sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024

Devocional dia e noite dia 16/02

16 de fevereiro
Manhã "(…) já aprendi a contentar-me com o que
tenho" (Fp 4:11)
Essas palavras nos mostram que o contentamento
não é uma tendência natural do homem. Ervas
daninhas crescem sem a necessidade de cuidados. A
cobiça, o descontentamento e a murmuração são tão
naturais ao homem como os espinheiros são ao solo.
Não precisamos semear cardos e silvas; eles nascem
naturalmente, pois são naturais à terra. Do mesmo
modo, não precisamos ensinar aos homens a se
queixarem, pois eles rapidamente aprendem sem
qualquer instrução. No entanto, as coisas preciosas
da terra precisam ser cultivadas. Se quisermos trigo,
devemos arar e semear; se quisermos flores, é
necessário um jardim e todos os cuidados do
jardineiro. O contentamento é uma das flores
celestiais; se quisermos tê-lo, ele deve ser cultivado;
não crescerá em nós naturalmente; é apenas a nova
natureza que pode produzi-lo e, mesmo assim,
temos de ser especialmente cuidadosos e vigilantes
para manter e cultivar a graça que Deus semeou em
nós. Paulo diz: "Já aprendi a contentar-me", como
que dizendo que ele não aprendeu isso de uma só
vez. Custou-lhe algumas dores alcançar o mistério
da excelente verdade. Certamente, ele às vezes
pensava que tinha aprendido e, então, falhava.
Quando finalmente o alcançou, e pôde dizer:
"Aprendi a contentar-me com o que tenho", Paulo já
era um homem velho, de cabelos grisalhos, nas
fronteiras do túmulo, um pobre prisioneiro
encarcerado no calabouço de Nero, em Roma.
Podemos muito bem estarmos dispostos a suportar
as enfermidades de Paulo, e compartilhar a fria
masmorra com ele, se também pudermos alcançar,
por algum meio, sua excelente graduação. Não ceda
a ideia que você poderá estar satisfeito sem
aprendizagem, ou aprender sem disciplina. Não é
um poder que possa ser exercido naturalmente, mas
uma ciência a ser adquirida de forma gradual.
Sabemos disso por experiência própria. Irmão,
silencie o murmúrio, embora natural como ele o é, e
continue um aplicado discípulo na Universidade do
Contentamento.


Noite "(…) teu bom espírito (…)" (Ne 9:20)
Comum, muito comum é o pecado de esquecer-se
do Espírito Santo. Isso é insensatez e ingratidão. Ele
merece todo o bem de nossas mãos, porque Ele é
bom, supremamente bom. Como Deus, Ele é
essencialmente bom. Ele compartilha a tríplice
atribuição de "Santo, Santo, Santo" (Ap 4:8) que se
destina ao Trino Jeová. Pureza e verdade não
misturadas, e graça, estão nEle. Ele é
benevolentemente bom, e ternamente paciente com
nossos descaminhos, combatendo contra nossas
vontades rebeldes; Ele nos vivifica de nossa morte
no pecado e, em seguida, nos ensina as coisas
celestes, tal como uma amorosa ama-seca
amamentando seu filho. Quão generoso, indulgente
e tenro é esse paciente Espírito de Deus. Ele é
eficazmente bom. Todas as Suas obras são boas no
mais eminente grau; Ele sugere bons pensamentos,
solicita boas ações, revela boas verdades, aplica boas
promessas, auxilia em boas realizações, e conduz a
bons resultados. Não há qualquer bondade espiritual
em todo o mundo em que Ele não seja o autor e o
mantenedor, e o próprio céu deverá, ao Seu
trabalho, o caráter perfeito de seus redimidos
habitantes. Ele é materialmente bom, seja como
Consolador, Instrutor, Guia, Santificador,
Vivificador ou Intercessor; Ele cumpre bem Seu
ofício, e cada obra é repleta com o bem mais
supremo para a Igreja de Deus. Aqueles que se
rendem as Suas influências tornam-se bons; aqueles
que obedecem a Seus impulsos fazem o bem; os que
vivem sob o Seu poder recebem o bem. Vamos,
então, agir com uma tão boa Pessoa de acordo com
os ditames da gratidão. Vamos reverenciar Sua
pessoa, e adorá-Lo sobretudo como Deus, bendito
para sempre; vamos nos submeter ao Seu poder, e
buscá-Lo, esperando-O em todas as nossas santas
iniciativas; vamos, em todas as horas, buscar Seu
auxílio e nunca entristecê-Lo; e vamos falar para o
Seu louvor sempre que uma ocasião surgir. A igreja
nunca irá prosperar até mais reverentemente
acreditar no Espírito Santo. Ele é tão bom e gentil
que é triste, de fato, que Ele seja entristecido por
ofensas e negligências.

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