“Não acredite, experimente” – a Ferradura
Essa história é sobre um cientista (prêmio Nobel) que foi visitar o laboratório de um colega, no campus da universidade de Oxford.
Ao passar pela porta principal do laboratório experimental (financiado por doações de uma multinacional), o cientista visitante olhou para trás e verificou, para sua surpresa, que havia uma ferradura pregada ao umbral, na parte superior.
Olhou surpreso para seu colega, depois para a ferradura, e perguntou:
– Você é supersticioso?
O outro cientista olhou para ele, espantado.
– Claro que não! Afinal, somos cientistas.
– Então... – perguntou o cientista visitante – O que faz essa ferradura sobre sua porta? Acredita que ela trará boa sorte ao seu trabalho?
– Não... não acredito - respondeu o anfitrião.
– Então o que ela faz aí? – insistiu o premiado visitante.
– Bem... é difícil explicar, mas o caso é que ela funciona... mesmo eu não acreditando.
*
Essa é uma história sobre cientistas, acostumados a provar e fundamentar cada passo. Nossa mente precisa ter a coragem, ou até a ousadia de experimentar sem ideias preconcebidas nem desejos; apenas buscando a Verdade. Ao fazer isso, criamos o clima adequado para que o resultado brote de nosso interior, a partir do que vivenciamos.
A Verdade brota de Dentro de Nós
Assim é com a espiritualidade. Não adianta “convencer” alguém. Charles Fort costumava dizer: "Não é possível provar nada. Pois nada há a ser provado."
Se algo é uma verdade, precisa brotar de dentro de nós: só assim reconheceremos.
Tudo o que nos é exigido para isso, é experimentar sem expectativas e de espírito aberto. Só então poderemos nos conscientizar dos resultados por nós mesmos.
Por isso a ideia de “não acreditar”, mas vivenciar, experimentar por nós mesmos e constatar (ou não) se funciona. Se funcionar (mesmo que a gente não entenda), é algo que será bom para melhorar nossas vida.
Então, não acredite nesse texto, não acredite nos cabalistas, padres, rabinos, gurus ou em qualquer líder espiritual.
Mas experimente...
