quarta-feira, 16 de maio de 2018

Oração do dia 16 Palavras para afastar os infortúnios.


Oração do dia 16
Palavras para afastar os infortúnios.
O senhor é a minha luz e a minha salvação; a quem temerei? 
O senhor é o defensor da minha vida; diante de quem temerei?
Em todos os fatos que vivencio, sinto a presença de Deus me orientando. Como estou sob a proteção de Deus, nada de mal me acontece; como estou cingido pelos braços confortadores de Deus, nenhuma tristeza se abate sobre mim. Estou envolto pelo puríssimo amor de Deus, pela perfeita Harmonia de Deus. Nunca temo estar fora do alcance da proteção divina – pois sei que Deus é onipresente. Estou rodeado de tudo que é bem. Encontro-me no seio do próprio bem. O amor de Deus está presente no mundo ao meu redor e também dentro de mim, preenchendo todo o meu ser, e jamais me abandona. Mesmo que seja escuro o caminho à minha frente, nada temo porque Deus é minha luz; mesmo que seja agitado o mar em que navego, não tenho receio porque Deus é minha bússola; mesmo quando estou só, não sinto solidão porque Deus está comigo. Nada receio, nada temo. 
Não existe lugar algum ou pessoa alguma que me atemorize. Nem a morte tem domínio sobre mim, pois sei que unicamente a vida tem poder sobre tudo e todos. Ainda que eu ande pelo vale das sombras da morte, a luz está presente em mim. Não me sobrevêm infortúnios. Os fatos que parecem ser infortúnios são, na realidade, estágios para o progresso. Eu sou a vida, Deus é vida, tudo é manifestação da vida. Avanço com fé e autoconfiança inabaláveis. Agradeço a Deus por sua benevolência e por sua proteção. 

meditação diária (cecp) dia 16

Não há limites para a energia do meu desenvolvimento espiritual

terça-feira, 15 de maio de 2018

17 - Grande Fuga: Vencendo os limites do ego - KAF ALEF LAMED Nós estamos encarcerados, e não sabemos disso.


17 - Grande Fuga: Vencendo os limites do ego - KAF ALEF LAMEDNós estamos encarcerados, e não sabemos disso.
REFLEXÂO:
"Prisão?" você pergunta. É isso mesmo.
Somos reféns de uma pressão constante para sobrepujarmos amigos e colegas. 
Somos prisioneiros de nossos caprichos reativos e desejos egocêntricos. 
Somos escravos de nossos empregos e pressões financeiras.
Dependemos das percepções de outras pessoas a nosso respeito. 
Estamos encarcerados por nossa necessidade de aceitação por parte de outras pessoas.
Quer se libertar?
O ego é a base de todas as formas de infelicidade. 
Ele nos compele a convencer os outros de que estamos certos, até quando estamos errados e até quando sabemos que estamos errados.
O ego nos dá a ilusão de que temos liberdade para agir, mas, na realidade, somos prisioneiros de seus desejos.
Quando uma pessoa não admite ter ego, ora vejam, trata-se simplesmente do ego trabalhando duro, cumprindo sua missão, patrulhando os terrenos da prisão.
Se uma pessoa é incapaz de reconhecer seu próprio ego em alguma situação, o ego simplesmente a tornou cega e colocou-a na solitária.
O ego é uma corrente com bola de ferro que nos ancora na dimensão física e bloqueia nossa conexão com o crescimento espiritual.
No entanto, é somente no âmbito espiritual que a verdadeira felicidade e plenitude podem ser encontradas.

AÇÂO:
  Este Nome traz a maior de todas as liberdades: a fuga dos desejos baseados no ego, inclinações egoístas e a mentalidade do “eu primeiro”.
Em vez disso você obtém as dádivas verdadeiras e duradouras da vida - família, amizade e plenitude.
MEDITE NESTAS LETRAS E VOCALIZE: Leú
 AÇÃO: Experimente passar um dia inteiro com tolerância zero à palavra negativa.

100 - minutos de sabedoria

NÃO diga que não pode trabalhar em
benefício dos outros.
Quantos mudos dariam uma fortuna para
poderem falar como você!
Quantos paralíticos suspiram pelos passos
que você pode dar!
Quantos milionários lhe entregariam suas
riquezas, para terem um décimo da fé
que você tem!
Não diga que não pode trabalhar!
Distribua os bens que Deus lhe concedeu,
em gestos de bondade e palavras de
carinho.

Seicho-No-Ie do Brasil - Mensagem Diária

Seicho-No-Ie do Brasil - Mensagem Diária
AS PESSOAS MAIS CORAJOSAS SÃO AS QUE AMAM PROFUNDAMENTE.
 
Seja uma pessoa capaz de amar profundamente. O amor beneficia a tudo e a todos. As pessoas mais corajosas são aquelas capazes de amar profundamente. Para manifestar o amor, dedique-se inteiramente ao próximo, com coragem. Seja atencioso e bondoso com os outros. Sinta orgulho de ser praticante do Amor de Deus e dirija o sentimento de amor sincero e profundo a todas as pessoas.

15º Dia do Mês - Exercícios de concentração

15º Dia do Mês
1. No 2º dia do mês você focou no dedo mínimo da mão direita. No dia 15 você pode
praticar esse exercício de concentração com uma parte diferente de seu corpo. Por
exemplo, um diferente dedo ou uma unha, etc. - o que você escolher. Em todos os
outros aspectos, fazer esse foco, assim como eu tinha especificado para o dia 2.

2. Dígitos para Concentração
* Concentre-se intensamente na sequência de sete números: 7788001
* Concentre-se intensamente na sequência de nove números: 532145891

3. Neste dia sentimos a Bem-Aventurança Divina, que nos deu inteligência superior, ser
grato a Deus por ter te criado, ser grato pela criação de cada um e cada uma de suas
partes e pela criação de sua capacidade de reproduzir o universo inteiro, porque Deus
está presente em todos os lugares. De um modo semelhante, você também pode se
tornar consciente da gratidão das plantas e dos animais em relação a si mesmo. Você
também pode tornar-se consciente da gratidão de outras pessoas e seu amor.
Você vai ver que vocês também são amados. O amor é edificante, benevolente e
permeia tudo. Amor Universal, que está ao alcance de todos e que atinge a todos. Este
também é o Criador. Este é o Criador, que a sua manifestação no mundo encarna. Você
é a manifestação do amor divino, porque em relação a si mesmo o Criador é também
amor.
Desde o início, você recebeu o dom do Criador, e você mesmo é o Criador porque
foram criados por ele como um Criador todo-abrangente, eterno e divino. Você deve ir
onde ele está - e ele está em toda parte. Você deve ir onde ele chama você e ele te
chama de todos os lugares. Ele é onde você está. Está no movimento do Criador.
Você é a forma de realização de sua eternidade ir sobre seu negócio. Ele criou o mundo
eterno e tudo o que está unido nele. E você vai ver que o mundo foi criado eterno. Você
vai ver que o mundo personifica aquilo que é eterno em você. Você é o Criador que
criou tudo o que é eterno. E a criação do mundo, o Criador também fez você para a
eternidade.

110 - Louise Hay

110- “Por meio do perdão chego à compreensão e sinto compaixão por todos.”

CAPÍTULO 17 - Não Fuja

CAPÍTULO 17
— Tome mais um pouco. Só existe essa fonte de água pela região. A subida será longa e
íngreme — explicou Richard após várias horas de caminhada. Era a primeira vez que
parávamos para descansar. Exausta, sentei-me sobre um amontoado de rochas na base de
uma colina. A paisagem continuava árida e inóspita; o deserto, cinza e ainda mais desolador.
— Não aguento mais beber água! — reclamei. — Minha barriga vai explodir!
Ele apertou os lábios.
— Sério Rick! Estou tão inchada que é mais fácil você me colocar para rolar, se nós
tivermos de correr, ok?
— Boa ideia — respondeu ele com a expressão melhorada. — Faço isso assim que
chegarmos ao topo da colina.
— Estou faminta — disse após ouvir um ruído estanho em meu estômago e ele ameaçou
um sorriso.
Finalmente uma trégua! Sabia que ele estava ali contra a sua vontade, mas não
aguentava mais a sua cara amarrada.
— Eu também — confessou e levou as mãos à cintura. — Por sorte temos água, mas
não há nada o que colher ou caçar nessa região. Não podia correr o risco de colocá-la em
perigo se fizesse outro caminho.
— Nós estamos nos campos neutros?
— Na parte mais neutra dos campos neutros, se é que me entende. Logo depois desta
colina há um lugar onde conseguirei abrigo para esta noite.
— Como assim? Não estamos perto de Marmon?
— Teremos muita sorte se conseguirmos alcançar Marmon ainda amanhã — assinalou.
— Lembre-se de que devo mantê-la protegida dos meus, mas também estou com a cabeça a
prêmio. Não posso dar as caras por aí — fez uma careta, visivelmente inconformado com a
situação.
— Como conseguiremos comida então? — perguntei e chequei nosso estado deplorável.
Seria praticamente impossível passarmos despercebidos em qualquer lugar daquela ou de
qualquer outra dimensão. Se não fosse pela capa negra de Shakur, eu estaria em uma
situação bem ruim. Meu vestido maltrapilho, sujo de sangue e rasgado em diversos pontos,
estava nojento e indecente. Descalço, descabelado e sem camisa, a aparência de Richard era
ainda pior. Sua calça cinza e completamente manchada de sangue me fazia recordar o que
havíamos acabado de passar e me dava calafrios.
— Darei um jeito. Seria tranquilo se estivesse sozinho, mas não posso deixá-la só nem
por um minuto. É perigoso demais.
— Você acha que o Grande Conselho vai dar o alarme sobre a minha fuga?
— Não sei mais no que pensar — ele deu de ombros. — Acho que os magos não terão
coragem de declarar para toda Zyrk que também falham e que a deixaram escapar.
— Mas eu sou a híbrida — relembrei-o.
— Ainda assim. Sua fuga evidenciaria a vulnerabilidade deles e acabaria dando muito
poder a uma única pessoa. Você poderá ser idolatrada, temida ou odiada. Não sei como a
população responderia a uma notícia desse porte. Não enxerga o que aconteceu quando
resolveu ficar em Zyrk, Nina? — A dureza de suas palavras me pegou desprevenida. — Você
se colocou em perigo e se tornou a maior de todas as armas. Não vai demorar e tudo irá pelos
ares. Zyrk vai explodir e não sei o que restará dela, de nós.
— Rick, eu não queria nada disso, eu juro... Eu só queria uma vida normal, minha mãe de
volta, e... — Afundei o rosto em minhas mãos tingidas de culpa e quase engasguei com o
pensamento que veio a seguir. Liberei apenas uma parte dele. — Ter a chance de voltar a
sonhar.
De acreditar que posso amar e ser amada, foi o que não falei.
— Os sonhos nem sempre se realizam, Tesouro. Acostume-se a isso — sua voz ficou
repentinamente triste. Encolhi no lugar. — Você vai descobrir que às vezes é perigoso demais
dar crédito a eles, que podem ser pesadelos disfarçados.
Seria eu o grande pesadelo?
— Abrir Chawmin... — balbuciei.
— Se isso acontecer, a sua e a minha dimensão serão arruinadas. Malazar vai lutar. Ele
almeja esse confronto há milênios e não deixará pedra sobre pedra em seu caminho — ele
olhava para o nada, o olhar perdido em um ponto distante.
— Tem que haver uma saída! Eu não teria nascido se não fosse por um propósito!
— Existem todos os tipos de propósitos no mundo, Nina. Bons e maus. — Sua resposta
saiu áspera, mas ele não me enfrentou. Ao contrário, sua expressão taciturna fez todos os
músculos do meu corpo se enrijecerem. — Digamos que sua mãe esteja realmente viva. O que
fará depois que a encontrar?
— Eu vou arrumar um meio, eu...
— Certo — ele me interrompeu. — Com todos os portais fortemente protegidos, o que
você fará caso consiga? — ele refez a pergunta ao notar meu estado catatônico: — Digamos
que a gente saia vivo de Marmon, o que certamente não vai acontecer. Para onde você vai
levá-la? Windston?
— É uma possibilidade — retruquei. — Tenho certeza de que meu avô lhe daria
cobertura.
— O poderio bélico de Windston é muito pequeno. Wangor não terá como suportar um
ataque maior ou protegê-las da intervenção do Grande Conselho.
— Mas Thron é forte e tem o exército mais preparado de Zyrk. E Shakur está do nosso
lado! Você viu!
— Eu não sei por que ele a ajudou a fugir para cá, Nina! Até agora não entendi o que
Shakur planeja por detrás dessa atitude, mas posso lhe garantir que ele nunca jogou para
perder. Ele é o maior estrategista que já vi na vida e todas as suas ações são muito bem
calculadas.
— Você quer dizer que ele vai tirar vantagem da minha fuga?
— É a única justificativa que vem à minha mente. Por que diabos ele me pediria para
ajudá-la a vir para cá e não para Thron? Por que não se salvou quando pôde? — Richard
esfregava as têmporas com força. — Nada disso faria o menor sentido se ele também não
tivesse algo a ganhar.
— Chega, Rick! Não quero mais pensar nisso! — bradei nervosa, levantei e, sem querer
dar o braço a torcer, comecei a subir a colina a passos acelerados. Minha mente fervia. Ele a
havia arremessado em um caldeirão de perguntas e suposições. — Você não vai conseguir me
fazer desistir.
— Eu sabia que não — murmurou, seguindo-me de perto.
— Malditas sandálias de couro! — gemi. — Aiii!
— Cuidado! — alertou, segurando-me com incrível rapidez quando pisei em uma pedra
solta e me desequilibrei. Senti seus olhos cravarem nos meus e o calor do seu corpo
esquentar a minha pele. Perdi a reação. Aquele contato tão próximo e repentino fez todo meu
sistema racional entrar em pane e desligar. — Essas sandálias não ajudam mesmo — disse
ele, presenteando-me com um semblante amistoso e sem fazer menção de me soltar.
— Sinto falta dos meus tênis — abri um sorriso desanimado.
— Sinto falta de muitas coisas da sua dimensão, Nina. — Havia uma pitada de tristeza
em sua inesperada confissão.
— Da sua moto?
— Dela com certeza — assentiu com um suspiro profundo. — Mas também adorava a
liberdade da noite humana. De poder sair sem medo, observar o céu lotado de pontos
brilhantes. Já deve ter percebido que não existem estrelas no céu de Zyrk.
Já havia notado isso, mas o que realmente observava agora era o brilho hipnotizante
que emanava de seus olhos enquanto caminhava em direção ao topo da colina me
carregando em seus braços. Ele era a minha estrela.
— Estou bem. Pode me colocar no chão.
Incrivelmente forte, meu peso não causava qualquer desconforto a Richard, mas a subida
era íngreme e seu equilíbrio ficava prejudicado vez ou outra.
— É uma ordem? — perguntou, olhando-me pelo canto dos olhos. Vi quando reprimiu um
sorrisinho.
— Não — sorri em resposta.
— Então não vou acatar.
— Está dispensado dessa. — Tentei fazer cara de superioridade, mas a verdade é que
vibrava por dentro. Era bom demais vê-lo descontraído novamente, ter um momento de paz
entre nós.
— Vou dar um descanso aos seus pés, chefe. Acho que as tiras da sandália fizeram um
estrago — replicou ele com as sobrancelhas arqueadas. Olhei para as bolhas nos meus dedos
e suspirei, realmente feliz por vê-lo cuidar de mim. Por mais que esperneasse, ele ainda se
importava comigo. Richard era bom, só não sabia lidar com os sentimentos que eu provocava
nele. E nesse ponto ele seria sempre selvagem, o território desconhecido. Deveria aprender a
me acostumar com isso também.
Chegamos ao topo do aclive e, lá de cima, vi o lugar a que Richard se referia. Era uma
espécie de caverna esculpida na base oposta da montanha. Para minha felicidade, o percurso
de descida parecia tranquilo.
— Vai esfriar bastante durante a madrugada e não espere um local agradável — alertou
ele ao me pegar observando nosso destino com curiosidade. — É apenas um ponto de apoio
para passar a noite.
— Está ótimo! — soltei ao visualizar o sol se pondo no oeste. Em breve as bestas de
Zyrk estariam soltas. — Como o descobriu?
— Era um dos requisitos de Shakur para me tornar resgatador principal de Thron —
repuxou os lábios. — Ele sempre disse que um bom estrategista é aquele que conhece de
olhos fechados não apenas o seu território, mas também as terras do seu inimigo. Ele me fez
desbravar toda Zyrk e lhe contar em detalhes o que vi antes de me permitir assumir o cargo.
— Uau! Você passou por uma prova?
— Uma não, Nina. Várias! Por isso Thron sempre foi tão superior aos demais clãs.
Shakur nunca descuidou do desempenho físico e mental dos seus homens. E era ainda mais
rigoroso comigo — arfou. — Vamos, o sol está se pondo rapidamente.
#
— Sinto muito, Tesouro. Mas não temos mais tempo e não encontrei nada pela região.
Só comeremos amanhã — disse desanimado, enquanto ocultava a entrada da caverna com
pedras e troncos secos de árvores.
— Estou bem — menti, segurando o tremor em minhas mandíbulas. Como Richard havia
alertado, a temperatura caíra absurdamente. Não sabia o que era pior: a fome ou o frio. — NNão
entendo. Por que sinto mais frio aqui do que na Floresta Fria?
— Porque lá era uma área de magia e parece que seu corpo é relativamente imune aos
feitiços de Zyrk.
— Ah! — encolhi ainda mais.
— Não devia, mas... Você não pode ficar assim. — E, sem perder tempo, ele fez uma
fogueira. Aos poucos, o calor foi se espalhando pelo ambiente e pelos meus ossos. — Está
melhor? — perguntou ao ver o meu rosto recuperar a cor. — Que tal dormir um pouco? Nossa
jornada será intensa amanhã.
— E você?
— Tenho mais carga na bateria — piscou.
Claro! Ele era um zirquiniano.
— Durma tranquila. Vigiarei o lugar.
Assenti e, sem contestar, deixei meu corpo e mente escorregarem, derrubados pelas
toneladas de sono e de exaustão em minhas pálpebras.
#
Tremores e xingamentos baixos. Acordei com eles. Muitos e todos os tipos deles. Para
meu espanto, não era apenas o meu corpo que chacoalhava de frio, mas o chão trepidava com
fúria. Escuridão. A fogueira estava apagada. Ainda assim não sabia se estava dentro de um
pesadelo.
Ou um sonho.
Apenas o manto de Shakur cobria nossos corpos colados. Richard tentava me aquecer,
esfregando meus braços com vontade e sem tirar os olhos da frágil camuflagem colocada na
abertura da gruta, como um cão de caça pronto para o ataque.
Um uivo estridente do lado de fora.
— R-Rick! A-Ah, não... U-Uma b-besta? — empertiguei-me no lugar e senti que não havia
saliva em minha boca. Minha pele estava completamente congelada e meus dedos enrijecidos
pelo frio.
— Shhhhh! A maldita nos sentiu. — Suas pupilas trepidantes confirmavam a situação
ruim. — Tive de apagar a fogueira e você começou a congelar.
— E-Estou bem... — sussurrei, e vi que ter acordado e me deparado com ele tão
próximo a mim, as mãos enormes apertando minha pele, fez toda a diferença do mundo.
Hormônios são como álcool em fogo. Comecei a esquentar.
Camuflado na escuridão da noite de Zyrk, o animal ficava em silêncio por longos minutos,
à espreita de algum movimento da nossa parte. Todas as vezes em que Rick acreditava que o
monstro havia perdido nosso rastro e ameaçava se levantar para fazer uma nova fogueira,
éramos surpreendidos por novos ganidos de advertência e ele retornava ao lugar de origem,
ou seja, ao meu lado. Sorri intimamente. Eu estava começando a gostar daquela besta.
— Estou melhor. É sério — reafirmei algum tempo depois, encarando o rosto dele
perigosamente próximo ao meu. Minha pulsação deu um salto e corei furiosamente quando
percebi que Richard passeava os olhos vidrados por todo o meu corpo. O calor que subia por
minhas pernas e bochechas acendeu a fogueira dentro de mim e agora era eu quem pegava
fogo por dentro. Quando dei por mim, meus dedos se entrelaçavam em sua nuca e, sem
conseguir refrear o magnetismo que me impulsionava para ainda mais próximo dele, aproximeime
lenta e cuidadosamente. Vi quando seus lábios se afastaram e sua respiração perdeu o
ritmo, deixando seu peitoral subir e descer de maneira acelerada. Richard permanecia mudo.
Medo e desejo intercalando-se na expressão de seu rosto irretocável.
— Por que insiste em fazer isso conosco? — Ele paralisou minhas mãos num rompante
e soltou um suspiro encharcado de dor.
— Desculpe. Eu não quis, eu apenas... — perdi a voz e o rumo dos pensamentos ao
visualizar sua expressão derrotada.
— Você não tem culpa. Eu lhe dei falsas expectativas. Acreditei que, algum dia... seria
possível... nós dois... — murmurava hesitante. — Mas nada aconteceu conforme sonhei —
soltou um riso amargurado enquanto encarava as próprias mãos. — Acabou para mim, mas
você ainda pode fazer a diferença para Zyrk. É por isso que estou aqui. Para tentar me redimir
das incontáveis burradas que fiz pelo caminho, Tesouro.
— Rick, não diga isso, eu...
— Ficar tão... perigosamente perto de você é arriscado e irresponsável demais — ele
me interrompeu, fulgurando-me com intensidade e urgência, o azul em seus olhos agora
completamente negro. — Você não tem ideia da total ausência de controle que tenho sobre
mim quando você está por perto e do risco que eu a coloco por isso. Ao mesmo tempo em que
preciso de você viva para me sentir vivo, da necessidade insana em protegê-la de qualquer
perigo com a minha própria vida, eu sei que eu sou o maior perigo de todos. Você desperta e
atiça a fera que tento domar a todo custo dentro de mim, a besta que é capaz de sugar a sua
energia até a última gota num piscar de olhos, Nina. Então — franziu a testa com força, como
se travasse uma luta interna de proporções gigantescas —, não provoque meus sentidos desta
maneira. Não se coloque em uma situação... mortal — acrescentou sombrio. — Quando quase
a matei... a dor que senti... — travou por um momento. — Nunca mais vou arriscar a sua vida.
Nunca mais — destacou cada palavra com determinação. — Entendido?
Negativo!, era o que eu queria dizer, argumentar que precisávamos apenas de mais
tempo para encontrarmos uma saída para a nossa situação insolúvel, mas respirei fundo e
apenas assenti. De fato, eu não podia correr riscos com a vida da minha mãe em jogo. A
partida acabaria em breve.
— Portanto, é realmente sensato e necessário que fique quietinha. Já está dificílimo
refrear as sensações que você gera em mim — assinalou com a voz rouca e um brilho
perturbador nos olhos. — Consigo captar sua energia, e parece estar equilibrada no momento,
mas, depois daquele incidente... Não sei o quanto posso lhe tocar sem lhe fazer mal.
— Você não vai me causar nenhum mal — afirmei, mas a sombra da tristeza que cobria
sua face de guerreiro me fez encolher e, antes que ele pudesse me afastar, aninhei-me em
seu peitoral. — Mas estou começando a perder a fé. Por favor, só me abrace, Rick — pedi,
removendo a máscara de durona e deixando finalmente transparecer as camadas de dúvida e
desespero que carregava sobre as minhas costas exauridas. Não havia me permitido fraquejar
desde que fui capturada pelo Grande Conselho e tudo que meu espírito atormentado precisava
naquele instante era dele. Apenas da sua presença ali do meu lado.
Richard soltou um gemido baixo e envolveu meu corpo em um abraço terno. Quando seus
dedos hesitantes se entrelaçaram aos meus e nossas mãos se tocaram — quando realmente
nossas mãos se encaixaram —, o mundo entrou nos eixos, as engrenagens se ajustaram, o
universo fez sentido, tudo parecia certo demais. Não havia mais dúvidas. A abrasadora energia
no ar: palpável, doce, quente demais, como um rio de mel fervente. Não existia um depois.
Havia apenas o presente, Richard e a certeza de que, independentemente do que viesse a
acontecer, qualquer que fosse o nosso futuro, naquele instante eu o amava mais do que tudo
na vida.
— Ah, Tesouro! — ele suspirou, abraçando-me com tanto cuidado como se eu fosse
quebrar com seu simples toque, um cristal delicado demais.
— Não sei mais no que acreditar, Rick.
— Acredite na sua força, minha linda — suspirou. — Eu acredito nela como nunca antes.
Procurei seus olhos, surpresa com aquela inesperada confissão.
— Acredita?
— Suas mãos... — ele arqueou as sobrancelhas, pensativo. — De onde surgiu aquilo,
Nina? Como conseguiu desacordar Ferfelin só com o seu contato?
— Não sei — devolvi um sorriso apático. — Isso só acontece quando me sinto realmente
ameaçada.
— Fico feliz que não se sente ameaçada agora. — Ele olhou para cima, o olhar distante.
— Não consegui — confessou de repente. — Quando me pediu para cortá-las...
— Ainda bem que não — murmurei, tentando mudar de assunto. Imaginar que, se
Richard tivesse me obedecido, eu estaria sem as mãos naquele exato momento fez meu
estômago embrulhar.
— Você foi muito corajosa, Tesouro — ele abaixou a cabeça e agora me encarava de um
jeito diferente. Havia algo além de desejo ou emoção em seu olhar vidrado. Estremeci de
satisfação ao reconhecer o ar que exalava de seus lábios entreabertos: admiração! — Nunca
vi homem algum dar uma ordem daquela magnitude. Você realmente me impressionou e...
— E...?
— E fez o que nenhum guerreiro foi capaz até hoje — sua voz falhava: — Você realmente
me assustou, Nina. Sua força deixou o meu espírito ainda mais desorientado.
Sem que eu pudesse esperar, ele deslizou os quatro dedos de uma das mãos para a
minha nuca enquanto o polegar roçava delicadamente pelo contorno dos meus lábios. Fez o
mesmo com a outra mão, aprisionando ainda mais, como se fosse possível, o que restara de
meu corpo e espírito.
— Lá no portal, eu...
Sua testa ficou tomada de vincos e, tragando o ar com força, tornou a me olhar com
profundidade. Eu sabia que era dificílimo pensar com clareza com Richard me encarando
daquele jeito, mas não desviei o rosto. Necessitava de suas explicações para continuar minha
jornada. Depois de reencontrar Stela, era tudo que mais queria na vida.
— Eu tinha certeza de que estava tudo acabado entre nós. Pensei que você nunca mais
falaria comigo, que me odiaria para sempre — ele abaixou a cabeça. — Eu já era um homem
condenado ao Vértice e foi fácil desistir de mim, de viver. Simplesmente não queria mais
continuar. Não até... — ele tornou a levantar a cabeça e mirou os meus lábios. Comecei a
tremer e meus batimentos cardíacos aceleraram a níveis perigosos. — Até você aparecer
dentro daquela bolha e eu escutar de sua própria boca que me perdoava.
— Pensei que estivesse desacordado — brinquei.
— E estava até aquele instante — ele piscou de volta. — As pedras-bloqueio... — soltou
repentinamente taciturno. — Eu devia ter lhe contado. Não havia como ficarmos juntos de
qualquer forma e...
Enrijeci no lugar. Por mais que desejasse esquecer, aquele assunto ainda me magoava.
—Você sempre soube que não seria uma despedida provisória, Rick.
— Era a única forma de mantê-la livre dos meus. Mesmo com toda força diplomática do
seu avô, em questão de tempo você seria perseguida na sua dimensão também.
— Não o culpo por isso. A mágoa que tenho é por você ter me enganado.
— E-Eu só... — engasgou. — Eu só quis te proteger. Sempre foi essa a intenção.
— Eu sei, Rick. Acho que já o conheço mais do que você imagina — lancei-lhe um sorriso
cúmplice. — Você não esbravejaria nem brigaria comigo ou com Shakur se realmente não
acreditasse se tratar de uma missão suicida essa viagem para Marmon.
— Adoro missões suicidas — ele tentou descontrair o clima e arrumou uma mecha dos
meus cabelos.
— Não quando a minha vida está envolvida — acrescentei e voltei ao assunto que
martelava incessantemente em minha cabeça. — Richard, eu preciso saber: por que o Grande
Conselho disse que eu era o produto de uma concepção maligna? Por que você chamou o
relacionamento dos meus pais de aberração? Depois de tudo que passei... Eu tenho o direito
de saber.
Ele abaixou os olhos e sua respiração deu um salto. Com seus braços me envolvendo, foi
facílimo perceber sua musculatura enrijecer debaixo da minha pele.
— Por favor, Rick? — implorei e, com a ponta dos dedos em seu queixo, levantei seu
rosto em minha direção.
— Eu não devia ter dito nada — praguejou. — Eu achei que lhe contando isso talvez a
convencesse a não mais ficar em Zyrk, que estaria protegendo sua vida, mas foi uma
estupidez — contraiu os olhos. — Eu não podia ter me esquecido de que você é uma humana.
Leila havia me dito que os humanos são curiosos por natureza e ávidos por explicações.
— Eu sou uma híbrida, Rick. Ainda assim, preciso dessas explicações para não desistir
de tudo. Você vai me contar, não vai? — insisti e ele assentiu com a face perturbada. Não
gostei.
— Tudo o que sei foi-me dito em segredo e não poderei confessar a fonte. Também não
sei se é informação segura — alertou. — Soube que o relacionamento entre seu pai e sua mãe
foi artificial.
— “Artificial”?! Como assim? — questionei com a voz vacilante, o raciocínio me
escapando. Eu podia esperar tudo, menos aquela resposta.
— Dizem que seu pai vendeu... — Richard abaixou a cabeça, estranhamente temeroso.
— O que meu pai vendeu? — Meu coração batia muito rápido agora.
— A alma, Nina — confessou e suas pupilas momentaneamente verticais me fizeram
congelar. Richard foi direto ao X da questão: — Dizem que ele vendeu a própria alma a
Malazar para poder ter um contato físico mais íntimo com a sua mãe.
— Malazar?! O demônio? — indaguei atordoada, forçando-me a recordar as explicações
de Leila. Malazar era um dos dois filhos da maior divindade dos zirquinianos, e foi banido e
condenado a viver para sempre no inferno, ou Vértice. Tyron, seu pai, aplicou a terrível
sentença após descobrir as suas trapaças e malfeitos, mas, principalmente, pelo fato de
Malazar ter matado o próprio irmão, apunhalando-o pelas costas.
Cristo Deus! Foi a esse ser inescrupuloso que meu pai havia vendido sua alma?
— Então... Foi por isso que conseguiram me gerar. — Aquela constatação era como
ácido e corroía minhas crenças e linha do raciocínio.
— Mas pode ser mentira, Nina. Meu povo é mestre em semear discórdia.
— Meu pai não amava minha mãe... — As palavras despencaram da minha boca.
— C-claro que amava! — ele titubeou e sua resposta sem convicção fez meu mundo
girar.
— Se ele a amasse não precisaria vender a alma para possuí-la — balbuciei derrotada.
— Não! Quero dizer... E-Eu não sei, Tesouro.
Fechei os olhos e segurei a breve tontura que abalou perigosamente os pilares das
minhas poucas verdades.
— Nina?! — Richard segurou meus braços, preocupado.
— Eu estou bem — menti e, reabrindo os olhos, liberei as palavras que
irremediavelmente me rasgariam por dentro. Minha mente sangrava. Meu coração sangrava.
Minha alma sangrava. — Nunca houve amor entre eles.
— Não diga isso! — Richard arfava agora. — Seu nascimento permanece uma charada a
ser desvendada, mas não significa que eles não nutriam bons sentimentos um pelo outro.
Uma charada...
Dúvidas arrasadoras avançavam sobre meu espírito atormentado. E se eu nunca fui o
fruto de um amor impossível entre duas espécies distintas, mas sim o produto de um desejo
doentio e avassalador? Seria eu o vírus da morte, a semente de uma negociação
amaldiçoada? Teria meu pai realmente amado minha mãe em algum momento ou apenas
desejava usufruir seu corpo? Stela foi enganada ou havia compactuado do terrível acordo?
Teria ela sido capaz de fazer uma loucura desse nível? Seria por isso que nunca falou sobre
ele ou sobre seu passado? Por vergonha?
— A história do suicídio do meu pai é outra grande mentira — afirmei, juntando as peças
do quebra-cabeça.
— É o que parece — Richard assentiu em baixo tom. — Malazar cobrou seu preço.
— Minha mãe sabia? — questionei apática.
— Sinto muito, mas não sei de mais nada. — A respiração acelerada de Richard
confirmava seu estado de tensão. Estava visivelmente arrependido por ter me contado a
verdade.
Pisquei algumas vezes e, sem reação, abracei os joelhos e me encolhi. Sentia-me vazia,
uma semente sem vida e completamente seca por dentro.
— Eu nunca devia ter nascido.
— Jamais diga isso, Nina. Jamais. — Richard segurou meus ombros com vontade e, a
seguir, abraçou meu corpo sem vida. — Você é o nosso milagre.
Isso eu tenho certeza de que não sou, foi o que eu quis dizer, mas não suportaria
continuar aquela conversa. Meu mundo fora novamente bombardeado e eu precisava, ainda
que cambaleante, reerguer-me, encontrar um caminho entre os destroços e ir adiante.
— Faça-me dormir, Rick. Por favor — pedi e me aninhei em seu peitoral, desesperada
em me livrar não apenas dos meus tormentos, mas de mim mesma, ainda que por apenas
poucas horas.
— Eu vou, Tesouro. Eu vou — ele me acalmava, apertando-me ainda mais contra si. Uma
nuvem nebulosa preencheu a penumbra e avançou pelos cantos da minha mente, deixando-me
em um agradável estado de torpor. Um sono pesado e em forma de noite escura abrandava
os danos nas chagas da minha esperança. Um bálsamo entorpecente. Uma voz distante, um
sonho em forma de sussurro, embrenhou-se em meus ouvidos enquanto embalava meu
espírito:
Eu sinto muito, Tesouro. Se pudesse ser diferente...
Perdoe-me por...

Oração do dia 15 Palavras para aumentar a autoconfiança.


Oração do dia 15
Palavras para aumentar a autoconfiança.
Neste momento, estou em comunhão com a força invisível. 
Deus e eu somos um. Por isso, tenho tudo que Deus tem. O meu socorro vem do senhor, que fez o céu e a terra. A força de Deus é também a minha força. Sou filho de Deus, herdeiro de tudo que ele possui. Deus é poder; portanto, eu também sou poder. Deus é sabedoria, que está em mim e me orienta em todas as situações.
Deus não conhece carência; por isso, eu também não a conheço. Deus é amor; por isso, meu coração é repleto de amor e caridade. Não existe um só desejo meu que Deus não concretize. O olhar de Deus zela até mesmo pelos pequeninos pardais. Então, é inconcebível que Deus não zele por nós. 
Estou exultante por tomar consciência da natureza divina latente em mim. Porque sei que estou junto com Deus, não temo infortúnio algum. Porque recebo suprimento inesgotável, jamais me vejo em situação de carência. Neste momento, o meu desejo foi concretizado; o meu desejo foi concretizado. Agradeço ao pai que sempre atende aos meus pedidos. 

Meditação diária (cecp) dia 15

Minhas forças aumentam pela comunhão mental

segunda-feira, 14 de maio de 2018

10 - Olhares Podem Matar: Protegendo-se do mau-olhado - DALET LAMED ALEF

10 - Olhares Podem Matar: Protegendo-se do mau-olhado - DALET LAMED ALEF
Os antigos mestres descrevem este Nome como sendo uma arma de guerra poderosa e invencível. 
Ele garante a vitória na batalha mais longa e importante da historia humana: a batalha contra o mau-olhado - nosso e dos outros.

REFLEXÂO:
Alguém que lance mau-olhado carrega em si o olho da força negativa destrutiva; por isso, é chamado de "destruidor do mundo" e é necessário proteger-se deste tipo de pessoa e não se aproximar para não ser prejudicado! - Zohar 1, p 68b
Os olhos possuem poderes incríveis.
O olho humano tem a capacidade de transmitir tanto energia positiva como negativa.
Define-se mau-olhado como os olhares negativos e ressentidos que recebemos de pessoas que nutrem sentimentos destrutivos em relação a nós. 
Os cabalistas atribuem grande parte dos infortúnios da vida cotidiana ao mau-olhado.
Da mesma forma, quando lançamos mau-olhado nos outros, criamos uma abertura maior dentro de nós, atraindo ainda mais olhares negativos e os efeitos prejudiciais que os acompanham.
Nossas defesas espirituais são enfraquecidas e ficamos mais vulneráveis. 
Assim, o mau-olhado traz prejuízo igual ao que o lança e ao que o recebe
AÇÂO:
  Seu próprio desejo de lançar mau-olhado nos outros diminui. 
Um escudo de energia positiva se forma em seu redor, oferecendo proteção contra olhares negativos, invejosos e intenções maldosas de outras pessoas.

MEDITE NESTAS LETRAS E VOCALIZE: Alad 
AÇÃO: Expresse claramente sua generosidade. Seu inimigo interno tentará te convencer de que você não tem tempo ou recursos suficientes para isto. Não de ouvidos a ele e realize a sua prática.



Seicho-No-Ie do Brasil - Mensagem Diária

Seicho-No-Ie do Brasil - Mensagem Diária
QUEM AMA NÃO VÊ DEFEITOS; CONTEMPLA A NATUREZA DIVINA QUE EXISTE POR TRÁS DELES.
 
Amar não consiste em ver os defeitos de uma pessoa e tentar corrigi-los, nem em tocar-lhe as feridas doloridas. Amar consiste em envolver ternamente as feridas dessa pessoa, contemplar com carinho a Imagem Verdadeira perfeita que existe por trás dos defeitos aparentes, e, afirmando o seu aspecto verdadeiro, mentalizar para que se desenvolva cada vez mais.

80 - minutos de sabedoria

NÃO se irrite contra aqueles que o caluniam!
São benfeitores seus, que lhe estão sempre chamando atenção para seus erros, reais ou possíveis. Siga à frente! A dor é o adubo que faz crescer em nós a produção evolutiva. O arado que rasga o seio da terra é quepermite a colheita abundante.E as lágrimas fertilizam nosso coração,tornando possível um progresso maior...

14º Dia do Mês - exercício de concentração

14º Dia do Mês
1. Neste dia enfoque sobre o movimento dos objetos ao seu redor. Observe estes objetos
e pergunte a si mesmo por que este movimento da nuvem, porque é que a chuva, por
que os pássaros voam, por que tudo isso aconteceria de qualquer maneira? Você tenta
descobrir o significado de cada evento. Se você se concentrar desta forma e, ao mesmo
tempo segurar o resultado desejado na sua consciência, você fará com que ele ocorrer.
Ao mesmo tempo a aperfeiçoar-se na arte da manifestação.

2. Dígitos para Concentração
* Concentre-se intensamente na sequência de sete números: 5831421
* Concentre-se intensamente na sequência de nove números: 999888776

3. Neste dia olhar para suas mãos, mãos que refletem a luz da vida. Você deverá ver os
seus dedos como dedos que refletem a luz das mãos. Olhar neste dia o seu corpo, que
brilha à luz do Criador, brilha na luz clara da bondade, amor e saúde para todos os seres,
e brilha na luz clara dos meus ensinamentos sobre a vida eterna. Neste dia você pode
contemplar os meus ensinamentos sobre a vida eterna e transformar-me em pensamento.
Você pode, é claro, muito bem enviar seus pensamentos para mim em qualquer outro
dia e em qualquer outra condição.
E você pode sempre pedir-me para o que você quer para sua vida eterna e criação em
geral. Vire para mim e você terá ajuda. Você pode, no entanto, também transformar a si
mesmo e você certamente vai receber isso que você obteve de mim ou que você
deseja. Você pode experimentar este insight, usá-lo, e mostrá-la aos outros. Neste dia
você pode estar comigo em harmonia, assim como você pode harmonizar-se comigo
em qualquer outro dia, se você quiser.
Quando o tempo não é mais medido como tempo e espaço, você pode sempre
recorrer a mim e sempre venha com um pedido de ajuda, para uma conversa, por algo
que você gostaria de ver acontecer, ou simplesmente por vir. Você é livre, tão livre
quanto você sempre foi. Faça esta sua lei, para divulgar este direito sobre isso e você
receberá a vida eterna lá onde estou. Você recebe a vida eterna, onde você está e
onde todo mundo é. Você recebe a vida eterna, onde tudo sempre é. Este princípio será
sempre credível e verdadeiro para todos, pois já é credível e verdadeiro para todos. E
você é aquele que já está na eternidade, pois você já é a própria eternidade.

109 - Louise Hay

109- “Todas as mudanças que ocorrerem na minha vida são positivas. Sinto segurança.”

CAPÍTULO 16 - Não Fuja

CAPÍTULO 16
— Richard, acorda!
Sem sucesso, sacudia seu corpo inerte há mais de uma hora. Sua respiração constante
me tranquilizava, confidenciando-me que ele estava vivo. Ainda assim, sentia-me aflita por ele
não responder a nenhum dos meus estímulos e começava a ficar preocupada, insegura de que
ele tivesse sofrido algum dano maior ou batido fortemente com a cabeça quando nossos
corpos foram arremessados nesse lugar abandonado. Com dificuldade arrastei sua montoeira
de músculos até o pequenino riacho que margeava o terreno repleto de crateras. Lavei os
ferimentos em seu rosto, boca e mãos e removi todo vestígio de sangue possível. O corte em
seu lábio inferior, outra marca que deixara em seu corpo para me salvar, era profundo e ainda
drenava. Sem que eu desse por mim, deixei as pontas dos meus dedos passearem
lentamente pela confusão dos seus cabelos negros e fazerem caminhos tentadores, passando
pelo seu queixo, pescoço e descendo às cicatrizes do seu peitoral. A cadência calma de sua
respiração me fez entrar em uma espécie de transe e, sem perceber, eu o admirava com
desejo avassalador. A visão do meu fruto proibido bem diante dos meus olhos misturada às
lembranças do passado faziam minha pele esquentar e uma sensação de euforia se agigantar.
Tinha de ser racional e tentar acordá-lo a qualquer custo, mas não consegui. A luxúria
entorpecente que corria em minhas veias teimava em aproveitar aquele raro momento para
admirá-lo ao máximo. Com metade do seu corpo magnífico exposto para o meu deleite, estava
difícil demais não prestar atenção. Pensamentos um tanto obscenos sapateavam em minha
cabeça apaixonada: Haveria ele me observado dessa mesma forma quando cuidou de mim
das vezes anteriores?
— Nina?! — Richard despertou de repente e jogou o corpo para trás em reflexo.
Atordoado e com a expressão preocupada, ele se sentou num pulo enquanto checava com
rapidez a região que nos cercava. Jamais poderia me esquecer de que ele era um guerreiro e
já acordava preparado para o confronto. — Você está bem, Tesouro? — Ele me abraçou com
vontade arrebatadora e quase engasguei de emoção. Escutei o compasso desritimado em seu
peitoral e tudo em mim estremeceu de satisfação, como se finalmente eu estivesse completa
pela primeira vez em vários dias. Céus! Richard se transformara em uma parte de mim! —
Graças a Tyron! — arfou ele enquanto fazia a varredura minuciosa sobre mim, olhando-me de
cima a baixo. Não pude deixar de perceber que seu olhar permaneceu um instante a mais no
meu colo desnudo. — Por Tyron! Que droga foi aquela? Como viemos parar aqui? — ele se
afastou, recuperando a linha de raciocínio.
— Está tudo bem — acalmei-o, ajeitando a capa de Shakur sobre o meu vestido
destroçado. — Estamos seguros aqui.
Ele fechou a cara. Que ótimo! Mudança de humor à vista.
— Seguros?! Não acredito que você teve coragem de dizer isso! — Richard emitiu um
riso forçado, o temperamento tempestuoso à flor da pele. — Devo ter enlouquecido ou ficado
com a audição prejudicada nessa viagem interespacial dos infernos!
— Se alguém tem motivos para estar enfurecido aqui, esse alguém sou eu! — finquei o
pé.
— Ah, é? — cruzou os braços e uma veia latejou em seu pescoço.
— É sim! — rebati num rosnado. Argh! Ele era mestre em acender meu pavio curto. —
Ou já se esqueceu de que foi você quem me enganou?
— Eu estava te protegendo, sua cega! Será que ainda não compreendeu nada do que
fiz? — levou as mãos à cabeça.
— Você é que não me entende! Se eu colidisse aquelas malditas pedras-bloqueio, minha
vida acabaria! Aqui em Zyrk eu posso fazer a diferença, na segunda dimensão eu vagaria
como uma alma solitária!
— Abri mão de tudo que mais estimava no mundo, do meu posto, da minha vida e da
minha honra, tudo isso para que você pudesse viver e acabar com essa maldição terrível, para
que Zyrk não fosse destruída, para que meu povo pudesse sobreviver. — Ele me encarava
com a respiração entrecortada. — Mas você jogou tudo fora num piscar de olhos e sem a
menor hesitação. Você poderia recomeçar sua vida do zero, raios!
— Quem disse que eu gostaria de recomeçar do zero, Rick? Não trocaria minha vida
atual por nenhuma outra!
— Grande estupidez!
— Coloque isso de uma vez por todas em sua cabeça dura: a chama que me mantém
viva está em Zyrk, e não na minha antiga dimensão! As pessoas que eu amo estão aqui e não
lá, droga!
— E que pessoas são essas, Nina? — questionou sarcástico. — Se não me falha a
memória, todos aqueles que você diz amar estão mortos ou foram sentenciados à morte. Se
até mesmo o filho de Kaller foi condenado ao Vértice, por quem você voltou, afinal?
— Por minha mãe! — rebati enfurecida. — Você me mandaria embora sem me contar
que minha mãe estava viva, Richard. Não tinha esse direito!
— Sua mãe é uma humana e jamais poderia ter entrado em Zyrk! Não vê que é uma
armação, uma grande mentira? Foi por isso que omiti os boatos de você. Para que não caísse
como uma tola no truque de Von der Hess. Como está fazendo agora! Além do mais, não
acredito que ela esteja realmente... — sua fala travou.
— O que você quer dizer com isso, Richard? — rebati com os dentes trincados,
afastando-me dele. — Fala!
— Viva — ele virou o rosto e liberou a maldita palavra.
Morri por alguns segundos.
— Você quer dizer que ela está morta e que o retrato é uma farsa? — inquiri tentando
ocultar o pavor em minha voz. Ele não respondeu e tive que segurar seu rosto com força e
fazê-lo olhar para mim. — Qual é a jogada agora, Richard?
— Se ela estiver realmente viva... Só pode ser algum tipo de magia ruim — confessou. —
Não enxerga o que está bem diante dos seus olhos? Ela está justamente sob o poder de Von
der Hess!
— Não! — Senti as lágrimas se formando, mas não lhes dei permissão para sair. Não ia
chorar. Não havia por que chorar. Minha mãe estava viva e ponto final. Ninguém me faria
mudar de opinião. Nem mesmo Richard.
— Como acha que eu me sinto por ser obrigado a fazer o oposto de tudo que vinha
tentando? Eu queria salvar você, porra! — Ele ficou rígido e a expressão de inconformismo
lavou seu rosto perfeito. — Agora estou incumbido de levá-la diretamente ao ninho da serpente
e vê-la ser usada e depois aniquilada pelas mãos daquele bruxo miserável, Nina! O retrato...
— É real, Rick — interrompi num sussurro fraco.
Ele fechou os olhos e tornou a franzir a testa.
— Não é — balbuciou. — Mas, digamos que o maldito retrato não seja uma montagem,
que a sua mãe esteja viva e em Marmon, não enxerga que Von der Hess a está utilizando
como isca para atrair você? É tão óbvio! Tudo faz parte de uma grande armadilha! Não
entendo como Shakur me fez esse pedido, eu não consigo compreender, eu... — ele enterrou
o rosto nas mãos e pude sentir sua aflição. Pobre Rick! Era tudo abstrato demais para sua
mente zirquiniana acostumada a tudo ou nada, sim ou não. Jamais conseguiria entender que
existe uma linha tênue entre essas duas condições, que eu preferiria morrer levando a chama
da vida dentro de mim a sobreviver carregando o peso de um coração apodrecido em meu
peito.
— Talvez você tenha razão... Em parte — confessei. — Mas acredito que minha vida tem
um propósito bem maior do que sair fugindo de um lugar para o outro. Algo me diz que é a
hora de ficar e lutar — acariciei suas mãos hesitantes. — E o fato de Shakur ter nos ajudado...
Quando toquei nele... Ele acredita! Eu senti, Rick — mirei bem dentro de seus olhos azuis,
agora escuros de tensão.
— Ele está armando! — bradou nervoso. — Ou perdeu o juízo! Porque é isso o que
acontece com todos os que lidam com você!
— Como ele fez aquilo? Ele é um mago?
Sua carranca ficou ainda pior.
— Pode estar certa que não parto antes de descobrir, Tesouro. — Suas palavras saíram
baixas e perigosas.
— Pouco importa agora. Eu preciso fazer isso. Ela é minha mãe! É uma dívida da minha
alma. Se você me impedir, eu nunca mais o perdoarei — ameacei e me surpreendi com a
dureza no meu tom de voz. Respirei fundo, ajustei as malditas sandálias de couro, analisei o
degradê do céu e comecei minha caminhada em direção ao cinza escuro de Marmon.
— Aonde você pensa que vai? — indagou feroz, segurando meu braço com força.
— Você sabe muito bem para onde estou indo — olhei por cima do ombro e, com a voz
baixa e comedida, soltei a bomba: — Obedeça-me e siga-me.
— Como é que é?! — Seus dedos se afrouxaram e, instantaneamente, seu rosto ficou
vermelho como um pimentão.
— Já se esqueceu da promessa que fez a Shakur? Ou vai dar para trás? — tornei a
alfinetar. Contive o sorrisinho que ameaçou escapar e virei o rosto para que ele não
presenciasse minha expressão de triunfo. Em seguida escutei seu ganido feroz. Ele ficara
louco da vida, mas, pelo som das suas passadas, sabia que estava me seguindo.
— Isso é loucura! — Richard bradava de tempos em tempos, mas, assim como uma
sombra, ele não saía da minha cola. — Deixe de ser mimada e egoísta! Tantas pessoas
lutando pela sua vida e você a entregando de bandeja para Von der Hess? — Ele não dava
trégua e jogava um motivo atrás de outro na inútil tentativa de me fazer desistir. Se não fosse
pelo momento tenso e decisivo em minha vida, seria uma situação cômica observar Richard,
sempre tão pomposo e marrento, o resgatador mais temido de toda Zyrk, engolir seu orgulho,
implorar coisas, e me seguir como um bichinho domesticado.
— Preciso de respostas, conhecer a minha história e aí decidirei se lutarei por minha
vida, Rick — respondi em meio à caminhada.
— Aí será tarde demais.
— O tempo dirá.
— Você não vai encontrar nada em Marmon a não ser um mago sádico que vai utilizá-la
para abrir Chawmin e depois descartá-la como lixo! Von der Hess não é apenas louco, ele é
cruel, Nina! — Escutei sua bufada atrás de mim.
— Vou pagar para ver — rebati sem diminuir o ritmo da minha marcha. — Tenho certeza
de que minha mãe faria o mesmo por mim.
Seus passos perderam a força. Ele parou de me seguir. Algo dentro de mim ficou
imediatamente inquieto, dolorido. Apesar de saber que nada me faria desistir do meu
propósito, sua presença me deixava mais forte e segura. Estanquei o passo e me virei. Com a
testa lotada de vincos e a expressão taciturna, Richard tinha as mãos na cintura e o olhar
perdido.
— Rick? — Minha garganta ameaçou fechar.
— Você ainda teria uma vida inteira pela frente, Tesouro. Não jogue isso fora.
— Eu não estou jogando fora. Eu a estou resgatando, não enxerga? Estou dando sentido
a ela.
— Sentido? — Ele tentou colocar algum sarcasmo em seu tom de voz, mas fracassou.
Ele saiu lânguido, triste. — Na morte?
— Sim, Rick. Na morte — suspirei. — E na vida que reconstruirei a partir dela.
— Eu não entendo.
— Eu sei... Mas acredite. Eu vou reconstruir nosso futuro.
— Eu não tenho um futuro, Nina. Nós não temos um futuro juntos. Você sabe disso
melhor que ninguém.
— Vamos dar tempo ao tempo, você mesmo disse isso.
— Isso foi antes de eu quase ter te matado, raios! — respondeu nervoso.
— Não vou discutir isso agora — interrompi seu ataque de cólera. — Ajude-me a entrar
em Marmon, Rick. Não por Shakur, mas por mim.
— Eu não... — ele recuou e começou a andar de um lado para o outro. Seu cacoete
típico dos momentos de tensão. — Não vou suportar ver você se entregando, eu...
— Se já está com as horas contadas, então não terá nada a perder — insisti.
— É aí que você se engana profundamente, Tesouro — suspirou após um instante em
silêncio e uma veia latejou em seu maxilar. Meu coração vibrou, mas contive a emoção que
ameaçou vir à tona com aquela confissão.
— Obrigada — respondi de cabeça baixa, o coração batendo rápido demais no peito.
Não tive coragem de encará-lo.
— Vou cumprir minha promessa, Nina. — Sua voz saiu seca enquanto sepultava o
assunto. — Espero que não se arrependa no fim das contas.