terça-feira, 18 de maio de 2021

Devocional dia e noite dia 18/05

Manhã "(…) nele habita corporalmente toda a
plenitude da divindade; e estais perfeitos nele (…)"
(Cl 2:9-10)
Todos os atributos de Cristo, como Deus e homem,
estão a nossa disposição. Toda a plenitude da
Divindade, seja qual for a compreensão possível
dessa maravilhosa expressão, é nossa para nos tornar
completos. Ele não pode nos dotar com os atributos
da Divindade, mas realizou tudo aquilo que poderia
ser feito, pois fez Seu divino poder e divindade
subservientes a nossa salvação. Sua onipotência,
onisciência, onipresença, imutabilidade e
infalibilidade estão todos combinados para nossa
defesa. Levanta-te, crente, e eis que o Senhor Jesus
emparelha toda a Sua celestial Divindade na
carruagem da salvação! Quão vasta é Sua graça,
quão firme Sua fidelidade, quão inabalável Sua
imutabilidade, quão infinito o Seu poder, quão
ilimitado Seu conhecimento! Tudo isso foi feito,
pelo Senhor Jesus, colunas do templo da salvação; e
todos, sem diminuição de imensidade, nos estão
pactuados como nossa herança perpétua. Cada gota
do amor insondável do coração do Salvador é nossa;
cada músculo no braço do poder, cada jóia na coroa
da majestade, a imensidão do conhecimento divino e
a severidade da justiça divina, tudo é nosso, e são
utilizados para nós. A completude de Cristo, em Seu
adorável caráter como o Filho de Deus, é por Ele
mesmo feita, para nós, a mais rica alegria. Sua
sabedoria é a nossa direção; Seu conhecimento é a
nossa instrução; Seu poder é a nossa proteção; Sua
justiça é a nossa garantia; Seu amor é o nosso
conforto; Sua misericórdia é o nosso consolo; Sua
imutabilidade é a nossa confiança. Ele não faz
qualquer reserva, mas abre os recessos do Monte de
Deus e nos convida a cavar por tesouros escondidos
em Suas minas. "Tudo, tudo, tudo é vosso", diz Ele,
"saciai-vos dos favores e enchei-vos da bondade do
Senhor". Oh! como é doce, portanto, contemplar a
Jesus, e invocá-Lo com a confiança e certeza que,
na busca da mediação do Seu amor ou poder, nós
estamos pedindo senão aquilo que Ele já fielmente
prometeu.




Noite "(…) depois (…)" (Hb 12:11)
Quão felizes são os tentados cristãos, "depois".
Nenhuma calma é mais profunda do que aquela que
sucede uma tempestade. Quem não se alegra com o
resplendor após a chuva? Vitoriosos banquetes são
para soldados bem exercitados. Depois de matar o
leão é que comemos o mel (Jz 14:8); depois de subir
o "Monte da Dificuldade" é que nos sentamos no
caramanchão para descansar; depois de atravessar o
"Vale da Humilhação", depois de lutar com
"Apolion", o resplandecente surge com o ramo
curativo da árvore da vida. Nossas dores, tal como
as quilhas dos navios no mar, deixam uma linha
prateada de sagrada luz por detrás delas, "depois". É
a paz, doce e profunda paz, que segue a horrível
turbulência que uma vez reinou em nossas
atormentadas e culpadas almas. Veja, então, o feliz
estado de um cristão! Ele tem as suas melhores
coisas "depois" e, portanto, neste mundo, recebe
primeiro as suas piores. Contudo, até mesmo as suas
piores coisas são, "depois", boas coisas, arando
duramente a safra de prazerosas colheitas. Mesmo
agora, ele se torna rico por suas perdas, eleva-se em
suas quedas, vive por sua morte, e torna-se
completo ao ser esvaziado; se, então, suas graves
aflições lhe produzem tantos frutos pacíficos nesta
vida, qual será a vindima de alegria "depois", no
céu? Se as suas noites escuras são tão brilhantes
como os dias terrenos, como serão seus dias
"depois"? Se até mesmo a luz de suas estrelas é mais
esplêndida que o sol, o que será a sua luz solar
"depois"? Se ele pode cantar em um calabouço,
quão docemente cantará no céu! Se ele pode louvar
ao Senhor em provações, como irá exaltá-Lo diante
do trono eterno! Se o mal é bom para ele agora, o
que será a transbordante bondade de Deus para ele
"depois"? Oh, abençoado "depois"! Quem não
gostaria de ser cristão? Quem não carregaria a
presente cruz por uma coroa que virá "depois"? Mas
aqui é um trabalho de paciência, pois o descanso
não é para hoje, nem o triunfo para o presente, mas
para "depois". Espera, ó alma, e deixe a paciência
ter sua obra perfeita.
"Monte da Dificuldade", "Vale da Humilhação" e
"Apolion" são referências ao livro "O Peregrino",
escrito pelo pregador John Bunyan (1628 - 1688),
publicado na Inglaterra, em 1678. (N.T.)

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