terça-feira, 25 de agosto de 2020

134-BASTA POUCO (caminho verdade e vida)

134-BASTA POUCO
“Disse-lhe Judas: Senhor, donde vem que te hás de manifestar a nós
e não ao mundo?” — (JOÃO, capítulo 14, versículo 22.)
Um dos fatos mais surpreendentes do Cristianismo é a posição escolhida
pelo Salvador, a fim de anunciar as verdades eternas.
Não aparece Jesus em decretos sensacionais, em troféus revolucionários
ou em situações de domínio. Chega em paz à manjedoura simples, exemplifica
o trabalho, conversa com alguns homens obscuros de uma aldeola singela e,
só com isso, prepara a transformação da Humanidade inteira.
Para o mundo inferior, todavia, a pergunta de Tadeu ainda é de plena
atualidade.
As criaturas vulgares só entendem os que se impõem aos demais, ainda
que, para isso, sejam compelidas a ouvir sentenças tirânicas, proferidas em
tribunas sanguinolentas; apenas compreendem espetáculos que ferem a visão
e gestos teatrais dos que dominam por um dia para sofrerem amanhã o mesmo
processo transformador imposto ao mundo transitório ao qual se dirigem.
Jesus, todavia, falou à alma imortal. Por esse motivo, suas revelações
nunca morrem. Além disso provou não ser necessária a evidência social ou
econômica para o serviço de utilidade a Deus, demonstrando, ainda, não ser
para isso indispensável a cidade com as arregimentações e recursos
faustosos. Bastarão os princípios edificantes e simples, uma aldeota sem nome
e alguns poucos amigos.
O portador da boa-vontade sabe que foi esse o material com que o Cristo
iniciou a remodelação da vida terrestre.

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