terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

O ponto do poder está sempre no momento presente

Todos os eventos que você experimentou em sua vida até este instante foram criados pelos pensamentos e crenças que manteve no passado. Eles foram criados pelos pensamentos e palavras que você usou ontem, na semana passada, no mês passado, no ano passado, há 10, 20, 30, 40 anos ou mais, dependendo da sua idade.

Entretanto, esse é o seu passado e ele já acabou, não pode ser modificado. O importante neste momento é o que você está escolhendo pensar, acreditar e dizer agora. Esses pensamentos e palavras criarão seu futuro. Seu ponto de poder está no presente instante e está formando as experiências de amanhã, da semana que vem, do mês que vem, do ano que vem etc.

Preste atenção no que você está pensando neste instante. É positivo ou negativo? Você quer que esse pensamento crie seu futuro? Apenas preste atenção e tome consciência.

A única coisa com que estamos sempre lidando é um pensamento, e um pensamento pode ser modificado. Não importa qual seja o problema, nossas experiências são tão somente efeitos externos de pensamentos internos. Até mesmo o ódio voltado para si mesmo é um pensamento que você tem sobre si mesmo. Você tem um pensamento que diz: "Sou uma pessoa má" - Esse pensamento produz uma emoção e você entra nessa emoção. Todavia, se você não tiver o pensamento, não terá a emoção. E os pensamentos podem ser modificados. Mude o pensamento e a emoção desaparecerá.

Isso é apenas para nos mostrar onde conseguimos muitas de nossas crenças. Porém, não usemos essa informação como uma desculpa para continuarmos imersos em nossa dor. O passado não tem poder sobre nós. Não importa por quanto tempo estivemos abrigando um padrão negativo. O ponto do poder está no momento presente. Que coisa maravilhosa de compreender! Podemos começar a nos libertar neste instante!

Acredite ou não, escolhemos nossos pensamentos. Podemos habitualmente pensar e repensar a mesma coisa tantas vezes que perdemos a noção de que estamos escolhendo o pensamento. Porém, a escolha original foi mesmo nossa. Podemos nos recusar a pensar certas coisas. Veja quantas vezes você se recusou a pensar algo de positivo sobre você mesmo. Da mesma forma, também poderá se recusar a pensar algo de negativo sobre si mesmo.

Parece-me que todas as pessoas deste planeta que conheço ou com quem trabalhei estão sofrendo de culpa e ódio voltados contra si mesmas em maior ou menor grau. Quanto mais ódio e culpa temos, menos funciona nossa vida. Quanto menos ódio e culpa, melhor nossa vida funciona em todos os níveis.

A crença mais profunda em todos com quem trabalhei é sempre: "Não sou bastante bom!" Muitas vezes acrescentamos a isso: "E não faço o bastante" ou "Não mereço". Essas frases soam como você? Está sempre dizendo, deixando implícito ou sentindo que "Você não é bastante bom?" Mas para quem? E de acordo com os padrões de quem? Se essa crença for muito forte no seu interior, de que maneira você pode ter criado uma vida alegre, próspera, saudável, cheia de amor?

De alguma forma, sua principal crença subconsciente sempre a esteve contradizendo. O fato é que você nunca conseguiu montar direito sua vida, pois algo estava sempre saindo errado em algum lugar.

Vejo que o ressentimento, a crítica, a culpa e o medo causam mais problemas do que qualquer outra coisa. Essas quatro emoções causam os principais problemas em nossos corpos e nossas vidas. Essas sensações surgem por culparmos os outros e não assumirmos a responsabilidade pelas nossas próprias experiências. Entenda, se somos todos 100 por cento responsáveis por tudo o que existe em nossas vidas, não temos a quem culpar. Seja o que for que esteja acontecendo "lá" é apenas um reflexo dos nossos próprios pensamentos interiores. Não estou defendendo o mau comportamento dos outros, mas são nossas crenças que atraem pessoas que nos tratam assim.

Se você se descobre dizendo: "Todos sempre fazem isso comigo, me criticam, nunca me ajudam, me usam como um capacho, abusam de mim" então esse é o seu padrão. Existe algo em você que atrai pessoas que Mostram esse comportamento. Deixando de pensar dessa forma, você fará com que elas se afastem e vão agir dessa Maneira com outra pessoa. Você não mais as atrairá.

A seguir dou alguns resultados de padrões que se manifestam no nível físico: o ressentimento abrigado por longo tempo pode devorar o corpo e se tornar a doença que chamamos de câncer. A crítica como hábito permanente muitas vezes leva ao aparecimento da artrite. A culpa sempre procura punição e a punição cria a dor. (Quando um cliente me procura sentindo muita dor, eu sei que ele está cheio de culpa.) O medo e a tensão que ele produz podem criar coisas como calvície, úlceras e até mesmo dores nos pés. Descobri que o perdão e o se libertar do ressentimento são capazes de dissolver até o câncer. Embora essa afirmação possa parecer simplista, já vi e comprovei isso em meu trabalho.

Podemos mudar nossa atitude em relação ao passado. O passado é passado. Não podemos mudá-lo no presente. Todavia, podemos modificar nossos pensamentos sobre o passado. Como é tolo nos punir no presente porque alguém nos magoou no passado distante.

Muitas vezes digo a pessoas que possuem profundos padrões de ressentimento: "Por favor, comece a dissolver o ressentimento agora, enquanto é relativamente fácil. Não espere até estar sob a ameaça do bisturi de um cirurgião ou no seu leito de morte, quando terá de lidar também com o pânico". Quando estamos em pânico, é muito difícil focalizarmos nossas mentes no trabalho de cura. Precisaremos de mais tempo para primeiro dissolver nossos medos.

Se escolhermos acreditar que somos vítimas indefesas e que tudo é inútil, o Universo nos apoiará nessa crença e cairemos ainda mais fundo. É vital que nos liberemos dessas idéias e crenças tolas, fora de moda, negativas, que não nos apóiam e não nos nutrem. Até mesmo nosso conceito de Deus precisa ser modificado para que tenhamos um Deus por nós, não contra nós.

Para nos libertarmos do passado, devemos estar dispostos a perdoar. Precisamos escolher nos libertar do passado e perdoar a todos, inclusive a nós mesmos. Talvez não saibamos como perdoar e talvez não queiramos perdoar. Porém, o simples fato de dizermos que estamos dispostos a perdoar dá início ao processo de cura. Para nossa própria cura é imperativo que "nós" nos libertemos do passado e perdoemos a todos. "Eu o perdôo por não ser como eu queria que você fosse. Eu o perdôo e liberto." Essa afirmação nos liberta.

Texto extraído do livro: Você Pode Curar Sua Vida, de Louise L. Hay

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