sábado, 4 de maio de 2024

Devocional dia e noite dia 04/05

04 de Maio
Manhã "Porventura fará um homem deuses para si,
que contudo não são deuses?" (Jr 16:20) Um grande
pecado que afligia constantemente o antigo Israel era
a idolatria, e o Israel espiritual é atormentado com
uma tendência para a mesma loucura. A estrela de
Renfã (At 7:43) já não brilha, e as mulheres não
choram mais por Tamuz (Ez 8:14), porém Mamon
(Mt 6:24) continua introduzindo seu bezerro de
ouro, e os santuários do orgulho não foram
abandonados. Egoísmos de várias formas lutam para
subjugar os escolhidos debaixo de seu domínio, e a
carne levanta seus altares onde quer que encontre
espaço para eles. Filhos favorecidos são muitas
vezes a causa de diversos pecados entre os crentes; o
Senhor sofre quando nos vê delirar sobre eles; eles
existirão para serem uma grande maldição para nós,
tal como Absalão foi para Davi, ou serão levados de
nós, deixando nossas casas desoladas. Se os cristãos
desejam que os espinhos cresçam de modo a
encherem seus insones travesseiros, deixe-os
idolatrarem seus entes queridos.
Verdadeiramente foi dito que "não são deuses",
porque os objetos de nosso tolo amor são bênçãos
muito duvidosas; o consolo que nos dão agora é
perigoso, e a ajuda que podem nos dar nas horas de
dificuldade é certamente pouca. Por que, então,
somos tão enfeitiçados pelas vaidades? Temos pena
dos pobres pagãos que adoram um deus de pedra ou
de ouro; no entanto, onde está a grande
superioridade entre um deus de carne e um deus de
madeira? O princípio, pecado e loucura, é o mesmo
em ambos os casos, só que, em nosso caso, o crime
é mais grave, pois temos mais esclarecimento, e
pecamos diante de Deus. Os pagãos se curvam a
uma divindade falsa, porém o verdadeiro Deus eles
nunca conheceram; nós cometemos dois males, pois
abandonamos o Deus vivo e nos convertemos aos
ídolos! Que o Senhor nos expie a todos dessa grave
iniquidade.


Noite
"Sendo de novo gerados, não de semente
corruptível, mas da incorruptível (…)" (1Pe 1:23)
Pedro exortou fervorosamente os dispersos santos a
amarem-se "ardentemente uns aos outros com um
coração puro" (1Pe 1:22); de maneira sábia, ele não
foi buscar seu argumento na lei, na natureza, ou na
filosofia, mas na elevada e divina essência que Deus
introduziu em Seu povo. Assim como alguns sábios
tutores de príncipes trabalham para gerar e fomentar
neles um espírito real e um comportamento
respeitável, buscando argumentos na posição e
descendência deles, Pedro, do mesmo modo,
contemplando o povo de Deus como herdeiros da
glória, príncipes de sangue real, descendentes do Rei
dos reis, a mais verdadeira e antiga nobreza da
Terra, disse-lhes: "Veja que vos ameis uns aos outros
por causa de sua nobre origem, tendo nascido da
semente incorruptível; que vos ameis uns aos outros
por causa de sua dinastia, sendo descendente de
Deus, o Criador de todas as coisas; e que vos ameis
uns aos outros por causa de seu destino imortal, pois
vocês nunca morrerão, embora a glória da carne
desaparecerá, e sua existência cessará". Seria bom
se, em espírito de humildade, reconhecêssemos a
verdadeira dignidade de nossa natureza regenerada e
vivêssemos fazendo jus a ela. O que é um cristão?
Se você compará-lo a um rei, o cristão acrescenta
santidade sacerdotal à dignidade real. A dignidade
do rei muitas vezes jaz apenas em sua coroa, mas
em um cristão ela é infundida em sua natureza mais
íntima. Através de seu novo nascimento, ele está tão
acima de seus companheiros como um homem está
acima do animal que perece. Certamente ele deve
conduzir-se, em todas as suas relações, como
alguém que não é da multidão, mas escolhido do
mundo, distinguido pela graça soberana, inscrito
entre "o povo adquirido" (1Pe 2:9), e que, portanto,
não pode rastejar no pó como os demais, nem viver
segundo a maneira dos cidadãos do mundo. Deixe a
dignidade de sua natureza e o brilho de suas
perspectivas, ó crentes em Cristo, constranger-vos a
vos apegar à santidade e evitar a aparência do mal.

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