sábado, 10 de fevereiro de 2024

Devocional dia e noite dia 10/02

10 de fevereiro
Manhã "(…) e sei também ter abundância (…)" (Fp
4:12)
Há muitos que sabem como "estar abatido", mas
não sabem como "ter abundância". Quando são
colocados no topo do pináculo, a cabeça fica
desorientada, e eles ficam prestes a cair. O cristão,
com muito mais frequência, envergonha sua
profissão de fé na prosperidade do que na
adversidade. É uma coisa perigosa ser próspero. A
prova da adversidade é uma prova menos severa
para o cristão do que o crisol da prosperidade. Oh,
que fraqueza para a alma, e negligência das coisas
espirituais, foram trazidas através das misericórdias e
bênçãos de Deus! No entanto, isso não é uma
questão de ter necessidades, pois o apóstolo nos diz
que sabia ter abundância. Quando tinha muito, ele
sabia como usar. Abundante graça lhe permitiu
suportar abundante prosperidade. Quando ele tinha
uma vela cheia, ele estava carregado com muito
lastro e, assim, flutuava com segurança. É preciso
mais que habilidade humana para levar a taça
transbordante da alegria terrena com mão firme, mas
Paulo aprendeu essa habilidade, pois ele declara:
"Em todas as coisas estou instruído, tanto a ter
fartura, como a ter fome" (Fp 4:12). É um
ensinamento divino saber como ser farto, pois os
Israelitas estiveram cheios uma vez, mas enquanto a
carne ainda estava em suas bocas, a ira de Deus veio
sobre eles (Nm 11:33). Muitos pedem misericórdias
para que possam satisfazer seus próprios luxuriosos
corações. Fartura de pão tem feito frequentemente
fartura de sangue, e trazido libertinagem ao espírito.
Quando temos muito das misericórdias providenciais
de Deus, muitas vezes acontece que temos senão
pouco da graça de Deus, e pouca gratidão pelas
bênçãos que recebemos. Estamos fartos e nos
esquecemos de Deus; satisfeitos com o terreno,
ficamos satisfeitos em agir sem o céu. Tenha certeza
que é mais difícil saber como é ser farto do que
saber como ter fome; bastante desesperada é a
tendência da natureza humana para o orgulho e o
esquecimento de Deus. Tome cuidado com aquilo
que você pede em suas orações, pois Deus pode lhe
ensinar "como ser farto".


Noite
"Apaguei as tuas transgressões como a névoa, e os
teus pecados como a nuvem; torna-te para mim,
porque eu te remi" (Is 44:22)
Observe atentamente a instrutiva comparação:
nossos pecados são semelhantes a uma nuvem.
Como as nuvens são de muitas formas e tons, assim
também as nossas transgressões. Tal como as nuvens
obscurecem a luz do sol e a paisagem abaixo, assim
também os nossos pecados escondem de nós a luz
do rosto de Jeová e nos levam a sentar na sombra da
morte. As nuvens são coisas terrenas, e nascem dos
charcos de nossa natureza; quando estão tão
acumuladas que sua medida está cheia, elas nos
ameaçam com vendavais e tempestades. Ai de mim!
Ao contrário das nuvens, nossos pecados não nos
produzem agradáveis chuvas, mas nos ameaçam
inundar com um dilúvio de fogo de destruição. Ó
nuvens negras do pecado, como pode haver bom
tempo em nossas almas enquanto vós
permanecerdes?
Que os nossos jubilantes olhos repousem sobre o
notável ato da divina misericórdia: "Apaguei". O
próprio Deus aparece em cena com benignidade
divina e, ao invés de manifestar Sua ira, revela a Sua
graça. Ele, de forma efetiva, de uma vez e para
sempre, remove o mal, não assoprando a nuvem
para longe, mas apagando sua existência de uma vez
por todas. Contra o homem justificado nenhum
pecado permanece, a grande realização da cruz
removeu eternamente suas transgressões. No cume
do Calvário, o grande feito, através do qual o
pecado de todo escolhido foi posto de lado para
sempre, foi completa e eficazmente realizado.
Vamos obedecer, de forma prática, o gracioso
comando: "Torna-te para mim". Por que os
pecadores perdoados deveriam viver à distância de
seu Deus? Se nós fomos perdoados de todos os
nossos pecados, vamos recusar qualquer medo
legítimo ao mais ousado acesso ao nosso Senhor.
Deixe as rebeldias serem lamentadas, mas não
vamos perseverar nelas. Para a maior proximidade
possível de comunhão com o Senhor, vamos, no
poder do Espírito Santo, nos esforçar
poderosamente para retornar. Ó Senhor, nesta noite,
restaura-nos!

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