Aquele que Não Tem Forma
Zohar porção Bo – “Pois não viste nenhuma maneira de forma”
Sinopse de Rav Berg:
A discussão aqui gira em torno do verso: “A quem irás comparar-Me, que eu seja igual? Diz o Eterno”. É proibido torná-lo uma forma ou qualquer imagem. Não podemos compará-lo nem mesmo a algum de Seus próprios aspectos. Quando Seu domínio se eleva sobre esses aspectos, não há como compreender Sua imagem. É como o mar, onde as águas não possuem formato ou forma, mas apenas ganham forma por meio do recipiente, que é a terra.
Rabi Shimon nos conta sobre o recipiente Biná, que é dividido em sete rios; há uma origem, uma fonte um mar e sete rios, o que resulta dez. Entretanto, se os recipientes quebrarem, a água retornaria à sua origem, e os recipientes quebrados ficariam secos.
Deus chamou a si mesmo de “eternidade” porque não há limite para a emanação da Luz de Keter, a origem de suas dez Sefirot – e não há recipiente que possa conferir qualquer forma a Ele.
Ele não pode ser conhecido.
219 – Ai de quem compará-Lo com qualquer atributo, mesmo com um dos próprios atributos, e certamente não com humanos “cuja fundação é na poeira” (Jó 4-19) que são mortais e sem valor. Mas a semelhança (que empregamos) é apenas segundo Seu poder sobre esse aspecto, ou mesmo (segundo o Seu domínio) sobre todas as criaturas. Não há (semelhança) acima (desse atributo), ou quando (Seu poder) se eleva (desse atributo), não há atributo, semelhança ou forma n’Ele.
222 – Então a Causa de todas as Causas fez dez Sefirot e chamou a fonte de Keter, e não há final no emanar de sua Luz. Portanto, chamou a Si Mesmo, “eternidade”, e Ele não tem semelhança ou imagem. Não há recipiente capaz de conceber a Ele, ou ter qualquer conhecimento d’Ele. Portanto, foi dito d’Ele: “Não procure aquilo que é inconcebível para ti, nem procure o que está escondido de ti”.
223 – Depois disso, Ele fez um pequeno recipiente, que o Yud. Foi cheio pela Fonte, e Ele o chamou um de “uma fonte emanando sabedoria”. Chamou a Si mesmo nele Sábio, e ao recipiente, chamou de Chochmá (“Sabedoria”). Então, Ele fez um grande recipiente e o chamou de “mar”. Chamou a ele de Biná (“Entendimento”) e chamou a si mesmo de “Aquele que Entende”.
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Nossa mente racional não é capaz de compreender a eternidade.
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