismael. Cuide dela. Nina nunca teve culpa de nada. Era uma menininha
quando fugi — mamãe implorava e agora não fazia mais questão de segurar as palavras e
lágrimas. Ela havia chorado naquele dia mais do que em toda a sua vida e aquilo me abalava
de uma forma inédita e sufocante. Não suportava vê-la sofrer.
Shakur abriu a boca duas vezes, mas não conseguiu proferir som algum. Estava perdido
dentro de seus próprios tormentos.
— Ismael, por favor. Não seja orgulhoso. Você sabe que meu tempo está acabando,
que... — ela insistiu mais uma vez e dessa vez sua tentativa deu certo: rompera a armadura
que o enclausurava.
— Shhh! Poupe suas forças. — Agoniado, Shakur tentou acalmá-la, colocando um dedo
nos lábios de minha mãe.
— Eu ainda o amo muito, Ismael. — Ela segurou a mão dele e, ignorando minha
presença, mamãe o puxou repentinamente para junto de si. Os rostos ficaram muito próximos.
Visivelmente constrangido, Shakur tentou se desvencilhar, mas ela o segurou com seu restante
de forças. — Nunca deixei de te amar durante todos esses anos. Nunca.
Então foi a vez do altivo líder de Thron soltar um gemido triste e se aninhar no ventre
dela. Mamãe chorava copiosamente e Shakur tinha a respiração acelerada, o peito subindo e
descendo incessantemente.
— Então por que me abandonou, Stela? — O discreto choro por detrás da voz rouca fez
meu coração encolher no peito. — Por que fez isso comigo?
— Porque entendi tudo errado e fui uma estúpida! — mamãe soluçava agora. A dor deles
impregnava em minha pele e ossos. Assistir àquela cena entre os dois era torturante demais.
— P-Porque achei que você ia tirá-la de mim, Ismael.
— Roubar a Pequenina de você?! De onde você tirou essa ideia medonha? — ele
bradou, transtornado. Levantou a cabeça e, esquecendo por um momento de suas cicatrizes,
encarou-a.
— Foi um mal-entendido... — ela arfava. — Ao chegar em casa em determinada tarde,
eu o vi cochichando com Nina, combinando que a levaria para algum lugar... E depois Nina fez
segredo sobre o assunto... Então eu surtei! — soltou um berro aflito. — Achei que você estava
esperando o momento certo, o aniversário dela, para tirá-la de mim. Achei que você, após
todos aqueles anos sem poder ter nenhum... — ela pensou na palavra e engasgou ao olhar
para mim. — Achei que a traria consigo para essa dimensão, que havia cansado de tudo e
queria sua vida e prestígio zirquinianos de volta. Não seria de estranhar, afinal, todos aqueles
anos e não poder me tocar intimamente e...
— Sequestrar a Pequenina? Desistir de vocês por não poder possuir seu corpo
inteiramente?! — Shakur tentou esbravejar, mas sua voz saiu como um choro fino. — Por
Tyron, Stela! Como pode ter pensado isso de mim? Eu já me sentia o zirquiniano mais
afortunado do universo por ter a minha família! A mulher e a filha cujas vidas eram mais
importantes que a minha própria vida! — Mamãe se encolhia e seu choro triplicava de volume.
A voz do líder de Thron saía com estrondo. — Vocês eram a minha vida, Stela! Eu não
acreditei que você havia me abandonado. A princípio imaginei que resgatadores a haviam
tirado de mim. Virei um bicho raivoso procurando pelas duas. Vasculhei cada canto da sua
dimensão. — Ele parou para pensar nas palavras, mas sua expressão era tão urgente quanto
febril. — Uma voz me dizia que havia algo errado naquela farsa de Istambul, mas eu jamais
poderia imaginar que sua imaginação fosse tão fértil e cruel a tal ponto. Você sabia que havia
o risco e foi adiante. Concluiu a farsa e colocou fogo naquele carro maldito. Sabia que, se eu
estivesse por perto, eu as encontraria — arfou alto.
Mamãe levou as mãos à boca e arregalou os olhos.
— Você não...?
— Sim, Stela! Foi o que aconteceu! — Ele rebateu transtornado. — Quando achei que
as estava perdendo, que eram vocês duas morrendo naquele carro em chamas, decidi que a
minha história havia acabado ali e que não adiantaria prosseguir sem as duas. Eu partiria com
você e Nina e tinha fé que, de alguma maneira, tudo havia sido um grande mal-entendido e que
nos encontraríamos novamente, em um lugar melhor.
— Oh, Deus! Você entrou no carro para nos salvar?! — mamãe gemeu alto, num misto
de horror e sofrimento extremo.
Shakur assentiu com um imperceptível movimento de cabeça.
— Não! — O berro dela camuflou o som afônico que saiu da minha garganta.
Em choque.
Todo meu corpo paralisou e foi difícil encontrar coerência entre o que era dito e o que
minha mente conseguia assimilar. Cristo Deus! O terrível acidente que ele sofreu na segunda
dimensão foi por nossa causa?! Richard havia comentado sobre isso, afirmando que seu líder
nunca falava a respeito e ainda sofria toda vez que tocava no assunto. O corpo queimado,
todas as terríveis cicatrizes, marcas irremediáveis de um sentimento genuíno carbonizado...
Por nos amar demais?!
— Minha intenção era afastar os resgatadores de uma vez por todas, fazê-los acreditar
que estávamos mortas. Para os zirquinianos sempre foi tudo ou nada. Não costumam
confabular. Jamais poderia imaginar que você estaria lá, eu... — ela tornou a gemer. — Oh,
céus! Eu não queria que fosse assim, eu... — a voz culpada de mamãe saía cambaleante,
abafada. Ela mantinha o rosto afundado nas mãos trêmulas.
— Ismael morreu naquele dia, Stela — sentenciou ele.
— Não. Não. Não. — Mamãe balançava tanto o rosto exangue de um lado para o outro
que comecei a me sentir mal. Ela não suportaria ouvir aquilo tudo em seu péssimo estado e ia
acabar morrendo naquele instante. Mas, ao mesmo tempo, uma voz ferina me dizia que,
mesmo sem intenção, ela era a culpada de toda aquela tragédia e que, portanto, precisava
ouvir o que ele tinha a dizer. Shakur tinha esse direito. — Acredite-me! Eu te amo, Ismael! Eu
fiz tudo errado, mas eu te amo tanto, meu amor. Nunca deixei de te amar.
— Eu não sou mais a pessoa que você amou, Stela. Virei um monstro.
Stela tornou a segurar o rosto dele entre as mãos.
— Não, você não é e nunca será! — guinchou com vontade. — Para mim você continua
lindo. Ainda vejo tudo o que me fez apaixonar por você, Ismael. O fogo não destruiu seu porte
majestoso, o sorriso perfeito e os olhos azuis mais brilhantes do mundo. — Ela tinha a testa
franzida e suas narinas, empreendendo esforço acima do suportável, abriam e fechavam de
maneira exagerada. Sua respiração estava cada vez mais difícil. — Mas, principalmente, as
labaredas não foram capazes de consumir o que você tem de mais precioso, e que se
encontra aqui dentro: — apontou para o peito dele — seu genuíno altruísmo. Você é a pessoa
mais generosa que já conheci, meu amor. Não merecia ter tido o azar de se apaixonar por uma
humana cheia de defeitos como eu. Eu destruí a sua vida. — Todo o corpo dela tremia em
meio à respiração descompassada.
— Não diga isso — balbuciou ele, olhando para ela com sofrimento e fascínio
arrebatador. — Não conheço zirquiniano que pôde experimentar o que senti por você durante
cinco anos.
— Ismael, e-eu... Me perdoe! — engasgou.
— Claro que eu lhe perdoo, minha pequena. Eu nunca deixei de te amar.
Em meio às lágrimas, Stela soltou um gemido de felicidade e, fazendo esforço
descomunal, puxou-o para junto de si e lhe tascou um beijo apaixonado. Shakur enrijeceu de
início, mas respondeu com um suspiro rouco, deixando um braço envolver cuidadosamente o
corpo fragilizado dela enquanto a mão livre passeava pelos cabelos negros de mamãe.
Arrepiada da cabeça aos pés, meu corpo era eletrocutado por descargas de frio e calor
extremos, minha pele marcada com brasas da emoção, do entendimento e do perdão. Havia
valido a pena. Eu finalmente obtivera as minhas respostas. Muitos erros, desencontros,
fatalidades, mas, antes de mais nada, eu não tive um passado em branco. Havia uma história
de amor e cumplicidade por detrás dele. Eu fui amada. Muito amada.
— P-prometa-me, Ismael. P-prometa que vai cuidar de Nina para mim — ela suplicava.
— Eu vou cuidar, minha pequena. Claro que eu vou cuidar — ele a acalmava.
— Nina, filha, e-eu... — O tom arroxeado de sua pele confirmava que mamãe piorava
rapidamente.
— Não, mãe. Por favor, não... — Eu a abracei com desespero, afundando o rosto febril
em seu corpo combalido e a beijando sem parar.
— Você é mais forte do que imagina, Nina. M-muito mais — sussurrou em meu ouvido. —
Cuide do seu pai para mim. P-prometa-me — pediu e colocou uma de minhas mãos entre as
de Shakur.
— Eu prometo, mãe — balbuciei, mas não escutei som saindo da minha boca. Havia uma
faca enfiada em minha garganta e labaredas de fogo consumiam a parte de trás dos meus
olhos. Perdi o ar e tudo em mim tremia. Shakur pegou a minha mão com vontade e soltou um
som gutural, curvando-se sobre o próprio corpo.
— Eu te amo, filha. Mais que tudo na vida. M-Mais que a minha própria vida. Lembre-se
disso. — Sem conseguir suportar o peso dos braços, mamãe fez um esforço descomunal para
acariciar meus cabelos e beijar minha testa.
— Eu te amo ainda mais, mãe. Eu te prometo, por tudo que fez por mim, que eu serei
forte. Não vou te decepcionar. Eu vou lutar, mãe — atropelava as palavras em estado de
perturbação.
Ela soltou um suspiro forte, de despedida, e meu corpo respondeu, estremecendo em
resposta. Minha mãe estava partindo, estava me deixando. Não. Não. Não!
— Mãe? Mãe! — balbuciei em pânico.
— Os sinais... aqui. — Ela ainda conseguiu curvar ligeiramente os lábios, forçou um
sorriso e seus dedos tocaram de leve o meu peito antes de caírem, frouxos e sem vida ao seu
lado.
Havia acabado.
— Não! — pedi afônica. Não consegui berrar e já havia chorado em minutos o que
deveria ser destinado a uma vida inteira. Apática, deixei meu corpo exangue debruçar sobre o
dela. Não sei quanto tempo fiquei ali, agarrada a ela e anestesiada no maremoto de
sentimentos que massacrava minha alma.
Ao longe distingui alguns berros tensos e senti alguém puxando meus ombros.
— Nosso tempo acabou. Precisamos ir, Pequenina — murmurou Shakur em meu ouvido.
Assenti e, antes de sair, depositei um último beijo na face gelada de Stela. Alheia a tudo e
submersa em minha dor, só então me dei conta de que Shakur e Richard haviam envolvido o
corpo de mamãe com pedaços de pedras de todos os tamanhos.
— Que tolice é essa? — um dos soldados revirou os olhos, impaciente. — Para que
proteger um corpo sem vida?
Na certa se referia à grande quantidade de corpos abandonados pela região.
— É assim que procedemos em Thron — respondeu Richard de forma aérea e com a voz
ligeiramente anasalada. Se eu não o conhecesse tão bem, podia jurar que estava emocionado.
— Não podemos perder mais tempo! — retrucou o outro soldado.
Olhei para Shakur que piscou discretamente para mim. Ele acabava de me comover
novamente. Todos os demais podiam não desconfiar, mas eu sabia que aquilo era uma
espécie de enterro, sua última oferenda à minha mãe.
— Temos que correr! — John bradou no instante em que a última pedra era depositada
na sepultura.
Sem olhar para trás, montei no cavalo de Shakur. Decidira fazer o restante da viagem
com ele. Satisfeito, o líder de negro veio ao meu encontro e assumiu as rédeas.
— Obrigada, Shakur — enxuguei a última lágrima e murmurei no seu ouvido assim que o
grupo acelerou em velocidade máxima pelas planícies fantasmagóricas de Zyrk. — Por tudo
que fez por ela.
— Pai — sussurrou enquanto envolvia minhas mãos. — Gostaria que me chamasse
assim a partir de agora, Pequenina.
Abracei-o com força e senti meu coração esquentar dentro do peito. Um sorriso tímido
surgia em meus lábios com a nova constatação: eu havia perdido minha mãe, mas acabava de
recuperar meu pai.
quarta-feira, 23 de maio de 2018
Oração do dia 23 Palavras para manter inabalável fé.
Oração do dia 23
Palavras para manter inabalável fé.
Graças á fé, não tenho inquietações, vivo em paz, com a mente serena. Não sinto nenhum temor, pois dentro de mim existem Amor Infinito e inabalável fé. Paz! Paz! Aqui e agora, vivo em paz. A paz me preenche. Estou em Paz, física e espiritualmente. Sendo um com Deus, desfruto infinita paz espiritual. Qualquer que seja a dificuldade, para o filho de Deus sempre existe uma saída. Minha consciência expande-se infinitamente. Estou em sintonia com a Vida Infinita. Por isso, Deus me orienta em tudo que faço. Neste momento, transcendo o meu pequeno eu fenomênico e encontro o meu grandioso Eu verdadeiro. Meu Eu verdadeiro é sublime, pois é um com a Vida Infinita e a Sabedoria Infinita. E agora, com a mente serena, volto aos meus afazeres do mundo fenomênico, tendo comigo a luz da fé e da sabedoria, que me orienta e me encoraja. Agradeço a Deus-Pai por me conceder sabedoria ilimitada e tornar inabalável a minha fé.
terça-feira, 22 de maio de 2018
Seicho-No-Ie do Brasil - Mensagem Diária
Seicho-No-Ie do Brasil - Mensagem Diária
O SER HUMANO PODE ENRIQUECER O QUANTO DESEJAR.
Se os recursos da Terra tivessem quantidade definida e as riquezas fossem limitadas, certamente o aumento da riqueza de alguns implicaria diminuição da riqueza de outros. Porém, o reino de Deus é infinito, e o mundo real, como manifestação do reino de Deus, não sofre limitação de recursos e riquezas. Visto que o ser humano obtém a riqueza do Infinito, nenhuma riqueza lhe será demasiada.
67 - Grandes Expectativas: Como não se decepcionar mais - AYIN YOD ALEF
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REFLEXÂO:Por que, durante longos períodos de tempo, não conseguimos ver a recompensa por nossas ações mais positivas? A Cabala ensina que isto ocorre para permitir que haja um espaço no qual possa transparecer o nosso livre-arbítrio. Dentro deste espaço, "grandes expectativas" se esgueiram para nos desafiar. "Testes de fé" nos confrontam. Esperamos que nossos investimentos espirituais nos dêem um retorno rápido, mas, à medida que o tempo vai passando, ficamos em dúvida, profundamente desapontados, desanimados e desamparados. Porém, nós temos livre-arbítrio para ir acima destas brumas de tristeza e desolação. Ao exercer este livre-arbítrio, podemos merecer verdadeiramente nossa boa sorte. Algumas vezes, é claro, esta pode ser uma tarefa extremamente difícil. Uma expectativa grande é um adversário terrível. A chave para a plenitude é simplesmente desviar nossa concentração dos resultados e das expectativas. Devemos, pois, nos concentrar em resistir às nossas próprias reações impulsivas, que não passam de respostas robóticas a uma determinada situação. No momento em que resistirmos à expectativa, teremos exercido o traço sagrado do livre-arbítrio. O ego deixa de estar no controle. Nós passamos a ter o controle. Isso abre os portões para todas as possibilidades. AÇÂO:Ao meditar sobre este Nome, você obtém controle sobre o poder do tempo em sua vida. Em vez de ficar constantemente exigindo do amanha, você valoriza o que tem - e o que você é - aqui e agora. As expectativas falsas e interesseiras são descartadas.MEDITE NESTAS LETRAS E VOCALIZE: Aiá AÇÃO: No dia de conexão com este anjo, procure repetir, a cada hora, a frase: “Escolho viver intensamente, agora. |
166 - minutos de sabedoria
NÃO sinta medo, para não atrair críticas.Se tem certa maneira de comportar-se que sabe que está certa, mas os outros julgam errada, não tenha medo. Se tiver, atrairá uma onda de críticas e maledicências.Se não tiver medo, ninguém terá coragem de falar de você. O medo irradia forças negativas, que atraem críticas.Se você não teme, paralisa a crítica nos outros, que se sentem tolhidos e dominados por sua força mental positiva.
22º Dia do Mês
22º Dia do Mês
1. Neste dia concentre-se em elementos da realidade que são caracterizadas por uma
reprodução contínua. Aqui está um exemplo concreto: a eternidade ou o conceito de
espaço infinito. Recordo-vos aqui mais uma vez que, enquanto você está contemplando
tais conceitos, tais como a eternidade, você deve construir e manter o resultado
desejado na sua consciência.
2. Dígitos para Concentração
* Concentre-se intensamente na sequência de sete números: 8153485
* Concentre-se intensamente na sequência de nove números: 198516789
3. Sua alma é uma estrutura que já está formada. Sua alma é também uma estrutura
restaurável. Veja como sua alma é criada e olhe como ela foi restaurada. No ato da
restauração você encontrar a sua alma. Olhe para o seu mundo e veja onde o Criador
tem restaurado a si mesmo. Olhe para o mecanismo de restauração e você vai ver o
amor.
O amor é o que traz a luz ao mundo. O amor é a base ou fundação do mundo. É o amor
que sempre existiu e que era originalmente. Olha quem criou o amor e você se verá. O
amor pertence a você, é você, e você pertence ao amor. Criar com amor, com a graça
de criar, criar com a grande alegria de uma vida compartilhada e felicidade mútua e
você será capaz de ver a alegria que todos os que o rodeiam ver.
Esteja ciente da alegria de todos que o cercam e seu coração será preenchido com
felicidade. Seja a alegria e harmonia e lhe trará toda a eternidade. Olhe com seus olhos
eternos, olhe com o seu corpo eterno, olhe com sua visão eterna e dê a todas as suas
relações da talha dourada da eternidade.
Olhe através de sua eternidade para todas as pessoas e presenteie-as com a eternidade.
Olhe através de sua eternidade o seu entorno e mundo inteiro e presenteie-o com a
eternidade. O mundo vai florescer e vai se tornar uma flor que floresce eternamente. E
esta flor vai ser o seu mundo, que é também o mundo de todos. Você vai viver e sua
felicidade será sem fim.
1. Neste dia concentre-se em elementos da realidade que são caracterizadas por uma
reprodução contínua. Aqui está um exemplo concreto: a eternidade ou o conceito de
espaço infinito. Recordo-vos aqui mais uma vez que, enquanto você está contemplando
tais conceitos, tais como a eternidade, você deve construir e manter o resultado
desejado na sua consciência.
2. Dígitos para Concentração
* Concentre-se intensamente na sequência de sete números: 8153485
* Concentre-se intensamente na sequência de nove números: 198516789
3. Sua alma é uma estrutura que já está formada. Sua alma é também uma estrutura
restaurável. Veja como sua alma é criada e olhe como ela foi restaurada. No ato da
restauração você encontrar a sua alma. Olhe para o seu mundo e veja onde o Criador
tem restaurado a si mesmo. Olhe para o mecanismo de restauração e você vai ver o
amor.
O amor é o que traz a luz ao mundo. O amor é a base ou fundação do mundo. É o amor
que sempre existiu e que era originalmente. Olha quem criou o amor e você se verá. O
amor pertence a você, é você, e você pertence ao amor. Criar com amor, com a graça
de criar, criar com a grande alegria de uma vida compartilhada e felicidade mútua e
você será capaz de ver a alegria que todos os que o rodeiam ver.
Esteja ciente da alegria de todos que o cercam e seu coração será preenchido com
felicidade. Seja a alegria e harmonia e lhe trará toda a eternidade. Olhe com seus olhos
eternos, olhe com o seu corpo eterno, olhe com sua visão eterna e dê a todas as suas
relações da talha dourada da eternidade.
Olhe através de sua eternidade para todas as pessoas e presenteie-as com a eternidade.
Olhe através de sua eternidade o seu entorno e mundo inteiro e presenteie-o com a
eternidade. O mundo vai florescer e vai se tornar uma flor que floresce eternamente. E
esta flor vai ser o seu mundo, que é também o mundo de todos. Você vai viver e sua
felicidade será sem fim.
115 - Louise Hay
115- “Amo e aceito os membros da minha família tal como são neste preciso momento.”a
CAPÍTULO 23 - Não Fuja
CAPÍTULO 23
— Por Tyron! Achamos! — A voz de John vibrava de felicidade. — Nina, aguente firme!
Estou indo!
Pisquei várias vezes para ter certeza de que não havia acabado de morrer e que não se
tratava de uma traquinagem do meu subconsciente para me poupar de uma morte sofrida.
Quando tornei a focar a visão eu o vi: caindo do céu como um anjo ruivo, ele mergulhava no
abismo amarrado a uma corda cingida à sua cintura. Lá em cima ouvi o bufar de cavalos e um
murmurinho frenético. Ao redor do grande buraco criado no teto daquela câmara quatro
arqueiros lançavam suas flechas precisas, interrompendo o ataque dos nossos algozes. À
medida que se aproximava de nós, detectei os olhos cor de mel se arregalando ao ver que
Shakur era o responsável por me manter viva.
— Joguem mais três cordas! Richard está entre eles! — comandou acelerado um dos
arqueiros. Na verdade, era uma arqueira, e eu também a conhecia: era Samantha! — Rápido!
Antes que o exército de Leônidas nos descubra!
— Pode soltá-la! — avisou John ao se aproximar de nós. Shakur hesitou por um instante,
mas, exaurido, e vendo que John carregava um escudo para nos proteger, acatou em seguida.
Respirei aliviada quando Richard, sem perder tempo, ajudou seu líder a subir. Agora ele não
era mais o alvo dos homens de Von der Hess, que retrocediam em função da chuva
inesperada de flechas.
— Minha mãe! — alertei preocupada. — Não vou sem eles!
— Vamos resgatá-los. Fique tranquila. — John me mostrou as cordas que caíam naquele
exato momento pela cratera, como três enormes cachos se desenrolando no ar.
— Ah, John! — Aliviada e feliz, abracei-o com vontade arrebatadora.
— Deu um trabalhão te encontrar, moça! — Seu sorriso era tão largo que todo o medo
se desintegrou dentro de mim. John me trazia paz, esperança.
— Isso porque não procurou direito — brinquei e sorri de volta enquanto éramos puxados
pela corda. Ele me encarou com tanta intensidade que corei por um instante. Paralisado atrás
de seu escudo, Rick nos observava sair dali.
Em minha lenta subida, vi Shakur correr ao encontro de minha mãe enquanto Richard,
com escudos em mãos, protegia os três. Trocando de posições, Shakur segurou o escudo
dando espaço para que seu hábil resgatador principal fosse o primeiro a amarrar uma das
cordas ao redor do corpo. Em seguida foi a sua vez, agora acobertado por Rick, de cingir a
própria cintura e a de minha mãe em uma única corda. Em seguida o líder de Thron segurou
Stela desacordada em seus braços e deu o comando para que iniciassem o tracionamento.
Fiquei tocada ao vê-lo descartar uma das cordas para subir unido a ela. O sentimento bom
que nutria por ele crescia vertiginosamente dentro de mim.
— Atrelem dois cavalos! Rápido! — ouvi Samantha berrar. Ela se apoiava na borda da
cratera acima de nós.
— O que está havendo? — indaguei ao observar as três cordas subindo muito
lentamente.
— O grupo é pequeno. Nossos cavalos estão exaustos, mas... — respondeu John com a
testa repleta de rugas e o maxilar trincado —, tem algo errado acontecendo aqui.
Claro que tinha! Von der Hess!
Era palpável a energia contrária agindo sobre nossos corpos. Forcei a visão e,
permanecendo escondido em áreas de penumbra da grande câmara, eu o encontrei de braços
levantados e olhos fechados. A boca de Von der Hess se movimentava com velocidade e não
deixava dúvidas: ele estava realizando algum tipo de magia!
— Força! — esbravejou John. O comando repetido pelos ecos conferia ainda mais
gravidade à situação.
De repente as cordas pararam. Eu e John estávamos bem mais próximos da saída, mas
ainda perigosamente pendurados sobre o colossal abismo e longe do alcance dos nossos
aliados. Mudo e com sua usual cara de poucos amigos, Richard encontrava-se no meio do
caminho. Shakur e mamãe, por sua vez, estavam bem abaixo, dando-me a sensação de que a
corda que os tracionava havia feito mínimo progresso.
— Não escutaram o que John ordenou? — bramiu Samantha nervosa e, em seguida, ouvi
relinchos tensos e o bufar de cavalos sendo açoitados sem piedade. — Tom, eu assumo sua
posição! — ordenou a loura. — Vá! Ajude a puxar as cordas!
Em outra ocasião eu riria da situação. O gigantesco Tom talvez fosse mais forte que
qualquer um dos cavalos! Mas o momento era crítico demais e tudo que conseguia pensar era
no risco que corríamos pendurados sobre o mortal precipício.
Então escutei um esbravejar vigoroso. A voz grave que admirava cada vez mais ecoava
com furor, majestosamente poderosa, reverberando pelas paredes de todo o cânion. Sem
deixar de abraçar mamãe nem por um segundo, Shakur bradava palavras sem sentido para
mim. Os olhos de todos se arregalaram quando, repentinamente, as cordas balançaram e,
lentamente, começaram a subir por conta própria.
Claro! Agora eu havia entendido o porquê de Shakur querer fazer uma boa abertura no
teto que cobria o cânion! Ele pretendia utilizar-se da luz do sol como fonte de energia para
impor a sua magia!
— Rápido! Força! — bradou John, mesmo sem entender o que estava acontecendo. Ouvi
os animais sendo chicoteados com violência. Estremeci com a ideia.
— Parem de espancar os animais! — vociferei. Minha voz estava mais intensa que
poderia imaginar. — Conversem com eles! É para animá-los, e não para matá-los!
— Como é que é?! — rebateu Samantha ultrajada. Mesmo de longe era possível ver que
seu rosto estava repleto de manchas vermelhas. Ela não conseguia camuflar o ódio que sentia
por mim. — Sua híbrida ingrata e...
Senti o corpo de John enrijecer ao redor do meu.
— Façam o que ela diz! — ordenou John. Samantha, apesar de contrariada, não
retrucou. A loura apenas praguejou alto e, em seguida, ouvi conversas acaloradas sendo
travadas entre eles. — Obedeçam! — repetiu o líder.
Um inesperado solavanco e nossos corpos despencaram em uma queda vertiginosa.
Agarrei-me com força ao corpo de John, fechei os olhos em resposta e senti o vento gelado
lambendo nossos rostos. Durante a aceleração, escutei berros apavorados ficando para trás.
Meu estômago revirou por completo, transformando-se em um sufocante bloco de gelo
agarrado à garganta. Um baque violento. As cordas chicotearam no ar, jogando nossos
corpos, frágeis marionetes, de um lado para o outro.
— John! Não! — Samantha berrou em pânico e aquilo me preocupou. A loura não
parecia ser dada a acessos de chilique.
— Argh! — John arfou e, assustado, abraçou-me ainda mais. Richard xingou alto,
mirando como uma águia o meu corpo atrelado ao de John. Ele franziu o cenho, mas poderia
jurar que não foi devido à inesperada queda.
— Esqueceu-se de que está em meu território? — Estremeci com a gargalhada sinistra
de Von der Hess. — Esta nunca foi a sua especialidade. Desista, Ismael!
— Von der Hess chamou Shakur de... Ismael?! — questionou John sobressaltado, as
sardas mais avermelhadas que o normal.
— Depois eu explico — assegurei em estado de tensão.
— Muito tempo se passou, Hess. As especialidades mudam — o líder de negro retrucou
com escárnio e levou uma das mãos ao ar: — Invotuculum it saem protegivum!
As cordas vibraram e, para nossa felicidade, desataram a subir. Estupefato, Von der
Hess excomungava de maneira ensandecida enquanto um vento quente girava ao redor dos
nossos corpos.
— Ele...?! Magia...! — tornou a exclamar John, parecendo mais desorientado com a
descoberta do que com a nossa péssima situação.
— Rápido, Samantha! — Foi a vez de Richard dar o comando, ao perceber o
atordoamento momentâneo de John. A loura assoviou alto e fomos brindados com o som dos
cascos dos animais aumentando de intensidade. Senti-me aliviada por não escutar açoites ou
relinchar de dor.
As cordas continuavam a subir, agora bem mais velozes. A sequência continuava a
mesma: a minha vinha à frente, seguida pela de Rick e, por fim, a que carregava mamãe e
Shakur. Podia jurar que aquela ordem era proposital e que o líder de negro se assegurava de
que ficaria por último. Os soldados de Von der Hess reagiram e novas rajadas de flechas
passaram raspando pelos nossos corpos.
— Parem! — ordenou nervoso o bruxo albino. — Vocês podem atingi-la!
Eu e John fomos os primeiros a alcançar o topo. Ao me ver chegar abraçada a ele,
Samantha franziu o cenho e repuxou os lábios, confirmando o que eu já suspeitava há um bom
tempo: ela gostava de John! A raiva que nutria por mim era porque morria de ciúmes dele.
— Os homens de Leônidas estão a caminho! — Um soldado acabava de chegar com a
péssima notícia.
— Preparar para partir! — Samantha deu o comando, alertando o pequeno grupo que
deveríamos sair em disparada ao término de sua contagem regressiva.
— Eu não vou deixá-los — comuniquei determinada.
— Ah, vai sim! Depois desse trabalho para te buscar? Nem que eu tenha que arrastá-la
pelos cabelos — Samantha partiu para cima de mim. Enfrentei-a com inesperada força. Sentime
uma rocha, firme e intransponível. Não havia espaço para medo dentro dessa nova Nina.
— Parem com isso! — John se colocou entre nós. — O tempo será suficiente! Graças a
Tyron a subida deles está sendo rápida — soltou, olhando desconfiado de mim para a loura.
— Samantha, use os cavalos que nos tracionaram! Amarrem-nos aos outros animais! — A
ordem de John foi estratégica. Era sensato nos manter afastadas enquanto esfriávamos os
ânimos.
Ela saiu de vista e eu me aproximei da borda da grande abertura que eles haviam criado.
Ao lado de John, fiquei observando as duas cordas subirem e me dei conta de que elas
traziam os três grandes amores da minha vida. Agora estava claro dentro de mim: eu também
amava Shakur!
Uma inquietação vibrou em meu espírito. Agoniado, ele parecia querer chamar a minha
atenção, alertar-me de algo. Com os nervos à flor da pele e o coração pulsando na boca, vi
aliviada Richard alcançar a base onde estávamos e deixar o corpo cair, com a respiração
difícil e os olhos fechados. Em meio ao horror que acabávamos de passar, só agora notava
que o coitado tinha as mãos e os ombros tingidos de sangue. Entretanto, por mais que me
preocupasse com ele, havia uma inquietação crescendo furiosamente dentro de mim. Aquele
alerta em forma de taquicardia não era bem-vindo. Mais rápido. Mais rápido. Mais rápido!
Naquele instante, daria tudo para trocar de lugar com eles. A agonia pela espera ruía com o
que restara de intacto nos meus nervos.
— Força! — John ordenou. A expressão em seu rosto mudara do entusiasmado para o
apreensivo.
Como em um filme de terror, Von de Hess ressurgia ainda mais alvo e traiçoeiro do que
antes, plainando no ar como uma assombração. Jurei ter visto, para depois desaparecer,
pequenos pontos pretos flutuarem sobre suas mãos brancas e ossudas. Ah, não!
— Ele vai usar os escaravelhos! — alertei num sussurro afônico.
— Ele não pode — rebateu John ao meu lado. — Se for pego usando tais criaturas será
banido para o Vértice!
— Mas ele usou! Há centenas deles! Eu vi!
John perdeu a cor.
— Droga! Vamos sair daqui, Nina — ele me puxava com os olhos arregalados.
— Nunca! — explodi sem arredar o pé.
— Se não partirmos agora seremos pegos, John! — Samantha gritava nervosa. — Os
homens de Leônidas estão próximos!
— Eu não vou sem eles! — guinchei e olhei bem dentro de seus olhos cor de mel. John
tinha a testa lotada de vincos. Os soldados aguardavam apenas uma ordem sua para dar o
toque de partir.
— Poupe o seu grupo — determinou Richard, aproximando-se de mim e de John. —
Deixe dois cavalos. Nós os alcançaremos.
— Vamos esperar mais um pouco — John retrucou, tenso.
Outros berros resgataram nossa atenção para o que acontecia na fenda abaixo de nós.
A felicidade em ver que Shakur e mamãe conseguiriam se aproximar a tempo foi rapidamente
varrida do meu peito. Nos instantes finais da sua subida, Von der Hess soltou a bomba que
faria meu mundo tornar a ruir e tudo ao redor perder a importância.
— Quando vai aprender a desistir? — bradou com sarcasmo o bruxo malévolo. — A
humana nunca será sua!
Shakur não respondeu e vi quando a abraçou ainda mais.
— Tolo! Por que continua a se iludir? Você não é humano e ela não é uma zirquiniana!
— Cale-se! — bramiu o líder de negro.
— Você sempre soube que ela estava viva por causa da minha energia! A força proibida
que apenas eu domino! — Von der Hess não dava trégua. — Quantas maravilhas teríamos
acesso... Quantos mistérios seriam desvendados se os idiotas do Grande Conselho não a
tivessem me impedido de usar!
— Quantas tragédias teriam acontecido se deixássemos você utilizar essa energia
abominável — desdenhou Shakur e o mago estreitou os olhos.
— Humm... Pensa que ganhou esse confronto? Tragédia é o que acontecerá para você
em breve, meu caro. — Riu de maneira artificial. — Assim que sair da cobertura da minha
“energia abominável”, sua humana definhará e morrerá em questão de horas!
Minha mãe morreria em questão de horas...
— NÃO!!! — O berro de dor de Shakur foi único porque o meu ficou aprisionado, perdido
em algum lugar entre minha dor e desesperança.
— Por Tyron! Achamos! — A voz de John vibrava de felicidade. — Nina, aguente firme!
Estou indo!
Pisquei várias vezes para ter certeza de que não havia acabado de morrer e que não se
tratava de uma traquinagem do meu subconsciente para me poupar de uma morte sofrida.
Quando tornei a focar a visão eu o vi: caindo do céu como um anjo ruivo, ele mergulhava no
abismo amarrado a uma corda cingida à sua cintura. Lá em cima ouvi o bufar de cavalos e um
murmurinho frenético. Ao redor do grande buraco criado no teto daquela câmara quatro
arqueiros lançavam suas flechas precisas, interrompendo o ataque dos nossos algozes. À
medida que se aproximava de nós, detectei os olhos cor de mel se arregalando ao ver que
Shakur era o responsável por me manter viva.
— Joguem mais três cordas! Richard está entre eles! — comandou acelerado um dos
arqueiros. Na verdade, era uma arqueira, e eu também a conhecia: era Samantha! — Rápido!
Antes que o exército de Leônidas nos descubra!
— Pode soltá-la! — avisou John ao se aproximar de nós. Shakur hesitou por um instante,
mas, exaurido, e vendo que John carregava um escudo para nos proteger, acatou em seguida.
Respirei aliviada quando Richard, sem perder tempo, ajudou seu líder a subir. Agora ele não
era mais o alvo dos homens de Von der Hess, que retrocediam em função da chuva
inesperada de flechas.
— Minha mãe! — alertei preocupada. — Não vou sem eles!
— Vamos resgatá-los. Fique tranquila. — John me mostrou as cordas que caíam naquele
exato momento pela cratera, como três enormes cachos se desenrolando no ar.
— Ah, John! — Aliviada e feliz, abracei-o com vontade arrebatadora.
— Deu um trabalhão te encontrar, moça! — Seu sorriso era tão largo que todo o medo
se desintegrou dentro de mim. John me trazia paz, esperança.
— Isso porque não procurou direito — brinquei e sorri de volta enquanto éramos puxados
pela corda. Ele me encarou com tanta intensidade que corei por um instante. Paralisado atrás
de seu escudo, Rick nos observava sair dali.
Em minha lenta subida, vi Shakur correr ao encontro de minha mãe enquanto Richard,
com escudos em mãos, protegia os três. Trocando de posições, Shakur segurou o escudo
dando espaço para que seu hábil resgatador principal fosse o primeiro a amarrar uma das
cordas ao redor do corpo. Em seguida foi a sua vez, agora acobertado por Rick, de cingir a
própria cintura e a de minha mãe em uma única corda. Em seguida o líder de Thron segurou
Stela desacordada em seus braços e deu o comando para que iniciassem o tracionamento.
Fiquei tocada ao vê-lo descartar uma das cordas para subir unido a ela. O sentimento bom
que nutria por ele crescia vertiginosamente dentro de mim.
— Atrelem dois cavalos! Rápido! — ouvi Samantha berrar. Ela se apoiava na borda da
cratera acima de nós.
— O que está havendo? — indaguei ao observar as três cordas subindo muito
lentamente.
— O grupo é pequeno. Nossos cavalos estão exaustos, mas... — respondeu John com a
testa repleta de rugas e o maxilar trincado —, tem algo errado acontecendo aqui.
Claro que tinha! Von der Hess!
Era palpável a energia contrária agindo sobre nossos corpos. Forcei a visão e,
permanecendo escondido em áreas de penumbra da grande câmara, eu o encontrei de braços
levantados e olhos fechados. A boca de Von der Hess se movimentava com velocidade e não
deixava dúvidas: ele estava realizando algum tipo de magia!
— Força! — esbravejou John. O comando repetido pelos ecos conferia ainda mais
gravidade à situação.
De repente as cordas pararam. Eu e John estávamos bem mais próximos da saída, mas
ainda perigosamente pendurados sobre o colossal abismo e longe do alcance dos nossos
aliados. Mudo e com sua usual cara de poucos amigos, Richard encontrava-se no meio do
caminho. Shakur e mamãe, por sua vez, estavam bem abaixo, dando-me a sensação de que a
corda que os tracionava havia feito mínimo progresso.
— Não escutaram o que John ordenou? — bramiu Samantha nervosa e, em seguida, ouvi
relinchos tensos e o bufar de cavalos sendo açoitados sem piedade. — Tom, eu assumo sua
posição! — ordenou a loura. — Vá! Ajude a puxar as cordas!
Em outra ocasião eu riria da situação. O gigantesco Tom talvez fosse mais forte que
qualquer um dos cavalos! Mas o momento era crítico demais e tudo que conseguia pensar era
no risco que corríamos pendurados sobre o mortal precipício.
Então escutei um esbravejar vigoroso. A voz grave que admirava cada vez mais ecoava
com furor, majestosamente poderosa, reverberando pelas paredes de todo o cânion. Sem
deixar de abraçar mamãe nem por um segundo, Shakur bradava palavras sem sentido para
mim. Os olhos de todos se arregalaram quando, repentinamente, as cordas balançaram e,
lentamente, começaram a subir por conta própria.
Claro! Agora eu havia entendido o porquê de Shakur querer fazer uma boa abertura no
teto que cobria o cânion! Ele pretendia utilizar-se da luz do sol como fonte de energia para
impor a sua magia!
— Rápido! Força! — bradou John, mesmo sem entender o que estava acontecendo. Ouvi
os animais sendo chicoteados com violência. Estremeci com a ideia.
— Parem de espancar os animais! — vociferei. Minha voz estava mais intensa que
poderia imaginar. — Conversem com eles! É para animá-los, e não para matá-los!
— Como é que é?! — rebateu Samantha ultrajada. Mesmo de longe era possível ver que
seu rosto estava repleto de manchas vermelhas. Ela não conseguia camuflar o ódio que sentia
por mim. — Sua híbrida ingrata e...
Senti o corpo de John enrijecer ao redor do meu.
— Façam o que ela diz! — ordenou John. Samantha, apesar de contrariada, não
retrucou. A loura apenas praguejou alto e, em seguida, ouvi conversas acaloradas sendo
travadas entre eles. — Obedeçam! — repetiu o líder.
Um inesperado solavanco e nossos corpos despencaram em uma queda vertiginosa.
Agarrei-me com força ao corpo de John, fechei os olhos em resposta e senti o vento gelado
lambendo nossos rostos. Durante a aceleração, escutei berros apavorados ficando para trás.
Meu estômago revirou por completo, transformando-se em um sufocante bloco de gelo
agarrado à garganta. Um baque violento. As cordas chicotearam no ar, jogando nossos
corpos, frágeis marionetes, de um lado para o outro.
— John! Não! — Samantha berrou em pânico e aquilo me preocupou. A loura não
parecia ser dada a acessos de chilique.
— Argh! — John arfou e, assustado, abraçou-me ainda mais. Richard xingou alto,
mirando como uma águia o meu corpo atrelado ao de John. Ele franziu o cenho, mas poderia
jurar que não foi devido à inesperada queda.
— Esqueceu-se de que está em meu território? — Estremeci com a gargalhada sinistra
de Von der Hess. — Esta nunca foi a sua especialidade. Desista, Ismael!
— Von der Hess chamou Shakur de... Ismael?! — questionou John sobressaltado, as
sardas mais avermelhadas que o normal.
— Depois eu explico — assegurei em estado de tensão.
— Muito tempo se passou, Hess. As especialidades mudam — o líder de negro retrucou
com escárnio e levou uma das mãos ao ar: — Invotuculum it saem protegivum!
As cordas vibraram e, para nossa felicidade, desataram a subir. Estupefato, Von der
Hess excomungava de maneira ensandecida enquanto um vento quente girava ao redor dos
nossos corpos.
— Ele...?! Magia...! — tornou a exclamar John, parecendo mais desorientado com a
descoberta do que com a nossa péssima situação.
— Rápido, Samantha! — Foi a vez de Richard dar o comando, ao perceber o
atordoamento momentâneo de John. A loura assoviou alto e fomos brindados com o som dos
cascos dos animais aumentando de intensidade. Senti-me aliviada por não escutar açoites ou
relinchar de dor.
As cordas continuavam a subir, agora bem mais velozes. A sequência continuava a
mesma: a minha vinha à frente, seguida pela de Rick e, por fim, a que carregava mamãe e
Shakur. Podia jurar que aquela ordem era proposital e que o líder de negro se assegurava de
que ficaria por último. Os soldados de Von der Hess reagiram e novas rajadas de flechas
passaram raspando pelos nossos corpos.
— Parem! — ordenou nervoso o bruxo albino. — Vocês podem atingi-la!
Eu e John fomos os primeiros a alcançar o topo. Ao me ver chegar abraçada a ele,
Samantha franziu o cenho e repuxou os lábios, confirmando o que eu já suspeitava há um bom
tempo: ela gostava de John! A raiva que nutria por mim era porque morria de ciúmes dele.
— Os homens de Leônidas estão a caminho! — Um soldado acabava de chegar com a
péssima notícia.
— Preparar para partir! — Samantha deu o comando, alertando o pequeno grupo que
deveríamos sair em disparada ao término de sua contagem regressiva.
— Eu não vou deixá-los — comuniquei determinada.
— Ah, vai sim! Depois desse trabalho para te buscar? Nem que eu tenha que arrastá-la
pelos cabelos — Samantha partiu para cima de mim. Enfrentei-a com inesperada força. Sentime
uma rocha, firme e intransponível. Não havia espaço para medo dentro dessa nova Nina.
— Parem com isso! — John se colocou entre nós. — O tempo será suficiente! Graças a
Tyron a subida deles está sendo rápida — soltou, olhando desconfiado de mim para a loura.
— Samantha, use os cavalos que nos tracionaram! Amarrem-nos aos outros animais! — A
ordem de John foi estratégica. Era sensato nos manter afastadas enquanto esfriávamos os
ânimos.
Ela saiu de vista e eu me aproximei da borda da grande abertura que eles haviam criado.
Ao lado de John, fiquei observando as duas cordas subirem e me dei conta de que elas
traziam os três grandes amores da minha vida. Agora estava claro dentro de mim: eu também
amava Shakur!
Uma inquietação vibrou em meu espírito. Agoniado, ele parecia querer chamar a minha
atenção, alertar-me de algo. Com os nervos à flor da pele e o coração pulsando na boca, vi
aliviada Richard alcançar a base onde estávamos e deixar o corpo cair, com a respiração
difícil e os olhos fechados. Em meio ao horror que acabávamos de passar, só agora notava
que o coitado tinha as mãos e os ombros tingidos de sangue. Entretanto, por mais que me
preocupasse com ele, havia uma inquietação crescendo furiosamente dentro de mim. Aquele
alerta em forma de taquicardia não era bem-vindo. Mais rápido. Mais rápido. Mais rápido!
Naquele instante, daria tudo para trocar de lugar com eles. A agonia pela espera ruía com o
que restara de intacto nos meus nervos.
— Força! — John ordenou. A expressão em seu rosto mudara do entusiasmado para o
apreensivo.
Como em um filme de terror, Von de Hess ressurgia ainda mais alvo e traiçoeiro do que
antes, plainando no ar como uma assombração. Jurei ter visto, para depois desaparecer,
pequenos pontos pretos flutuarem sobre suas mãos brancas e ossudas. Ah, não!
— Ele vai usar os escaravelhos! — alertei num sussurro afônico.
— Ele não pode — rebateu John ao meu lado. — Se for pego usando tais criaturas será
banido para o Vértice!
— Mas ele usou! Há centenas deles! Eu vi!
John perdeu a cor.
— Droga! Vamos sair daqui, Nina — ele me puxava com os olhos arregalados.
— Nunca! — explodi sem arredar o pé.
— Se não partirmos agora seremos pegos, John! — Samantha gritava nervosa. — Os
homens de Leônidas estão próximos!
— Eu não vou sem eles! — guinchei e olhei bem dentro de seus olhos cor de mel. John
tinha a testa lotada de vincos. Os soldados aguardavam apenas uma ordem sua para dar o
toque de partir.
— Poupe o seu grupo — determinou Richard, aproximando-se de mim e de John. —
Deixe dois cavalos. Nós os alcançaremos.
— Vamos esperar mais um pouco — John retrucou, tenso.
Outros berros resgataram nossa atenção para o que acontecia na fenda abaixo de nós.
A felicidade em ver que Shakur e mamãe conseguiriam se aproximar a tempo foi rapidamente
varrida do meu peito. Nos instantes finais da sua subida, Von der Hess soltou a bomba que
faria meu mundo tornar a ruir e tudo ao redor perder a importância.
— Quando vai aprender a desistir? — bradou com sarcasmo o bruxo malévolo. — A
humana nunca será sua!
Shakur não respondeu e vi quando a abraçou ainda mais.
— Tolo! Por que continua a se iludir? Você não é humano e ela não é uma zirquiniana!
— Cale-se! — bramiu o líder de negro.
— Você sempre soube que ela estava viva por causa da minha energia! A força proibida
que apenas eu domino! — Von der Hess não dava trégua. — Quantas maravilhas teríamos
acesso... Quantos mistérios seriam desvendados se os idiotas do Grande Conselho não a
tivessem me impedido de usar!
— Quantas tragédias teriam acontecido se deixássemos você utilizar essa energia
abominável — desdenhou Shakur e o mago estreitou os olhos.
— Humm... Pensa que ganhou esse confronto? Tragédia é o que acontecerá para você
em breve, meu caro. — Riu de maneira artificial. — Assim que sair da cobertura da minha
“energia abominável”, sua humana definhará e morrerá em questão de horas!
Minha mãe morreria em questão de horas...
— NÃO!!! — O berro de dor de Shakur foi único porque o meu ficou aprisionado, perdido
em algum lugar entre minha dor e desesperança.
Oração do dia 22 Palavras para afastar sugestionamentos negativos.
Oração do dia 22
Palavras para afastar sugestionamentos negativos.
Já não sinto imperfeição alguma em minha Vida. Neste momento, compreendi que existe somente aquilo que eu reconheço. Já não temo desgraça nem enfraquecimento da força vital; não atribuo aos males poder que originalmente não possuem. Não vejo o mal nem infortúnios; não ouço nem digo palavras que expressem o mal ou infortúnios. Ninguém consegue toldar a minha mente falando de iniqüidade e imperfeições, pois me recuso a ouvi-las. Não sou influenciado por idéias ou sugestões negativas, pessimistas, pois estou acima delas. Já transcendi toda espécie de fraqueza e mesquinharia. Minha mente agora é totalmente positiva. Sinto-me cheio de determinação, coragem e fé inabalável em Deus, no ser humano e em mim mesmo. Executo minhas tarefas com dignidade e autoridade. Digo com firmeza as palavras que devo dizer. Sou forte, repleto de energia, autoconfiante e calmo. Estou sob a proteção da Vida Infinita, do Amor Infinito e da Sabedoria Infinita de Deus. Por isso, tenho plena autoconfiança e jamais vacilo. É-me dado todo o poder do céu e da terra. Agradeço a Deus-Pai.
segunda-feira, 21 de maio de 2018
29 - Eliminando o Ódio: Expurgando o veneno - YOD YOD RESH
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REFLEXÂO:
Toda forma de destruição, incluindo os desastres naturais, ocorre por um único motivo: o ódio da humanidade em relação a nossos semelhantes.
A Cabala ensina que furacões, enchentes, terremotos e doenças são gerados pelo ódio coletivo que arde em nossos corações.
Na verdade, não existe desastre natural, apesar do que está escrito em nossas apólices de seguro.
O comportamento e o coração humanos são os únicos fatores determinantes do que ocorre em nosso meio ambiente e entre as nações.
Aqui está o que os antigos cabalistas têm a dizer sobre este assunto-. Se uma pessoa testemunha qualquer forma de ódio - em sua própria rua ou em qualquer lugar do mundo -, isto significa que, em alguma medida, esta pessoa ainda tem ódio em sua própria alma.
Se nutrimos o mais diminuto ódio ou animosidade por outra pessoa - por qualquer motivo que seja, válido ou inválido, quer estejamos conscientes disto ou quer neguemos o fato para nós mesmos -trazemos destruição para o mundo.
Limpando o ódio de nossos corações, podemos remediar de imediato todos os problemas do mundo, eliminando sua causa.
AÇÂO:
Seja dolorosamente honesto!
Reconheça todas as pessoas de quem você sente raiva, inveja a quem você deseja o mal ou por quem sente total aversão, ou uma combinação desses sentimentos.
Com a Luz deste Nome, jogue fora todos os sentimentos negativos com uma trouxa de roupa molhada.
MEDITE NESTAS LETRAS E VOCALIZE: Reeí
AÇÃO: Sempre que você se sentir reativo, experimente respirar
profundamente três vezes e trazer a mente um momento
significativo de sua vida, algo que tenha lhe emocionado.
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Seicho-No-Ie do Brasil - Mensagem Diária
Seicho-No-Ie do Brasil - Mensagem Diária
DESDE O PRINCÍPIO, O SER HUMANO VIVE ENVOLTO PELA PAZ DE DEUS.
Desde o princípio vivemos no mundo pacífico de Deus. É como se à nossa volta resplandecessem os claros raios do Sol. Mas, mesmo vivendo no mundo da Luz, se estivermos com os olhos cerrados, não enxergaremos a luz que brilha em torno de nós. A chave para solucionar o problema está em abrir a “janela da mente”.
54 - minutos de sabedoria
Cada um recebe de acordo com o que dá. Se você der ódios e indiferença, há de recebê-los de volta. Mas se der atenção e carinho, há de verse cercado de afeto e amor.Ninguém se, aproxima do espinheiro, por causa dos espinhos, nem do lodo, porque suja.
Mas todos apreciam permanecer perto das flores, que espalham beleza e perfume.Cada um recebe de acordo com o que dá.
21º Dia do Mês
21º Dia do Mês
1. No dia 21 do mês concentrar intensamente em sequências numéricas em ordem
descendente, por exemplo: 16, 15, 14, 13, 12, 11, 10. Os números usados para esta
sequência deve estar no intervalo entre 1 e 31 (o número máximo de dias no mês). Isto
lhe dá 31 números para trabalhar. Confiar completamente seu sentimento interior para a
seleção dos números para a sequência.
2. Dígitos para Concentração
* Concentre-se intensamente na sequência de sete números: 8153517
* Concentre-se intensamente na sequência de nove números: 589148542
3. Olhe como um córrego da montanha desce a montanha. Olhe como a neve derrete.
Depois de ter visto isso com os olhos, olhe para as imagens com a sua visão interior. Você
vai notar que suas imagens interiores não são diferentes do que as produzidas pelos seus
olhos. Você vai ver que sua consciência não é diferente de seu corpo, você vai ver
como sua alma constrói seu corpo. Não se esqueça dessa percepção. Transfira-a de um
segundo para o outro, comunique aos outros, fora do momento criar a eternidade. Você
vai tornar-se tão eterno que, sem tentar, parece que você viveu antes.
Este é processo eterno da criação, esta é a vida eterna. Construa outros objetos em
torno de si de acordo com o mesmo princípio. Construa mundos. Crie alegria, semeie a
semente e assim faça o pão. Deixe que haja ferramentas e máquinas, mas máquinas
inofensivas e não destrutiva e você verá que você vive neste mundo e que as máquinas
são dadas a você como expressão do seu criador e sua consciência. Parem as
máquinas quando eles ameaçam você.
Restaure o corpo quando ele estiver doente. Manifeste a ressurreição, quando alguém
em casa morrer. Não permitir a morte de alguém. Você é o Criador. Você é o
Manifestador – vá, crie e avance em harmonia com o mundo. Se mova em harmonia
com toda a criação; em harmonia com o quê você, em algum momento da eternidade,
criou e em harmonia com você mesmo.
1. No dia 21 do mês concentrar intensamente em sequências numéricas em ordem
descendente, por exemplo: 16, 15, 14, 13, 12, 11, 10. Os números usados para esta
sequência deve estar no intervalo entre 1 e 31 (o número máximo de dias no mês). Isto
lhe dá 31 números para trabalhar. Confiar completamente seu sentimento interior para a
seleção dos números para a sequência.
2. Dígitos para Concentração
* Concentre-se intensamente na sequência de sete números: 8153517
* Concentre-se intensamente na sequência de nove números: 589148542
3. Olhe como um córrego da montanha desce a montanha. Olhe como a neve derrete.
Depois de ter visto isso com os olhos, olhe para as imagens com a sua visão interior. Você
vai notar que suas imagens interiores não são diferentes do que as produzidas pelos seus
olhos. Você vai ver que sua consciência não é diferente de seu corpo, você vai ver
como sua alma constrói seu corpo. Não se esqueça dessa percepção. Transfira-a de um
segundo para o outro, comunique aos outros, fora do momento criar a eternidade. Você
vai tornar-se tão eterno que, sem tentar, parece que você viveu antes.
Este é processo eterno da criação, esta é a vida eterna. Construa outros objetos em
torno de si de acordo com o mesmo princípio. Construa mundos. Crie alegria, semeie a
semente e assim faça o pão. Deixe que haja ferramentas e máquinas, mas máquinas
inofensivas e não destrutiva e você verá que você vive neste mundo e que as máquinas
são dadas a você como expressão do seu criador e sua consciência. Parem as
máquinas quando eles ameaçam você.
Restaure o corpo quando ele estiver doente. Manifeste a ressurreição, quando alguém
em casa morrer. Não permitir a morte de alguém. Você é o Criador. Você é o
Manifestador – vá, crie e avance em harmonia com o mundo. Se mova em harmonia
com toda a criação; em harmonia com o quê você, em algum momento da eternidade,
criou e em harmonia com você mesmo.
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