quarta-feira, 11 de setembro de 2024

Devocional dia e noite dia 11/09

11 de Setembro
Manhã
"(…) apartai-vos (…)" (2Co 6:17)
O cristão, enquanto no mundo, não é para ser do
mundo. Ele deve ser distinguido do mundo no
grande objetivo de sua vida. Para ele, o "viver" deve
ser "Cristo" (Fp 1:21). Se come, ou bebe, ou o que
quer que faça, ele deve fazer tudo para a glória de
Deus (1Co 10:31). Você pode acumular tesouros,
porém ajunte-os no céu, onde nem a traça nem a
ferrugem consomem, onde os ladrões não minam
nem roubam (Mt 6:19). Você pode se esforçar para
ser rico, mas seja sua ambição ser "rico em fé" (Tg
2:5) e em boas obras. Você pode ter alegria, mas
quando estiver feliz, cante salmos e entoe louvores
em seu coração ao Senhor (Ef 5:19). Em seu
espírito, assim como em seu propósito, você deve
ser diferente do mundo. Aguardando humildemente
diante de Deus, sempre consciente de Sua presença,
deleitando-se na comunhão com Ele e buscando
conhecer a Sua vontade, você provará que é do
povo celestial, e será separado do mundo em suas
ações. Se uma coisa é justa, embora por ela você
sofra uma perda, ela deve ser feita; se é errada, mas
você ganharia com isso, você deve desprezar o
pecado pelo bem do seu Mestre. Você não deve ter
comunhão com as obras infrutíferas das trevas, mas
antes condená-las. Caminhe valorosamente em sua
vocação e dignidade. Lembre-se, ó cristão, que és
filho do Rei dos reis. Portanto, mantenha-se longe
da corrupção do mundo. Não suje os dedos que
estão prestes a tocar as cordas celestes; não deixe
esses olhos tornarem-se as janelas da luxúria, pois,
em breve, eles verão o Rei em Sua formosura (Is
33:17); não deixe esses pés se contaminarem em
charcos, pois eles estão prestes a andar pelas ruas de
ouro; não deixe o coração cheio de orgulho e
amargura, pois ele estará, dentro em breve,
preenchido com o céu e transbordando de alegria
extática.
"Então, eleva-te minha alma! e voe para longe,
Acima da multidão irrefletida;
Acima dos prazeres da felicidade,
E dos esplendores do orgulho;
Até onde belezas eternas florescem,
E todos os prazeres divinos;
Onde riqueza nunca pode ser consumida,
E as glórias intermináveis brilham".


Noite "Senhor, guia-me na tua justiça, por causa dos
meus inimigos (…)" (Sl 5:8) Muito amarga é a
inimizade do mundo contra o povo de Cristo. Os
homens perdoarão mil faltas nos outros, porém
ampliarão a ofensa mais trivial nos seguidores de
Jesus. Em vez de inutilmente lamentarmos, vamos
transformar isso em algo vantajoso; uma vez que
muitos estão observando a nossa hesitação, que isso
seja um motivo especial para andarmos com muito
cuidado diante de Deus. Se vivermos
descuidadamente, o olhar afiado do mundo em
breve verá e, com suas centenas de línguas,
espalhará a história, enfeitada e de forma exagerada
pelo zelo da calúnia. Eles gritarão triunfantes: "Ah!
Então o pegamos! Veja como esses cristãos agem!
Eles são hipócritas sem exceção". Haverá, então,
muitos danos à causa de Cristo, e muito insulto ao
Seu nome. A cruz de Cristo é, em si mesma, uma
ofensa ao mundo; tomemos cuidado para que não
lhe adicionemos as nossas próprias ofensas. Ela "é
escândalo para os judeus" (1Co 1:23): vamos
considerar que não coloquemos nenhum tropeço
onde já existem suficientes; "e loucura para os
gregos": não adicionemos a nossa loucura para dar
lugar ao desprezo com o qual a sabedoria mundana
ridiculariza o evangelho. Quão zelosos devemos ser
de nós mesmos! Quão rígidos com nossas
consciências! Na presença de adversários que irão
deturpar nossas melhores obras, e impugnar nossas
motivações onde não puderem censurar nossas
ações, quão circunspectos devemos ser! Peregrinos
viajam como pessoas suspeitas através da "Feira da
Vaidade". Não só estamos sob vigilância, porém há
mais espiões do que nós conhecemos. A espionagem
está em toda parte, em casa e em público. Se
cairmos nas mãos dos inimigos, poderemos antes
esperar a generosidade de um lobo, ou a
misericórdia de um demônio, do que qualquer coisa
semelhante à paciência com nossas fraquezas diante
de homens que temperam sua infidelidade para com
Deus com os escândalos contra o Seu povo. Ó
Senhor, guia-nos sempre, para que nossos inimigos
não nos faça tropeçar!
"Feira da Vaidade" é uma referência ao livro "O
Peregrino", escrito pelo pregador John Bunyan
(1628 - 1688), publicado na Inglaterra, em 1678.
(N.T.)

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