sábado, 3 de fevereiro de 2024

Devocional dia e noite dia 03/02

03 de fevereiro
Manhã "De maneira que, irmãos, somos devedores
(…)" (Rm 8:12)
Como criaturas de Deus, somos todos devedores em
obedecê-Lo com todo o nosso corpo, e alma, e
forças. Tendo quebrado Seus mandamentos, como
todos nós fizemos, somos devedores a Sua justiça, e
Lhe devemos uma inestimável conta que não é
capaz de ser paga. No entanto, o cristão não deve
coisa alguma à justiça de Deus, pois Cristo pagou a
dívida que Seu povo devia. Por essa razão, o crente
deve ainda mais ao amor. Eu sou devedor à graça de
Deus e a Sua complacente misericórdia, mas não
sou devedor a Sua justiça, pois Ele nunca irá me
cobrar por uma dívida já paga. Cristo disse: "Está
consumado!" (Jo 19:30), querendo dizer que aquilo
que Seu povo devia foi apagado para sempre do
livro memorial (Ml 3:16). Cristo, de modo absoluto,
satisfez a justiça divina. A conta está paga; a cédula
está pregada na cruz (Cl 2:14); o recibo está dado, e
não somos mais devedores à justiça de Deus. Mas,
então, porque não somos devedores ao nosso
Senhor nesse sentido, nos tornamos dez vezes mais
devedores a Deus do que teria sido de outra forma.
Cristão, faça uma pausa e reflita por um momento.
Que devedor tu és à divina soberania! Quanto deves
a Seu amor desinteressado, pois Deus entregou Seu
próprio Filho para que Ele morresse por ti. Pense
em quanto você deve a Sua complacente graça, que
mesmo depois de dez mil afrontas, Ele te ama
infinita e eternamente. Considere o que você deve a
Seu poder; como Ele te levantou de sua morte no
pecado; como Ele preservou sua vida espiritual;
como Ele te impediu de cair, e como, apesar de
milhares de inimigos cercarem seu caminho, você
tem sido capaz de se manter nele. Considere o que
você deve a Sua imutabilidade. Apesar de você ter
mudado mil vezes, Ele não mudou uma só vez. Tu
estás profundamente em dívida com todos os
atributos de Deus. Para Ele, tu deves a ti mesmo e
tudo quanto tens; apresente-se como um sacrifício
vivo, pois isso é teu culto racional (Rm 12:1).


Noite
"Dize-me (…) onde apascentas o teu rebanho, onde
o fazes descansar ao meio-dia" (Ct 1:7)
Essas palavras exprimem o desejo do crente por
Cristo e pela presente comunhão com Ele. Onde
apascentas o Teu rebanho? Em Tua casa? Eu irei, se
lá Te encontrar. Na oração particular? Então, irei
orar sem cessar (1Ts 5:17). Na Palavra? Então, irei
lê-la com diligência. Em teus juízos? Então, andarei
neles com todo o meu coração. Dize-me onde
apascentas o teu rebanho, pois onde quer que Tu
estejas como Pastor, eu me deitarei como ovelha,
pois ninguém mais, senão Tu, podes suprir minha
necessidade. Eu não posso estar satisfeito separado
de Ti. Minha alma tem fome e sede do refrigério da
Tua presença. Onde fazes o Teu rebanho descansar
ao meio-dia? Quer seja ao amanhecer ou ao meio-
dia, meu único descanso está onde Tu e Teu amado
rebanho estais. O descanso da minha alma deve ser
um descanso dado pela graça e que só pode ser
encontrado em Ti. Onde está a sombra da grande
rocha? Por que eu não descansaria debaixo dela?
"Por que razão seria eu como a que anda errante
junto aos rebanhos de teus companheiros?" (Ct 1:7).
Tu tens companheiros; por que eu não deveria ser
um entre eles? Satanás me diz que não sou digno,
porém eu sempre fui indigno e, mesmo assim, Tu há
muito me amavas; por isso, minha indignidade não
pode ser uma barreira para que eu tenha comunhão
contigo agora. É verdade que sou fraco na fé e
propenso a cair, mas minha própria fraqueza é a
razão pela qual eu devo estar sempre onde Tu
apascentas o Teu rebanho, para que eu possa ser
fortalecido e preservado em segurança junto às
águas tranquilas (Sl 23:2). Por que eu me desviaria?
Não há qualquer razão porque eu deveria, mas
existem milhares de razões pelas quais eu não
deveria, pois Jesus me chama para vir. Se Ele Se
retira por um pouco, isso é senão para fazer-me
estimar ainda mais Sua presença. Agora que estou
aflito e angustiado por estar longe dEle, Ele me
levará mais uma vez a esse abrigado recanto, onde
as ovelhas de Seu rebanho estão protegidas do
ardente sol.

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