domingo, 10 de junho de 2018

CAPÍTULO 40 - Não fuja - fim sespero que tenha gostado

CAPÍTULO 40
Havia um zirquiniano em meio àquele amontoado de gente!
Levantei-me com rapidez e desatei a correr atrás daquelas pessoas. O grupo de onde
vinha a suspeita sensação foi se dispersando e ao longe detectei três sombras dobrando uma
esquina à direita. Corri o mais rápido que pude, meus passos acelerados explodindo com força
nas poças d´água que se acumulavam pelo caminho e encharcando ainda mais meus tênis e
calça jeans. Embrenhei-me por ruas estreitas, vazias e escuras. Amsterdã se recolhera mais
cedo. Eu sabia que era uma atitude insana, que corria perigo. Eu ia de encontro a um deles e
fazia exatamente o oposto ao que vinha realizando há quatro anos, ao que Leila e Wangor
haviam seriamente alertado. Mas havia algo diferente ali. Desde que retornara de Zyrk meu
corpo nunca reagiu tão fortemente à presença de algum deles como agora e uma parte
adormecida dentro de mim tinha sido bruscamente despertada. Corri muito, seguindo os
passos inconstantes que chegavam cada vez mais abafados aos meus ouvidos. O temporal
não dava trégua. Em meio à corrida ensandecida, vi a sombra suspeita se afastar. Se ela
chegasse à encruzilhada, certamente eu a perderia de vez. Com a respiração ofegante, senti a
aflição dominar minhas pernas à medida que o calafrio escorregava pela minha pele e se
esvaía pelo caminho inundado de expectativas desintegradas. Coloquei todas as minhas forças
naquela corrida, como se dependesse dela para viver e, acelerando como nunca na vida,
alcancei o vulto que já estava a vários metros de distância.
— Pare! — berrei com estrondo e senti minha pulsação ultrapassar limites perigosos. —
Por que está fugindo de mim?
De costas, o vulto travou no lugar. O modo como ele respirava, como suas costas subiam
e desciam...
Perdi o chão de vez e congelei sob choque. Pernas, braços, mente, um amontoado de
partes inúteis naquele breve e infinito instante. O calafrio estava de volta e vinha com
proporções assustadoras. Dei alguns passos em sua direção.
E eu o vi.
Do outro lado da rua abandonada, no meio da penumbra, a sombra de um rapaz curvado
sobre o próprio abdome, com roupas encharcadas e fisionomia abatida, fez meu novo mundo
ruir e se reerguer.
Richard?!
Catatônica, minha mente não conseguia processar o que acabava de acontecer. Richard
estava vivo? Ele estava se escondendo de mim nos últimos quatro anos? Seria algum truque
de Von der Hess? Meu instinto de sobrevivência me ordenava a fugir, mas minha intuição
me obrigava a ficar. Ela afirmava que era ele mesmo e que precisava de mim. Pela primeira
vez na vida, eu podia senti-lo, conseguia captar sua energia, seu sofrimento, sua
expectativa.
Minhas pernas tremiam, o chão tremia, meu cérebro chacoalhava. Desorientada, eu o vi
mancar em minha direção e parar na metade do caminho, quando seu corpo começou a
estremecer com violência. Richard colocou as mãos repletas de cicatrizes na cintura e, ainda
sem me olhar, tombou de joelhos no chão e começou a balançar ombros e cabeça de maneira
desesperada.
Cristo! Aquilo estava mesmo acontecendo?
Um único som se destacava no ruído de fundo e maculava a sinfonia da chuva torrencial e
das minhas frágeis certezas: os ecos das pancadas frenéticas do meu coração. A barreira de
dúvidas, medo e expectativa tão paralisante quanto a besta da noite de Zyrk agigantava-se à
minha frente.
— V-Você...?! — Fui eu a primeira a romper a muralha.
Sem resposta.
— Todo esse tempo eu achei que o tivesse perdido, tão sozinha, e... — Minha voz era
um lamento desesperado, um murmúrio impregnado de pavor e desejo. Precisava
ardentemente escutar sua voz grave e ter a certeza de que não estava enlouquecendo de vez.
Deus! Não podia ser outra peça do meu subconsciente.
A cabeça do vulto tombou ainda mais.
— Por que só agora? Eu não entendo, eu...
Silêncio.
— Responda, Richard!
— E-eu sinto muito, Tesouro — arfou e confessou com a voz falhando: — Queria que
você tivesse a chance de reconstruir sua vida, de encontrar alguém que a fizesse feliz. Não
quis... interferir.
— Interferir... — balbuciei apática, incapaz de encontrar as palavras enquanto afundava
em uma poça de emoção.
— Achei que me esqueceria, que seria o melhor para nós dois, mas...
— Mas?
— Não tenho suportado sentir a tristeza que vem escurecendo sua energia a cada dia,
vê-la chorar e não poder consolá-la, escutá-la dizer meu nome enquanto dorme e não poder te
tocar... Eu não aguento mais ficar longe de você. Fui fraco — explicou com a voz rouca, ainda
encarando o chão. Os cabelos negros grudados no rosto camuflavam sua expressão de dor e
faziam o sangue entrar em ebulição em minhas veias. — Perdoe-me pelo que lhe fiz... A
punhalada... E-eu nunca quis ferir você, Tesouro. Nunca! Acredite, eu... — Ele não conseguiu
concluir a frase e seu corpo começou a tremer com violência.
Richard estava sendo acometido por uma crise de choro, de remorso e de medo da
minha reação! O coitado ainda achava que eu estava magoada por ele ter me ferido com o
punhal! Seus soluços altos me comoveram profundamente e desintegraram qualquer sombra
de dúvida sobre a autenticidade daquela cena.
Entendi e o admirei ainda mais. Sua atitude foi nobre e altruísta. Ele quis me dar a
chance de ter um novo futuro e sabia que isso só seria possível se eu soubesse que o nosso
passado estava sepultado, que ele estava morto.
Soluçando alto, ele afastou os cabelos dos olhos e tentou enxugar o rosto com a parte de
trás das mãos trêmulas. Assim que as hipnotizantes cicatrizes saíram de vista, os olhos azuisturquesa
mais lindos do universo fulguraram nos meus. A luz da lua refletida no brilho deles
irradiava em minha pele e reacendia a vida apagada que fizera ninho em meu peito havia
quatro anos. Quando dei por mim, eu deixava toda a minha dor e meu orgulho para trás, corria
como um raio em sua direção e me jogava em seus braços.
— Oh, Tyron! — Richard gemeu e soluçou ainda mais alto, aninhando-me em seu peitoral
de aço. Tremendo muito, abraçou-me com vontade e desespero avassaladores, as mãos
enormes envolvendo cada centímetro do meu corpo. Ficamos um longo momento ali,
entrelaçados e caídos no chão, afogados dentro da emoção abrasadora do nosso complicado
amor. O entendimento de corpos, sangue e almas. Não havia senões ou necessidade de
explicações. Nosso pranto era o testamento da veracidade, a confissão de rendição. — Diga
que me perdoa, por favor — ele implorava nervoso. — Eu te amo demais. Te amo tanto,
Tesouro. Sempre te amei, desde o início. Você é a minha vida, o coração que bate dentro do
meu peito, meu flagelo, minha paz. Sem você vivo em guerra com o mundo, Nina. Se não lutar
por você, sou apenas um vazio, nada além de um amontoado de carne, ossos e tormento.
— Ah, Rick! Eu nunca deixei de te amar! Leila me contou tudo e já te perdoei há muito
tempo — arfei acelerada, permitindo que novas lágrimas lavassem meu rosto. Sorri
intimamente. Eram lágrimas de felicidade! — Pensei que estivesse morto.
— Não é tão fácil se livrar de mim, minha pequena. Não se esqueça de que sou a sua...
— A minha morte! — interrompi com um sorriso gigantesco no rosto.
— Isso mesmo. — Emocionado, ele arrumou meus cabelos molhados atrás da orelha e
segurou o sorriso, estreitando os lábios em uma linha fina. — Vou cuidar de você e nunca mais
vou te decepcionar, Nina — encarou-me com seu olhar felino e, tremendo ainda, curvou-se
sobre mim. Seu nariz deslizou pelo meu pescoço e minha pele queimava nos pontos onde seus
dedos passeavam pelo meu corpo, como se fossem feitos de brasas incandescentes. Soltei
um arquejo de prazer, incapaz de controlar o turbilhão de sensações que me dominavam. As
terminações nervosas da minha pele soltavam choques, sôfregas e desesperadas pelo seu
contato. Rick gemeu mais uma vez, quase tão enlouquecido de emoção quanto eu, mas
conseguiu se controlar e, respirando fundo, levantou-se e me puxou para junto de si. — Venha!
Vamos sair logo daqui.
— Como você sabia que eu estava aqui? Por que Wangor não apareceu? — questionei,
subitamente me dando conta da suspeita coincidência.
— Ele está bem. Disse que tinha assuntos urgentes e que precisava partir para
Windston.
— Como você soube disso?
— Seu avô me deu cobertura durante todo esse tempo, Nina. Ele e Zymir.
— Leila e a Sra. Brit não sabem que está vivo?
— Não. Os magos do Grande Conselho descobriram que Leila utilizou a Malis Vetis e ela
foi banida de entrar em Zyrk. Não está a par dos acontecimentos dos últimos anos —
suspirou. — E Wangor achou que não seria sensato contar a Brita porque, querendo ou não,
ela acabaria indo ao meu encontro. A coitada vem sendo muito requisitada desde o grande
confronto. Ela é única curandeira que restou em Zyrk.
— Ah, não!
Ele confirmou com pesar.
— Se ela desaparecesse por um tempo para me ajudar, alguém acabaria descobrindo
que eu sobrevivi. Seria um grande risco à vida dela, à sua e ao nosso plano — arfou e
acelerou em explicar: — Há muito tempo Shakur havia me dito que, quando morresse, gostaria
de ser enterrado nas Dunas de Vento. Então, quando achei que não havia mais chance para
nós dois, quando vi que você havia ficado mais tempo sobre o efeito daquela toxina do que o
suportável e que eu realmente a havia matado, resolvi que não queria mais prosseguir, que era
o momento de partir. Antes disso, entretanto, ia conceder um último pedido do meu antigo
líder.
— Mas Leila me contou que Wangor o viu morrer em uma luta com Kevin — acelerei em
dizer.
— Kevin continua preso no Grande Conselho, Nina. Wangor inventou essa história para
me dar cobertura — sorriu timidamente. — Seu avô foi o único a me ver entrar nas Dunas de
Vento com o corpo de Shakur. Com o péssimo estado da minha perna e a grave hemorragia,
não consegui ir muito longe, e nem seria preciso. Os zirquinianos não entrariam naquele lugar
de qualquer forma...
— Você pretendia morrer lá. — A afirmação saiu como um sopro baixo.
Richard assentiu sério.
— Eu delirava quando Zymir me encontrou, dois dias depois da grande batalha. Estava
entre a vida e a morte e já havia desistido de sobreviver — respondeu com a voz fria. — E
também não acreditei quando Zymir afirmou que você estava viva na segunda dimensão.
Precisou Wangor aparecer, deixar seu orgulho de lado e implorar para eu acreditar no que ele
dizia.
— Por que Wangor não me contou nada?
— Porque Wangor realmente se preocupa com você. Ele sabia da minha intenção de
mantê-la afastada, de querer te dar a chance de ter uma vida como uma humana, e
concordou. Acho que ele teve medo de que você fizesse alguma besteira e fosse atrás de mim
caso soubesse que eu estava vivo — confessou. — Seu avô queria redimir parte dos erros de
Dale e se sentia culpado pela vida triste e solitária que você seria obrigada a levar. Ele
acreditava que eu poderia lhe oferecer algo muito importante em troca: proteção. Wangor me
surpreendeu ao afirmar que não confiaria a sua vida a mais ninguém que não fosse a mim, que
gostaria que eu fosse o seu protetor a partir daquele momento — franziu as sobrancelhas. —
Foi quando finalmente acreditei, mas aí a ferida na perna esquerda já havia tomado
proporções indesejáveis. As artes médicas não eram o forte de Zymir. Minha perna quase
gangrenou e por muito pouco não teve de ser amputada. Tive febres altíssimas e demorou
meses até eu conseguir ficar de pé.
— Deus!
— Sim — ele sorriu e olhou para a perna esquerda escondida atrás da calça comprida
preta e encharcada. — A perna não está tão forte e ágil como antes, mas ainda serve. Acho
que seu Deus esteve comigo porque fui agraciado com outro milagre.
— E você vem me seguindo desde então?
Ele confirmou com um movimento imperceptível de cabeça.
— Venho mantendo sempre uma distância segura, o suficiente para intervir caso fosse
necessário. Assim eu manteria você protegida dos meus e você não conseguiria captar a
minha energia.
— Ah, Rick! — eu o abracei, toda a emoção jorrando em minhas veias.
— Mas não aguentei, não fui forte o suficiente. F-Fiquei nervoso ao ver aquele
exibicionista se aproximar de você — gaguejou. — Foi tudo tão semelhante ao daquela vez... E
eu... Fiquei assustado...
— Você me deixou em transe?
— Só um pouco — confessou sem graça. — Você está cada vez mais forte e conseguiu
se soltar de minha intervenção e...
— E aí você pensou em se esconder para que eu não o visse.
— Não foram apenas as minhas pernas que trapacearam, Nina — murmurou. — Passar
a existência vigiando-a e protegendo-a dos meus parecia um presente muito bom, mas bastou
ficar alguns instantes perto demais de você, sentir seu sofrimento, para jogar tudo por água
abaixo! Meu coração me deu uma rasteira e simplesmente não consegui.
— Ah, Rick! Você é um cabeça-dura incorrigível!
— Eu sei — ele apertou os lábios e me encarou com intensidade. — Você precisa me
ajudar. Sou um sujeito complicado, mas sempre fui seu. Só seu, Tesouro. — Seu pomo de
adão subia e descia rápido demais, suas mãos tremiam. — Acha que consegue dar um jeito
em mim?
— Humm... Depende... — brinquei em êxtase. — Quanto tempo acha que temos?
— Que tal uma existência toda? — indagou sem rodeios, a voz rouca e repleta de uma
ansiedade nada usual para ele.
— Vai ser apertado, mas acho que consigo.
— Jura? — perguntou visivelmente emocionado e o azul-turquesa em seus olhos cintilou
forte.
— Juro.
E o sonho se tornou realidade.
Sozinhos naquela rua escura e deserta, em meio à chuva torrencial, ele se ajoelhou
diante de mim, segurou minha mão esquerda e beijou meu dedo anelar com delicadeza.
Aquilo estava mesmo acontecendo? Havia música no ar?
— Nina Scott, você me aceita com todos os meus defeitos, na alegria e na tristeza, na
saúde e na doença, na dúvida e na certeza, na paz e nas batalhas, pulando de uma cidade
para outra, de um país para outro, amando-me e me permitindo amá-la, protegê-la e mimá-la
com toda a energia que existe em meu espírito a cada dia de sua existência, por todos os dias
da sua vida?
Procurei, mas não os encontrei. Onde estava o meu raciocínio? O chão? O oxigênio? A
minha voz?
— Nina? — insistiu com os olhos arregalados.
— I-Isso é um pedido de...? — engasguei em um atordoante estado de choque e
felicidade absoluta. — Você quer ficar... comigo... para sempre?
Ele assentiu sério.
— Só eu e você.
— Droga! Por que me fez esperar quatro anos? — estreitei os olhos e escondi o sorriso
maior que o mundo. — Claro que aceito, Rick!
— Ah, Tesouro! — soltou aliviado, levantou-se e me puxou para um abraço sufocante e
apaixonado. — Eu lutei tanto para não ceder, mas te desejo desde o dia em que pousei os
olhos em você. Você é a razão da minha existência, Nina. — Então a fisionomia emocionada
começou a ceder espaço para aquela maliciosa que fazia meu corpo ferver da cabeça aos
pés. Seu sorriso se alargou, radiante. — Eu preciso de você, meu amor, e estou louco para
recuperar o tempo perdido. — Pegando-me de surpresa, Richard segurou meu corpo em seus
braços. — É assim que os humanos machos fazem quando escolhem uma fêmea para si, não?
— indagou brincalhão.
— Humano macho? Fêmea? — repuxei os lábios. — Oh, céus! Terei um trabalho árduo
pela frente.
Rick gargalhou alto e estremeci de emoção ao vê-lo tão leve e feliz. Sorrindo como nunca
ele me colocou de volta ao chão.
— Eu te amo demais, Nina Scott. — Sua expressão ficou séria, o azul-turquesa em seus
olhos escureceu e, segurando meu rosto com ambas as mãos, afundou os lábios nos meus e
me presenteou com um beijo febril e enlouquecedor.
— Peraí! — afastei-me repentinamente dele e indaguei num misto de confusão e
entusiasmo. — Quem será a minha morte a partir de agora?
— O tempo — deu de ombros. — No que depender das minhas habilidades, você vai
morrer bem velhinha.
— Você vai matar todos os resgatadores que se aproximarem de mim?
— É o que faço de melhor, Tesouro — piscou convencido antes de me puxar para outro
beijo apaixonado e eu gargalhei, feliz. Plena.
E tudo fez sentido.
Eu fui a mola propulsora, mas não a peça chave da lenda de Zyrk. A salvação não partiu
de mim e agora estava claro e cristalino.
O milagre sempre pertenceu a Richard!
Sua provação, suas atitudes, a mudança interior de um ser teoricamente insensível e
incapaz de compreender o significado do sentimento avassalador que carregava no peito. Dar
a vida pela de outra pessoa de bom grado e sem hesitar...
Precisou alguém que não sabia o significado deste sentimento para me fazer entender a
grande charada a que fui submetida desde o início da minha jornada:
A importância que damos ao fator tempo...
Quanto tempo eu viveria? Quanto tempo ficaríamos juntos?
Pouco importava. O importante é o que faria com o milagre de piscar e continuar a
respirar.
Amar um dia de cada vez.
Viver um dia de cada vez.
Alegrar-me com o hoje, com o agora, como se fosse o último instante da minha vida.
Experimentar a felicidade, aceitá-la apaixonadamente e de braços abertos sem saber o que
será do amanhã. Viver o presente com alegria e esperança porque, como o próprio nome diz,
ele é um presente de Deus. O grande prêmio de despertar a cada manhã, de amar e ser
amado.
E foi assim que ali, com os nossos corpos entrelaçados e encharcados, fizemos nossos
votos, o juramento de união de duas espécies distintas, unidas pelo sentimento capaz de
romper qualquer obstáculo e atravessar todas as barreiras de espaço, raças ou dimensões.
O maior sinal de todos.
Em qualquer tempo ou lugar.
O início, o meio e o fim.
Nossa prisão e libertação.
O caminho.
A verdade.
A saída.
A vida dentro da vida.
O amor.
FIM
AGRADECIMENTO:
A vocês, queridos leitores,
Pelo entusiasmo arrebatador,
Pelo carinho incondicional,
Pelas incessantes palavras de incentivo,
Pelas broncas e ameaças diárias (que, por sinal, não foram poucas! rsrs),
E, principalmente,
Por existirem e, por consequência, permitirem que a criança com seu mundo fantástico
que vive dentro de mim pudesse ganhar vida, alçar voo e acreditar que o milagre será sempre
possível.
Se alguns infinitos são maiores do que outros, como diria meu adorado John Green,
podem apostar que os nossos são gigantescos. Afinal, como medir o tamanho dos sonhos?
A viagem não teria sido possível sem vocês. Obrigada por terem sido meu combustível.
Com carinho maior do mundo,
FML Pepper
A AUTORA
“Você já dormiu demais. Está na hora de começar a sonhar.”
Ser apaixonada por leitura não ia de encontro à minha origem. Vinda de uma família
humilde, eu não tive acesso a livros de ficção no decorrer de minha infância. Eles eram caros e
meus pais esforçavam-se por comprar os estritamente necessários (e chatos!), tais como:
matemática, física, química, etc.
Tive que deixar minha paixão pela leitura de lado e começar a trabalhar desde cedo. O
tempo se esvaía, como água entre os dedos, e não me sobravam minutos para os sonhos.
Porém, a mesma vida que me fez mudar de direção, deu uma guinada em sua trajetória e
me colocou face a face com meu antigo e fulminante amor: os Livros de Ficção, mais
especificamente, os livros infantojuvenis. Workaholic assumida, vi meu mundo ficar de cabeça
para baixo quando meu médico disse que estava grávida, mas que era uma gravidez de risco e
que teria que ficar de repouso durante os nove meses, caso realmente quisesse segurar o
bebê em meus braços. De início, achei o máximo ficar algumas semanas sem fazer nada, só
comendo besteiras e vendo todos os programas da televisão (que nunca tive a oportunidade
de assistir!). Mas, os dias foram passando e, com eles, a minha paciência se esgotando. Após
um mês deitada, comecei a ficar nervosa e estava a um passo da depressão quando meu
marido (e nas horas vagas, meu super-herói) entrou em ação. Vou me recordar até os últimos
dias de minha vida quando ele chegou em casa carregando um presente envolto num lindo
embrulho e disse com um sorriso travesso nos lábios:
"Você já dormiu demais. Está na hora de começar a sonhar."
Abri o pacote e lá estava o meu grande amor piscando para mim: um livro de ficção. E
era infantojuvenil!
Bom, dali em diante, devorei quantidades absurdas deles. Não sei se vale a pena dizer,
mas eu li quase 100 livros em menos de um ano. Loucura, não? Mas é a pura verdade. O
resto são detalhes. E aqui estou eu...
Eu adoraria ouvir seus comentários e sugestões. Envie um e-mail para:
fmlpepper@gmail.com
Se quiser saber um pouco mais sobre mim, assistir ao teaser do livro e participar de
promoções, visite o site http://www.fmlpepper.com.br ou a fanpage
https://www.facebook.com/fmlpepper
Ah! Uma última coisinha...
Quando você virar a página, o Kindle vai lhe dar a oportunidade de dizer o quanto gostou
deste livro e compartilhar seus comentários no Facebook, Twitter e Instagram. Se acredita que
o livro vale a pena, você se importaria em dizer aos seus amigos o que achou dele? Se eles
gostarem, com certeza ficarão agradecidos pela indicação. Assim como eu também. ;)
Mega beijos e até a próxima!
FML Pepper.

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