quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

Devocional dia e noite dia 20/01

20 de janeiro
Manhã "(…) Abel foi pastor de ovelhas (…)" (Gn
4:2)
Como pastor, Abel santificou seu trabalho para a
glória de Deus e ofereceu um sacrifício de sangue
sobre o seu altar. "E atentou o Senhor para Abel e
para a sua oferta" (Gn 4:4). Esse protótipo de nosso
Senhor é extremamente claro e nítido. Tal como o
primeiro raio de luz que tinge o leste ao nascer do
sol, ele não revela tudo, porém manifesta o
grandioso fato que o sol está surgindo. Vendo Abel,
um pastor e também um sacerdote, oferecendo um
sacrifício de cheiro suave a Deus, nós discernimos
nosso Senhor, que traz diante de Seu Pai um
sacrifício que Jeová sempre terá em conta. Abel foi
odiado por seu irmão, odiado sem causa, e, mesmo
assim, era o Salvador; o homem natural e carnal
odiava o Homem Aceitável, em quem o Espírito da
graça foi encontrado, e não descansou até que Seu
sangue fosse derramado. Abel caiu e, com seu
próprio sangue, aspergiu seu altar e sacrifício; aqui é
apresentado o Senhor Jesus morrendo pela
inimizade do homem enquanto servia como
sacerdote diante do Senhor. "O bom Pastor dá a sua
vida pelas ovelhas" (Jo 10:11). Vamos derramar
nossas lágrimas por vê-Lo ser morto pelo ódio da
humanidade, manchando as pontas do Seu altar com
Seu próprio sangue. O sangue de Abel fala. "E disse
o Senhor a Caim: 'A voz do sangue do teu irmão
clama a mim desde a terra'" (Gn 4:9-10). O sangue
de Jesus tem uma poderosa voz, e o significado de
Seu prevalente clamor não é vingança, porém
misericórdia. É precioso, para além de toda
preciosidade, estar no altar do nosso bom Pastor!
Vê-Lo sangrando lá como o sacerdote abatido e,
depois, ouvir a voz de Seu sangue declarando paz a
todo o Seu rebanho, paz em nossa consciência, paz
entre judeus e gentios, paz entre o homem e seu
ofendido Criador, paz ao longo dos séculos da
eternidade para os homens lavados em Seu sangue.
Abel é o primeiro pastor em ordem de tempo,
porém nossos corações colocam Jesus, sempre, em
primeiro lugar em ordem de excelência. Ó grande
Defensor das ovelhas, nós, o povo do Teu rebanho,
bendizemos a Ti, com todo nosso coração, quando
O vemos morto por nós.


Noite
"Desvia os meus olhos de contemplarem a vaidade,
e vivifica-me no teu caminho" (Sl 119:37)
Existem diversos tipos de vaidade. Os espetáculos
dos tolos, o entretenimento do mundo, a dança, a
lira e o cálice do dissoluto; tudo isso os homens
sabem que são vaidades. Eles usam, por cima de sua
fachada, seus nomes e títulos. Muito mais traiçoeira
são estas coisas igualmente vãs: os cuidados deste
mundo e a sedução das riquezas. O homem pode
seguir a vaidade tão verdadeiramente nas casas de
câmbio como no teatro. Se ele gastar sua vida
acumulando riquezas, terá passado seus dias em um
espetáculo inútil. A menos que sigamos a Cristo, e
façamos nosso Deus o grande objetivo de nossa
vida, apenas na aparência nos diferenciaremos
daqueles mais frívolos. É claro que há,
primeiramente, necessidade da primeira parte da
oração de nosso texto de hoje: "Vivifica-me no teu
caminho". O salmista confessa que ele é
embrutecido, malvado, inconstante, tudo senão
morto. Talvez, caro leitor, você sinta o mesmo.
Somos tão vagarosos que mesmo as melhores razões
não podem nos despertar, a não ser o próprio
Senhor. O quê! Porventura não irá o inferno me
vivificar? Pensar nos pecadores que perecem e,
ainda assim, não serei vivificado? O céu não irá me
vivificar? Posso pensar na recompensa que aguarda
os justos e, mesmo assim, ser insensível? Não irá a
morte me vivificar? Posso pensar em morrer e, em
pé diante do meu Deus, continuar a ser preguiçoso
no serviço do meu Mestre? O amor de Cristo não irá
me constranger? Posso pensar em Suas amadas
feridas, posso sentar ao pé de Sua cruz e, ainda
assim, não ser agitado com fervor e zelo? Parece
que sim! Nenhuma consideração pode nos vivificar
a sermos zelosos, mas apenas o próprio Deus poderá
fazê-lo; daí o clamor: "Vivifica-me". O salmista
expira toda a sua alma em veementes alegações; seu
corpo e sua alma se unem em oração. "Desvia os
meus olhos", diz o corpo; "vivifica-me", clama a
alma. Essa é uma oração própria para todos os dias.
Ó Senhor, ouça-a em meu benefício esta noite.

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